Informativo Covid-19 - Atualização nº 28: 17/01/2021

Em apenas 17 dias, Região dos Inconfidentes aproxima-se do recorde de vítimas fatais ocorrido em agosto.

Compartilhe:

[wpusb layout="rounded" items="facebook, twitter, whatsapp, share"]

Com mais 12 mortes registradas no período de 11 a 17 de janeiro, o acumulado do mês já atinge 26, correspondendo a 83,9% do número de vítimas fatais da Civid-19 ocorrido em agosto, pior mês da pandemia na Região dos Inconfidentes. Com os números divulgados neste domingo (10), a Região dos Inconfidentes chegou a 22.918 casos notificados, sendo 115 vítimas fatais, 12 mil com resultado positivo, e 10.708 casos descartados, atingindo 11.251 pacientes considerados recuperados.

*** Continua depois da publicidade ***

*** 

Mortes decorrentes da Covid-19

No gráfico abaixo são apresentados os números de óbitos ocorridos semanalmente nas cidades da Região dos Inconfidentes, tomando-se como ponto de partida o dia 16 de março, quando foi notificado o primeiro caso suspeito de contágio pelo novo coronavírus em Mariana. Observa-se que, sem registro de mortes entre 31 de dezembro e 03 de janeiro, o período subsequente (2 semanas) até o domingo (17) concentrou 26 vítimas fatais, o que não havia acontecido desde o início da pandemia.

Em termos de totalização mensal (gráfico abaixo), os números mostram que Itabirito passa pela pior fase em termos de mortes associadas à Covid-19, quase alcançando a pior marca de Ouro Preto, que teve 17 óbitos em agosto. Enquanto isso em Mariana, em janeiro, já foram registradas seis vítimas (número igual ao de maio), em Ouro Preto já foi ultrapassado o número ocorrido em junho, setembro e outubro, aproximando-se do resultado de julho, mas correspondendo a 29,4% do recorde de agosto.

Apesar das significativas diferenças em termos de número de casos positivos e de mortes associadas ao novo coronavírus, a taxa de letalidade em Ouro Preto continua sendo a maior (2,39%). Esse valor sofreu redução na última semana (era 2,54% no dia 10 de janeiro), em função do aumento de óbitos em Itabirito, cuja taxa subiu de 0,57 para 0,62%. Uma queda menor ocorreu em Mariana na última semana, de 0,81 para 0,80%, resultando em uma taxa global de 0,96% para a Região dos Inconfidentes.

Casos Notificados, Confirmados e Recuperados

Pela segunda semana consecutiva observou-se maior porcentagem de aumento dos casos confirmados, em relação ao número de notificações. Os últimos sete dias registraram aumento de 13,2% de casos com resultado positivo (1.399 novos), passando de 10.601 para exatos 12 mil. Em relação às notificações, o aumento foi de 1.647 casos, correspondendo a acréscimo de 7,74% em relação à semana anterior (de 03 a 10 de janeiro).

A projeção para o mês de janeiro, a partir das médias diárias dos 17 primeiros dias, aponta para aumentos menores em Mariana e Itabirito, em relação à comparação entre dezembro e novembro, com redução em Ouro Preto (gráfico abaixo) mas com elevação de 66,8% no número global na Região dos Inconfidentes.

No gráfico abaixo são apresentadas, em números absolutos, as projeções dos números de casos positivos em Mariana, Itabirito e Ouro Preto, ao lado dos números de dezembro e agosto, os dois piores da pandemia para o conjunto das três cidades, e de julho, mês que havia registrado o pior desempenho de Itabirito, antes de dezembro.

A taxa de contágio (relação entre positivos e notificados) subiu novamente, atingindo 84,9% na soma das três cidades. No gráfico abaixo, são apresentados os números de casos notificados e confirmados a cada mês, em Mariana, Ouro Preto e Itabirito, sendo que os números de janeiro são relativos apenas aos 17 primeiros dias do mês.

Esse aumento da taxa de contágio significa que, a cada 100 novos casos notificados, aproximadamente 85 apresentam resultado positivo para o contágio pela Covid-19. Entretanto, em cada cidade, ao longo do tempo, essa relação apresentou comportamentos distintos, como pode ser observado nos gráficos abaixo, específicos para cada uma das cidades, considerando-se, em especial, as curvas correspondentes aos casos descartados e confirmados, respectivamente.

Em Mariana, desde o final de julho, o número de casos descartados crescia em relação ao número de casos confirmados, mostrando uma tendência de menor taxa de contágio, ou seja, que mesmo com o crescimento do número de notificações, o total relativo de casos positivos estava diminuindo. Isso ocorreu até o final de novembro, quando as curvas em vermelho e verde no gráfico começaram a se distanciar novamente.

Em Itabirito, desde o início da pandemia, o número de casos descartados apresentava-se superior ao número de casos confirmados, ressaltando-se que os boletins sofreram duas modificações de formato. Até o dia 12 de maio, era apresentado um único número para casos descartados e excluídos. Entre 13 de maio e 04 de junho houve a separação na divulgação, caracterizando como casos excluídos os desconsiderados por “dados clínicos epidemiológicos, laboratoriais ou casos que não tiveram como ser esclarecidos”.  Partir daí os boletins epidemiológicos passaram a referir-se apenas a casos descartados. No gráfico acima, observa-se que, um novo comportamento estabeleceu-se a partir da segunda quinzena de setembro, com a praticamente coincidência dos números de casos confirmados e descartados, permanecendo essa tendência até o final da primeira quinzena de dezembro, quando o número de casos confirmados passou a superar o de descartados.

Já em Ouro Preto pode ser observado um terceiro comportamento comparativo desses parâmetros. Depois de um tempo com números próximos, a partir do início de agosto os casos descartados começam a crescer mais que o de casos confirmados, com uma leve tendência de aproximação a partir da segunda quinzena de dezembro.

Os números divulgados nos boletins deste domingo (17) mostram que a taxa global de pacientes considerados recuperados continua em ascensão na Região dos Inconfidentes, passando de 93,2 para 93,8%. Isoladamente, Ouro Preto, Mariana e Itabirito têm índices de 84,6; 93,9 e 96,5%.

*** Continua depois da publicidade ***

Ocupação dos leitos

O período de 11 a 17 de janeiro voltou a apresentar 100% de ocupação dos leitos de UTI da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto. Os leitos da Clínica Médica do Hospital Monsenhor Horta permaneceram com taxa média diária de 88,6%, enquanto nos leitos de isolamento da Santa Casa ocorreu uma redução de 91,8 para 61,2%, verificando-se queda também em relação aos leitos clínicos de ampliação de atendimento (hospital de camapnha) em Mariana, de 31,4 para 16,2%.

Taxas médias diárias e Médias móveis

Considerando as estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para as populações de mariana, Ouro Preto e Itabirito, são apesentadas, no gráfico abaixo, as taxas médias diárias dos casos notificados, por grupo de 1 mil habitantes, com destaque para a manutenção do repique ocorrido desde a última semana de dezembro.

Em termos de médias móveis de casos notificados e confirmados, as variações diárias, ao longo das duas últimas semanas, nas cidades da Região dos Inconfidentes. A cada dia, o valor da média móvel é calculado a partir da média do número de novos casos (notificados e confirmados) em sete dias, incluindo o dia de referência.

O indicador mais utilizado para analisar a evolução da pandemia é a comparação das médias móveis, a cada dia, com as de 14 dias antes. Por esse critério, considera-se que a pandemia esteja em estabilidade se a variação estiver entre +15 e -15%.

Por esse critério, como apresentado no gráfico acima, Mariana somente esteve na faixa de estabilidade no dia 07 de janeiro, quando a variação chegou a -3,8%, passando para a faixa crítica da pandemia e retornando à da estabilidade na sexta-feira (15). Ouro Preto, que estava na zona de regressão da pandemia até o dia 11, atravessou a faixa de estabilidade no dia seguinte, atingindo a região de agravamento da situação, com médias móveis crescentes, atingindo 148,1, depois de um pico de 157,7% no sábado. Pelo gráfico, a situação mais preocupante é a de Itabirito, que saiu de -51,2%, atravessou a zona de estabilidade e continuou em franco crescimento, até atingir, neste domingo, 194% de variação, caracterizando um grande e rápido agravamento da situação em relação ao 14º dia anterior.

Boletins de Mariana, Itabirito e Ouro Preto em 17 de janeiro

Veja Mais