Brooklyn 99 e importância em não se levar a sério
Humor pastelão bem dosado com leveza em assuntos sérios conquistou o público e hoje é queridinho na internet!
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Ouça o áudio de "Brooklyn 99 e a importância em não se levar a sério", de Kael Ladislau:
Quem não gosta de um humor meio besta? Não precisa ser nada bobo demais, mas aquele humor despretensioso, que deixa o lado sério um pouco de canto e se preocupa unicamente em dar risadas?
Até há quem não goste. Mas convenhamos: sentar em frente à TV e assistir a algo que se preocupa em apenas te divertir e que, de quebra, aborda alguns assuntos de maneira bem leve é uma prática muito recomendada em tempos tão difíceis. E a série Brooklyn 99 pode fazer isso por você.
Feita no tradicional formato sitcom americano, a série mostra o dia a dia de um departamento de polícia no Brooklyn. Como podem imaginar, o 99º distrito de Nova York. As atenções são centradas no detetive Jake Peralta, que apesar de abobalhado, é sagaz e consegue desvendar as mais difíceis tarefas da cidade.
Ao seu lado, o fiel Charles Boyle, que entre outras coisas é chefe de cozinha e protagonista das situações mais inusitadas da série. Rivalizando (mas não tanto) com Jake, temos a competente Amy Santiago, uma profissional séria e compromissada em ser a melhor da equipe. Junto a ela, temos a durona Rosa, uma mulher sem medo dos perigos do crime.
Liderando esses agentes, o Sargento Terry Jeffords, incorporado pelo sempre muito bom Terry Crews. Comando todo o esquadrão, o Capital Ray Holt, um durão chefe que tenta manter na linha seus subordinados. Sem esquecer também de Gina, secretária de Holt e da dupla Scully e Hitchcock, donos das cenas mais bizarras da série.
O bom de Brooklyn 99, e de boa parte das séries neste formato, é que você pode assistir despretensiosamente qualquer episódio, já que, nem sempre, há uma história maior por trás. Aquilo que é contado no episódio é finalizado ali mesmo, salvo raras exceções.
A graça da série, além das piadas para toda a família, é a leveza em assuntos sérios, como homofobia, racismo e o feminismo. Temas abordados recorrentemente em situações absurdas, mas que poderiam ser reais. Além de um lado humano nas ações dos personagens, reforçando ideias de amizade e amor sem limites, sem preconceitos.
É claro que o humor é o que sobressai na série. Ela não se preocupa com a seriedade na maioria das vezes. Ver um interrogatório em que os suspeitos de assassinato devem cantar Backstreet Boys como forma de identificação, por exemplo, é besta. Mas é deveras divertido.
Todas essas situações são geralmente focadas no personagem mais bobo, o protagonista Jake Peralta, vivido por Andy Sanberg que é, digamos, da escola Adan Sandler de humor. Tudo bem ele forçar uma piada. É pra rir!
O público quer sentar no sofá, assistir e se divertir. Rir de um visual bizarro de Boyle, vivido por Joe Lo Truglio, por exemplo. São 20 minutos em que o espectador só que sentar e rir. Em tempos tão difíceis, vale a pena o esforço. Que aliás, depois de um tempo, nem será tão esforço assim.
Assista, ria e se divirta. Ela possui seis temporadas na Netflix.
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