Apita o juiz. Está de volta o futebol no país.

O retorno do futebol no Brasil aconteceu no dia 18 de junho pelo campeonato Carioca e, no mesmo dia, o estado do Rio de Janeiro passou de 87 mil casos confirmados e dos 8 mil óbitos por COVID19. Concomitante a isso, a primeira rodada do Brasileirão será em agosto, o que nos faz perceber que a bola vai continuar rolando em meio à pandemia do novo coronavírus que mata, atualmente, cerca de mil pessoas por dia no Brasil.

Mesmo sem uma clara curva descendente de casos e de óbitos, o retorno do Carioca foi o pontapé inicial para que os outros estados também fizessem a bola rolar. Nos campeonatos estaduais, cada Federação criou o seu protocolo e impôs para as equipes atitudes como: testagem, acompanhamento de temperatura e confinamento durante a participação.

As ligas afirmam que, tomando as medidas certas, não há chances de propagação do vírus. No entanto, isso ainda gera muita discussão sobre se é ou não o momento certo para recomeçar o futebol. Se as federações estaduais solicitaram que as equipes ficassem em isolamento, a NBA criou uma bolha esportiva para os times.

Durante cerca de 80 dias as equipes estarão em confinamento total dentro do complexo Wide World of Sports, da ESPN, em Orlando, EUA. A estrutura criada para proteger os jogadores e toda a comissão técnica conta com muitas regalias e opções de entretenimento, mas até que ponto essa bolha do esporte onde os atletas ficam sem contato com as famílias e o mundo exterior pode dar certo?

O início do Brasileirão será no dia 8 de agosto e o teste em massa nas equipes e nas comissões técnicas já começou. Assim como os estaduais, a Confederação Brasileira de Futebol precisou elaborar um plano seguro suficiente para realizar o campeonato nacional da série A, que conta com 20 times de 9 estados brasileiros.

Pensando nisso, a CBF divulgou uma Diretriz Técnica Operacional para Retorno das Competições CBF durante a pandemia do novo coronavírus. Até então, os jogos não terão público e todas as partidas serão realizadas com acesso restrito ao campo e aos vestiários, liberando apenas funcionários essenciais para a partida.

Mesmo que a CBF não tenha falado se vai implantar essa mesma ideia de bolha por aqui, alguns dizem que é só questão de tempo para que seja comunicado o isolamento.

Por mais que, no cenário atual, seja surreal pensar em futebol, o Governo parece ser a favor da liberação da prática e dos campeonatos. Entretanto, o que me parece, é que nenhum protocolo seria seguro suficiente para um retorno por agora.