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Todos os anos, o Corpo de Bombeiros e as instituições ligadas à preservação do meio ambiente trabalham para prevenir e combater as queimadas, especialmente entre os meses de junho e setembro. Porém, em 2020 a pandemia de Covid-19 obrigou os gestores ambientais a repensarem as estratégias de conscientização e prevenção.
Além de panfletagens, palestras e outras ações não serem permitidas, devido às medidas de isolamento social, as campanhas perderam uma grande frente de atuação: as escolas. Sem aulas, sem gente nas ruas e sem poder causar aglomerações, a solução foi apostar em ações digitais. É o que dizem Antônio Lopes, Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Mariana, e Tenente Fortes, chefe do Pelotão de Prevenção da 3ª cia do 1º BBM de Ouro Preto.
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Antônio Lopes, Secretário de Meio Ambiente de Mariana, comentou que a linha de trabalho da pasta será baseada em “conscientização e punição”. “Assim que nós estamos trabalhando. A conscientização como procedimento, pois a maioria dos incêndios do município são ação humana, principalmente para limpezas de terrenos e propriedades rurais. E a punição, com ajuda da Guarda Municipal Florestal, para aqueles que discumprirem a lei.”
O secretário também lamentou a impossibilidade de contar com as escolas nesse projeto e disse que acredita na ajuda dos mecanismos digitais. “Com certeza a gente perde muito sem a parceria com as escolas, pois são muito efetivas as ações realizadas com esse público. Mas acho que a internet pode ajudar a amenizar isso. Também estamos trabalhando junto à Secretaria de Desenvolvimento Rural para chegar até aquelas famílias”.
De acordo com o ten. Fortes, chefe do Pelotão de Prevenção da 3ª cia do 1º BBM de Ouro Preto, as estratégias de conscientização para a prevenção de incêndios na região precisaram ser adaptadas, pois “em função das medidas de distanciamento social, as campanhas educativas precisaram ser repensadas e começamos a trabalhar via internet para promover essas campanhas virtuais”, explica.
Ainda de acordo com o tenente, “o plano de ação passa por treinamento de pessoal, verificação dos equipamentos de combate aos incêndios, como abafadores, revisão dos planos de contingenciamento dos parques estaduais e municipais, além da fiscalização de lotes vagos”.
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Fortes esclarece que a principal preocupação do batalhão são os parques e áreas de proteção ambiental, pois são justamente essas áreas como o Parque Estadual do Itacolomi, a Floresta Estadual Uaimii e o Parque Municipal das Andorinhas as áreas com o maior prejuízo ambiental no caso de queimadas.
Além disso, o bombeiro trata a prevenção como a maior aliada nesse combate, não realizar a limpeza de lotes com o uso do fogo e ligar para o 193 já no início da constatação dos primeiros focos de incêndio, são fundamentais nessa luta, “os fatores climáticos como índices pluviométricos, força e direção do vento podem ser agravantes no sentido de espalhar o fogo, por isso não podemos confiar no clima como aliado, especialmente nos meses de maior estiagem, como agosto e setembro”, finaliza o Tenente Fortes.