Prefeitura de Mariana suspende campanha de vacinação contra influenza

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Idosa recebe vacina contra a gripe - Foto: Jefferson Peixoto/Secom (Reprodução)

A Prefeitura de Mariana suspendeu nesta quarta-feira (25) a campanha de vacinação contra a Influenza na cidade, devido à falta de vacinas. Destinada, neste primeiro momento, a profissionais da saúde e idosos, a suspensão foi motivada pelo número insuficiente de unidades repassadas ao município.

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Em vídeo divulgado nas redes sociais na manhã desta quarta-feira (23), o Secretário de Saúde, Danilo Brito, esclareceu que foram vacinadas 3.800 (63,3%) pessoas do público-alvo previsto, informando ainda que, a partir de quinta-feira (26), a vacinação estará suspensa, até que o município receba repasses dos governos estadual e municipal. O prefeito Duarte Jr. ressaltou que a falta de vacinas está acontecendo em muitas outras cidades, esclarecendo que não há como adquirir as vacinas no mercado.

Confira abaixo a íntegra do pronunciamento:

Outro ponto destacado por Duarte e Danilo é que a primeira fase da campanha de vacinação termina no dia 15 de abril e, até lá, as equipes locais continuarão mobilizadas, à espera de vacinas que permitam imunizar a totalidade do público-alvo previsto.

De acordo com o Ministério da Saúde, o início da campanha contra a gripe (Influenza) foi mudada, de “abril para março, para proteger de forma antecipada os públicos prioritários contra os vírus mais comuns da gripe“, destacando que, embora a vacina não tenha eficácia contra o coronavírus, ela “irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para coronavírus, já que os sintomas são parecidos“, além de ajudar a reduzir a procura por serviços de saúde.

No site do Ministério da Saúde, informação datada de segunda-feira (23), registra que foram adquiridas 75 milhões de doses da vacina, ao custo de R$ 1 bilhão, tendo sido enviadas aos estados 21,1 milhões de doses, com previsão de distribuição de mais 4 milhões até a próxima semana. A vacina, composta por vírus inativado, protege contra os três vírus que mais circularam no hemisfério sul no ano passado: Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2).

Em nota de esclarecimento publicada também nesta quarta-feira (25), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que “a distribuição das doses utilizadas na 22ª Campanha Nacional de Imunização contra a Influenza é de responsabilidade do Ministério da Saúde. O papel da secretaria é receber as doses enviadas pelo Ministério e as repassar para as 28 Regionais de Saúde do Estado, que, por sua vez, fazem o encaminhamento para cada município sob sua jurisdição“. De acordo com a SES-MG, a distribuição das vacinas do Ministério da Saúde para os estados estão sendo feitas em remessas semanais, com previsão total de 14 lotes, tendo o estado recebido inicialmente, no dia 16 de março, 913.200 doses, já encaminhadas às Unidades Regionais de Saúde (URS) para a distribuição para os municípios. A segunda remessa, recebida na última segunda-feira (23), contendo 592 mil doses, encontra-se com processo de repasse às URS.

A nota de esclarecimento ressalta ainda que, “de acordo com as informações do Ministério da Saúde, o quantitativo de vacinas necessário para atender as pessoas incluídas nos grupos prioritários será disponibilizado. Não há falta da vacina“.

A Agência Primaz de Comunicação solicitou à SES-MG um posicionamento sobre a quantidade de doses e previsão de entrega ao município de Mariana, e aguarda retorno da informação. A solicitação foi protocolada no sistema da secretaria sob o nº 520192.

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Situação no restante do país

Segundo informações publicadas em jornais e portais de notícias, já no primeiro dia da campanha havia sido observada a falta de vacinas em 403 cidades do estado de São Paulo, com o anúncio de suspensão da vacinação em sete municípios da região do ABC paulista. Situação semelhante aconteceu em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que iniciou a vacinação tendo recebido apenas 32% das doses necessárias.

Nesta quarta-feira (25), reportagem do jornal O Tempo informa que, de acordo com o Ministério da Saúde, “a falta da vacina contra gripe ocorrida em algumas localidades deve-se ao fato de a imunização ter sido feita ‘além do público prioritário’. Segundo a pasta, todos os estados foram abastecidos para dar início à campanha, que tem o objetivo de vacinar pelo menos 90% de cada um dos grupos prioritários até o dia 22 de maio“.

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