Informativo Covid-19 - Atualização nº 30: 31/01/2021

Confirmando a tendência observada nas semanas anteriores, Região dos Inconfidentes registra 38 mortes atribuídas ao novo coronavírus em janeiro, com aumento de 22,6% em relação a agosto do ano passado.

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Com 23 vítimas fatais em Itabirito, oito em Mariana e sete em Ouro Preto, só em janeiro, o total de mortes decorrentes da pandemia da Covid-19 atinge 127, com taxa de ocupação dos leitos de UTI, disponíveis na Santa Casa de Ouro Preto, inferior a 100% apenas no dia 09. Com 895 novos casos confirmados nos últimos sete dias na Região dos Inconfidentes, o mês de janeiro fechou com 4.442 resultados positivos, total 3% menor que a estimativa feita na última atualização deste informativo.

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Mortes decorrentes da Covid-19

A comparação semanal, desde o início da pandemia, coloca o período de 25 a 31/01 como a terceiro pior em número de mortes associadas à Covid-19, atrás apenas de outras duas semanas também de janeiro (04 a 10 e 11 a 17).

O número de mortes registrado em janeiro no município de Itabirito foi o maior observado nas cidades da Região dos Inconfidentes, superando os 17 óbitos ocorridos em agosto, em Ouro Preto, e correspondendo a 130% de aumento em relação ao total de vítimas registradas em Itabirito, também em agosto. Com isso, no conjunto, os municípios de Mariana, Ouro Preto e Itabirito apresentam taxa de letalidade de 0,9%.

Com 696 casos positivos em janeiro, a taxa de letalidade de Ouro Preto recuou para 2,06% (era de 2,09% até o dia 24), enquanto a de Mariana subiu de 0,75 para 0,76%. Mesmo com maior número de óbitos no mês, a taxa de letalidade de Itabirito manteve-se em 0,9%, em função do elevado número de casos confirmados (2.591 nos últimos 31 dias).

Casos Notificados, Confirmados e Recuperados

De acordo com os boletins emitidos pelas respectivas secretarias de Saúde desses municípios, o mês de janeiro foi encerrado com um total global de 14.049 casos com resultado positivo, representando aumento global de 54,95% em relação a 31 de dezembro. Isoladamente, como apresentado no gráfico abaixo, a maior variação local ocorreu em Itabirito, pelo segundo mês consecutivo, com elevação de 89,4%. Ficando Ouro Preto na segunda posição, com acréscimo de 52%, revertendo a situação da comparação entre dezembro e novembro, quando Mariana registrou variação superior.

Em termos às notificações, a Região dos Inconfidentes atingiu 26.623 casos (acréscimo de 19,7% no mês. Novamente o destaque é para Itabirito, com 52,3% de aumento, quanto Mariana e Ouro Preto registraram, respectivamente, 19,6 e 23,5%.

No gráfico abaixo são apresentadas, em números absolutos, os números finais de casos positivos em Mariana, Itabirito e Ouro Preto, divulgados neste domingo (31/01) ao lado dos números de dezembro e agosto, os dois piores da pandemia para o conjunto das três cidades, e de julho, mês que, antes de dezembro, Itabirito havia registrado seu pior desempenho.

A taxa de contágio (relação entre positivos e notificados) está em 52,8% na soma das três cidades. No gráfico abaixo, são apresentados os números de casos notificados e confirmados a cada mês, em Mariana, Ouro Preto e Itabirito, sendo que os números de março são relativos apenas aos 16 primeiros dias do mês.

Como observado na edição anterior, a relação entre casos confirmados e descartados –  cujo soma, acrescida do número de mortes, corresponde ao total de notificações –, continua a apresentar uma tendência de afastamento das curvas em verde (casos descartados) e vermelho (casos confirmados) nos gráficos abaixo, mas apenas em Mariana.

Em Mariana essa tendência fica bastante clara. Até o boletim deste domingo (31), haviam sido registradas 7.607 notificações, com 4.593 resultados positivos e 2951 casos descartados. A relação entre descartados e positivos, portanto, atingiu 64,2%, com queda de aproximadamente 23 pontos percentuais em relação a 15 de dezembro (na última semana o recuo era de 21pontos).

No dia 15 de dezembro, em Itabirito, haviam sido registradas 7.169 notificações, com 3.577 resultados positivos e 3.573 casos descartados. A partir daí a relação descartados/confirmados passou a cair continuamente, chegando a 70,2% no domingo (24). Mas, no dia 25 de janeiro, houve um acréscimo de 1.242 casos descartados, representando um aumento de 26,8% em relação ao dia anterior. Na publicação da Prefeitura de Itabirito, esse salto foi justificado por uma atualização de dados ainda de 2020, pela Funed (Fundação Ezequiel Dias), responsável pela realização dos testes swab.

Como apresentado na edição anterior, a relação entre casos descartados e com resultado positivo vem oscilando, para mais e para menos, a partir de 14 de dezembro, voltou ao mesmo patamar no dia 24 de janeiro e, neste domingo (31), com 48 descartados e 123 com resultado positivo de contágio (taxa de 39%).

Os números divulgados nos boletins deste domingo (31) mostram que a taxa global de pacientes considerados recuperados sofreu uma queda brusca, caindo de 94,2 para 88,2%, continuando Itabirito como destaque, com 98,7% (ainda em crescimento) em relação aos 7.176 casos confirmados.

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Ocupação dos leitos

O mês de janeiro apresentou os piores índices de taxa de ocupação diária dos 10 leitos de UTI disponíveis na Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, com capacidade total utilizada em todos os dias, exceto no dia 09, com sete leitos ocupados. Os leitos da Clínica Médica do Hospital Monsenhor Horta tiveram taxa média diária de 97,1% nos últimos sete dias, enquanto nos leitos de isolamento da Santa Casa a taxa baixou de 81,6 para 69,4%. Já nos leitos clínicos de ampliação de atendimento (hospital de campanha) em Mariana, a ocupação média diária caiu novamente, de 11,4 para apenas 2,9%.

Taxas médias diárias e Médias móveis

Considerando as estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para as populações de Mariana, Ouro Preto e Itabirito, são apesentadas, no gráfico abaixo, as taxas médias diárias dos casos notificados, por grupo de 1 mil habitantes, observando-se a expressiva variação em Itabirito, no dia 25, decorrente do aumento brusco dos casos descartados, que se somam aos confirmados e aos óbitos, para o cálculo do número total de notificações.

Em termos de médias móveis de casos notificados e confirmados, as variações diárias, ao longo das duas últimas semanas, nas cidades da Região dos Inconfidentes. A cada dia, o valor da média móvel é calculado a partir da média do número de novos casos (notificados e confirmados) em sete dias, incluindo o dia de referência. Observa-se, novamente, a descontinuidade da média móvel dos casos notificados, ocorrida no dia 25.

O indicador mais utilizado para analisar a evolução da pandemia é a comparação das médias móveis, a cada dia, com as de 14 dias antes. Essa “normalização” permite que variações bruscas, como a ocorrida no dia 25 de janeiro em Itabirito, sejam minimizadas, uma vez que foram decorrentes de ajustes na base de dados, em função de resultados não contabilizados anteriormente. Por esse critério, considera-se que a pandemia esteja em estabilidade se a variação estiver entre +15 e -15%.

Mesmo considerando a situação crítica do recorde de mortes associadas à Covid-19, em janeiro, a variação das médias móveis dos casos confirmados na Região dos Inconfidentes coloca-se na faixa de regressão do quadro pandêmico. A faixa com variação percentual menor que -15% foi atingida, em Mariana, no dia 22 de janeiro. Para as demais cidades isso ocorreu no dia 29, quando Itabirito atingiu -15,8% e Ouro Preto -43,5%, saindo de -7,5% no dia anterior. No fechamento do período (dia 31), Mariana, Itabirito e Ouro Preto apresentam porcentagens próximas. Respectivamente -38,7, -35,1 e -35,6%.

Boletins de Mariana, Itabirito e Ouro Preto em 31 de janeiro

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