Em live realizada nesta segunda-feira (13), o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, anunciou o segundo óbito supostamente relacionado ao coronavírus na cidade. Trata-se de uma paciente do sexo feminino, 50 anos e estava em tratamento oncológico.
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A paciente não se encontrava no quadro de investigados ou monitorados, deu entrada no hospital no domingo (12) e veio a falecer nesta segunda. O teste rápido confirmou positivo para COVID-19 e a Secretaria de Saúde realizou coleta de material para a realização do exame na Fundação Ezequiel Dias (FUNED).
Na live, o prefeito informou a manutenção do decreto municipal que regulamenta as medidas de isolamento social na cidade, apesar de ter anunciado a possibilidade de flexibilização da quarentena na semana passada. “A solução que a equipe técnica acha certa nesse momento é a priorização da vida humana”, afirmou.
Em nota pública divulgada no último sábado (11), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), vinculado ao Ministério Público Federal (MPF) “solicitou ao Ministério da Saúde informações complementares sobre a notícia divulgada no dia 06 de abril, de que, a partir do próximo dia 13, em algumas localidades, seria possível iniciar a transição do regime de ‘distanciamento social ampliado’ (DSA) para o ‘distanciamento social seletivo’ (DSS)”. Para o PDFC/MFC, “a aparente inexistência de casos em larga escala em algumas localidades não deve servir de parâmetro isolado para qualquer decisão”, destacando que a situação atual pode induzir a erros e estimando “que os números reais de pessoas contaminadas e que vieram a óbito podem ser até 10 vezes superiores àqueles oficialmente confirmados”.
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A nota enfatiza a necessidade que a tomada de decisões no sentido de flexibilização do isolamento social “deve ser pública e estar fundamentada nas orientações explicitadas no Boletim Epidemiológico nº 8, do Ministério da Saúde”, recomendando que tais decisões só sejam tomadas quando os municípios estiverem adequadamente aparelhados para atendimento do “pico de demanda” e com disponibilidade de EPI’s para os profissionais de saúde; de respiradores para pacientes com insuficiência respiratória aguda grave; de testes para confirmação de casos suspeitos e, principalmente, de leitos de UTI e internação. De acordo com informações que a reportagem da Agência Primaz de Comunicação obteve junto à Secretaria de Saúde do município , ainda é aguardada a chegada de alguns materiais para a completa instalação do hospital de campanha, cuja inauguração somente poderá ser feita na próxima semana.