- Mariana
Pedrinho Salete: “Eu prezo muito pela palavra. Na política vale tudo, menos mentira”
Vereador foi eleito com 645 votos pelo Cidadania em sua primeira tentativa de candidatura.
- Lui Pereira
- 11/12/2020
- 09:53
Em mais uma reportagem da série com os vereadores eleitos para a legislatura 2021-2024 em Mariana, conversamos com Pedrinho Salete. Em sua primeira tentativa, Pedro é um dos quatro vereadores eleitos pelo Cidadania, partido que contará com a maior bancada no município pelos próximos anos. Na entrevista, o futuro vereador fala sobre sua relação com o pai Zezinho Salete, também eleito, as expectativas para o primeiro mandato e como pretende conduzir seu trabalho na Câmara Municipal.
Pedrinho Salete acredita que sua vitória nas eleições ocorreu graças ao compromisso que ele conseguiu estabelecer com seus eleitores, para Pedro, “a palavra foi fundamental na campanha, a gente tem que ter palavra, nunca prometer o que não vai cumprir. Eu sou um homem de palavra”.
Ao ser questionado sobre o significado desse compromisso, Pedro exemplifica através das costuras que estabeleceu com o partido Cidadania para viabilizar seu nome. “Muitas pessoas falam mal de Du, eu não tenho nada para reclamar dele, pelo contrário, ele é um cara que abriu as portas pra mim, tudo que eu precisava ele estava lá ajudando e a população enxerga isso. Eu dei minha palavra ao Du que eu estaria com ele, que eu estaria no Cidadania. Muita gente me criticava, muita gente queria que eu desse as costas, mas eu mantive a minha palavra”.
Em relação aos rumores sobre a situação peculiar entre Pedro e seu pai Zezinho Salete, também candidato, mas pelo MDB (partido de Celso Cota), o vereador esclarece: “Eu deixei bem claro que eu não estava disputando contra meu pai. Existem 15 cadeiras, preciso de uma só, quem escolhe é o povo”.
E sobre estar em diferentes campos políticos, uma vez que ambos foram eleitos, acrescenta: “Trabalhar com meu pai é um privilégio, muita gente acha que a gente é brigado, mas não. Claro que já tivemos problemas, isso é normal, mas hoje estamos muito bem. E eu sou muito privilegiado, porque tenho dois pais, meu pai e meu sogro (Pedro do Eldorado), eles me ensinaram tudo que eu sei sobre política. E na escola que ele me ensinou, eu estudei bastante e isso agora(a vitória nas eleições) é só o meu diploma”.
Na entrevista, Pedro esclarece um pouco sobre os caminhos que o levaram ao Cidadania, “O Du me abriu as portas, ele me deu condições para ajudar as pessoas que deveriam ser ajudadas e isso é gratidão. Quando chegou o momento da filiação eu recebi vários convites de vários partidos. Na época eu queria o Avante, porque eu gostei da política de só lançar pessoas que nunca tinham sido vereadores. Mas ao andar da carruagem, eu percebi que aquele partido não se identificava comigo, porque eles assumiram o compromisso de apoiar o candidato do Du que era o Newton e eles fizeram esse compromisso, até o Cristiano assumiu esse compromisso e eu achei bacana. Quando o partido foi entregue na mão de Celso, todo o orgulho que eu sentia foi por água abaixo. Eu não tenho nada contra o Celso, mas essa postura do partido, eles não cumprirem com o compromisso não é algo em que eu acredito, não tem identificação comigo”.
Sobre qual seria o seu primeiro projeto na Câmara Municipal, o vereador defende a abertura de uma casa de apoio na cidade de Mariana, nos moldes da que já existe em Belo Horizonte, ”durante a campanha eu visitei todos os distritos de Mariana e vi que tem muita gente que sai de distrito para vir em consulta na Policlínica ou na Previne e não tem um real pra tomar um café. Às vezes a consulta está marcada para às 10h da manhã e o ônibus sai meio dia. A consulta atrasa, a pessoa perde o ônibus e precisa ficar até 17h, 18h e às vezes fica com fome o dia inteiro porque não tem um centavo”.
Outra plataforma que Pedro pretende colocar em pauta no legislativo municipal é sobre o emprego. O vereador defende a valorização do jovem aprendiz e uma maior flexibilidades para a contratação de mão de obra na cidade. “Eu quero fazer um projeto para ajudar sobre a questão do tempo de experiência em emprego, buscar parceria com o SINE, criar uma lei para que tenham cotas para o primeiro emprego, tem muita gente boa de serviço, às vezes formada que não consegue colocação por falta de experiência”.
E sobre seus planos futuros, Pedrinho explica os rumos que pretende dar à sua carreira política: “Eu não quero ser só vereador não, eu quero ser prefeito de Mariana ainda, quero um mandato de oito anos e depois tentar a prefeitura. O futuro a Deus pertence, mas isso é o que eu pretendo”, finaliza.
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Quem é Pedrinho Salete
Pedro Ulisses Coimbra Vieira tem 31 anos e trabalha como secretário na Cooperativa de Transportes. Natural de Mariana, o vereador conseguiu se eleger na sua primeira tentativa de candidatura.
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