Especial de Natal: o que tem pela Netflix?
Natal é tempo de presentes, encontros familiares (sem aglomerar esse ano!), árvore com neve mesmo no verão brasileiro e uva passas em todo tipo de comida. E cabe alguns bons filmes no roteiro também!
- Kael Ladislau
- 14/12/2020
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Como é natal, a coluna indicará alguns bons filmes natalinos que estão no catálogo da Netflix. Já que, infelizmente, a pandemia não acabou e precisaremos ficar mesmo em casa na noite do dia 24, nada melhor que um bom filme.
Na plataforma, há inúmeros filmes com o tema Natal. Selecionei três que passam por clássicos e novidades. O primeiro é sobre um dos rabugentos mais queridos dessa época do ano.
O Grinch!
Uma criatura verde, peluda e mal humorada. Nada menos natal que isso, só que não.
O Grinch fez tanto sucesso que certamente já está no imaginário de muita gente, principalmente daqueles que passaram a infância nos anos 2000.
Interpretado pelo multifacetado Jim Carrey, o Grinch é uma criatura que vive isolada junto ao seu cachorro Max no alto de um pico na cidade de Quemlândia.
A população ama o Natal e celebra comprando presentes, fazendo ceias e cantando músicas natalinas. O Grinch odeia tudo isso e de todas as formas tenta sabotar o feriado da cidade, roubando os presentes, pregando peças nas ruas e atrapalhando de todo o modo a felicidade alheia.
A pequena Cindy Lou é salva pelo Grinch de um acidente ocasionado por ele mesmo e vê naquela criatura uma pessoa doce, mesmo que a contragosto não só do monstrengo como de toda população, principalmente do prefeito.
A partir daí, começa a saga de Cindy Lou para fazer com o Grinch mude de ideia e passe a gostar do natal com seus concidadãos, sempre com boas caretas de Carrey e uma performance extravagante que lhe é característica.
Um humor leve e simpático, o filme, como todos aqueles que falam de natal, mostra o espírito natalino para além dos presentes e comidas. É um clássico que certamente vale a pena ser conferido.
Klaus
Se no Grinch toda uma cidade ama o natal, aqui é o contrário.
A animação conta a história de um carteiro folgado, Jasper, que é punido pelo pai a trabalhar na isolada e inóspita cidade de Smeeresnburg, que é dividida entre duas famílias que se rivalizam e se enfrentam o tempo todo.
Com a missão de entregar 6000 cartas em um ano, Jasper encontra em um lenhador, que vive isolado da cidade, uma forma de conquistar sua meta, já que além de lenhador, o eremita é um exímio fabricante de brinquedos.
Conquistando as crianças da cidade, Jasper faz com que elas brinquem entre si, esquecendo a tradicional rivalidade das duas famílias, o que desperta a ira dos patriarcas.
Jasper, com a ajuda do lenhador, programa entregar vários daqueles brinquedos até o natal, desde que as crianças enviem cartas aquele senhor. Claro, que essa tarefa será dificultada pelas famílias que querem a guerra entre elas.
A animação foi a primeira original Netflix. Fez tanto sucesso que concorreu ao Oscar de melhor da categoria. Não é à toa. A história é bem animada e vai traçando, aos poucos, todo o imaginário que temos do natal com a construção de alguns dos personagens conhecidos dessa época do ano.
Como não poderia deixar de ser, aquele espírito natalino está presente, que vai, aos poucos transformando o clima de inimizades entre os moradores da cidade.
Uma história leve e sem simples, mas que com certeza, para quem gosta desse tipo de filme, valerá os 97 minutos de duração.
Tudo Bem No Natal Que Vem
Por fim, a novidade da Netflix para esse natal, com o brasileiro Tudo Bem No Natal Que Vem, com Leandro Hassum.
Aqui, a história brinca com os velhos clichês natalinos, como as uvas passas, a piada do pavê, as inúmeras brigas nos encontros de famílias… tudo isso encarnado em Jorge (Hassum) que detesta a data por justamente por ser também seu aniversário.
Jorge, forçado por sua esposa Laura, se veste de Papai Noel e despenca do telhado, batendo a cabeça. O acidente tem como consequência um total apagamento de memória de Jorge todo o dia 24 de dezembro, fazendo com que ele acorde nesse dia como se fosse o posterior ao natal passado, fazendo com que sua vida seja um ciclo interminável de natais.
Mas acontece que Jorge acorda sem se lembrar dos outros 364 dias e justamente na véspera de natal, ele precisa lidar com as consequências de suas atitudes ao longo do ano, que ele não se lembra.
Com essa pegada, o filme lembra muito alguns outros, como “O feitiço do Tempo” e “Como se fosse a primeira vez”, com uma pegada de “Click” do Adam Sandler.
Junto a isso, uma repetitiva interpretação de Hassum, que parece ser muito bom de improviso, mas extremamente exagerado nas caretas e nos gritos. Algo que faz parecer ser sempre o mesmo personagem que o ator interpretou a vida toda, como no filme “Até que a Sorte os Separe” ou mesmo na série “Os irmãos Cara de Pau” (inclusive, no filme o nome do personagem é o mesmo da série).
Mas, sua caracterização, principalmente a maquiagem, mostra o passar dos anos com muita facilidade, ajudando o telespectador a se situar no tempo.
Como todo filme de natal, sempre há uma mensagem bonita por trás, um drama que, como nos filmes americanos citados ainda há pouco, ajuda. Vale por isso, pelos clichês natalinos e a mensagem, mas o clichê do Hassum estraga um pouco. Se você não se importar com isso e abrir seu coração ao espírito natalino, pode ser que o tempo não seja desperdiçado.
É o que parece estar acontecendo ao redor do mundo, já que o filme é um dos mais vistos em outras partes do globo. Por isso, viva o espírito natalino!
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