1 ano de pandemia: veja o balanço de Itabirito na contenção da Covid-19
Quanto foi investido, novas restrições da onda roxa, fiscalização e atualização dos leitos hospitalares
- Raquel Barakat
- 25/03/21 às 14:22
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Recém-completo 1 ano da pandemia de Covid-19, a única esperança da população de todo o país é a vacinação em massa, que ainda se arrasta por todo o território brasileiro. Em Itabirito, funcionários da linha de frente da saúde já foram contemplados com a primeira dose da vacina, e a segunda ainda está sendo realizada. Porém, enquanto a vacinação não atinge toda a população, o que resta é contar com os planos de contingência do município para o controle da disseminação do vírus.
Recursos financeiros empregados na contenção do vírus
Itabirito, até o momento, já utilizou o total de R$ 11.583.021,31, dividido da seguinte forma:
- R$2.088.634,55 de recursos do Governo Federal;
- R$103.998,76 de recursos do governo do estado;
- R$2.069.898,64 do CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais);
- R$7.320.489,39 de recursos do próprio município.
Os dados foram solicitados à Prefeitura de Itabirito e correspondem ao período do início da Pandemia até o mês atual. De acordo com a administração pública, “os recursos foram utilizados para contratação de pessoal, pagamento de abono temporário para servidores da linha de frente de combate à pandemia, locação de veículos, aquisição de EPIs, máscaras, materiais de higienização, testes rápidos, internações, ventiladores mecânicos pneumáticos, medicamentos, termômetros, investimentos em ambulatórios, entre outros”.
Em live realizada no último dia 16 através do Facebook da PMI, o Prefeito Orlando Caldeira esclareceu que não há possibilidade de falta de insumos para o tratamento de pacientes com Covid-19 e confirmou o recebimento de doações dos materiais necessários. “Nossa saúde se preparou. As empresas tem ajudado o município de Itabirito, que tem nos mandado vários insumos para nossa saúde”.
Questionada sobre os repasses em forma de doações, a prefeitura não se manifestou acerca dos materiais recebidos, quantidade ou quais empresas foram responsáveis.
Barreira sanitária: estrutura é utilizada para conscientização
No início da pandemia, Itabirito se destacou por ter sido uma das primeiras cidades a adotar as barreiras sanitárias, utilizadas para aferição de temperatura e conscientização de visitantes e população local. O objetivo era conter a disseminação do vírus e encaminhar, caso necessário, pessoas que possuíam sintomas da doença para a rede de saúde. Porém, com uma queda nos números de contaminações e a flexibilização das ondas do Plano Minas Consciente, adotado pelo município, as barreiras foram desmontadas, e os agentes, relocados para trabalhar em apoio à fiscalização municipal.
Com o agravamento da situação no município e a nova onda roxa, as barreiras voltaram a funcionar. Porém, diferente do início da pandemia, não é mais feito o serviço de aferição de temperatura. De acordo com a prefeitura, “ainda, quanto às barreiras fixadas nos acessos, neste momento, os locais têm sido utilizados como ponto de apoio para campanhas educativas e de conscientização da população acerca da importância do cumprimento das medidas sanitárias”.
Nossa equipe passou por uma das barreiras, instalada próximo à UPA e à rodoviária, na última quinta-feira. Nenhum agente se aproximou ou solicitou que o veículo parasse para dar qualquer tipo de instrução.
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Situação dos leitos hospitalares no município
Consultamos a prefeitura municipal sobre a realidade nos atendimentos das unidades da rede pública e privada sobre internações e leitos. De acordo com a administração, no Hospital São Vicente de Paulo, que contém 26 leitos, 19 estão ocupados. 12 leitos são reservados para pacientes Covid-19, e, até a data de hoje, 7 se encontram com pacientes internados. Dos outros 14 leitos, particulares/conveniados, 12 estão ocupados.
Com relação a leitos de UTI, a prefeitura informou que “há, ainda, cinco pacientes de Itabirito internados em leitos UTI, sendo dois na rede conveniada privada e três em leitos da rede pública”.
Fiscalização na onda roxa
Imposta pelo governo do estado, a onda roxa, recém-criada, é a mais rígida do Plano Minas Consciente. O governador Romeu Zema decretou, no último dia 17, que todo o estado de Minas Gerais se adequasse aos protocolos desta onda. Segundo a prefeitura de Itabirito, a fiscalização municipal está, no momento, se readequando junto à Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito, responsável pela fiscalização, após a mudança do secretário, ocorrida na semana passada. Além disso, vale ressaltar que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros trabalham em conjunto para realização das fiscalizações no município.
Solicitamos dados do balanço dos 7 dias da onda roxa no tocante a fiscalização, mas não obtivemos retorno. A onda roxa deveria permanecer durante 15 dias, em um primeiro momento, de acordo com o decreto do governo do estado. Porém, na tarde de ontem, foi prorrogada até o próximo dia 04, domingo de Páscoa. Além do toque de recolher, das 20h as 5h, somente serviços essenciais podem funcionar.
Apesar das severas restrições, principalmente nos comércios, autorizando apenas serviços essenciais, alguns lojistas parecem ignorar a fiscalização e o decreto, e continuam abrindo as portas. Além disso, muitas pessoas não mantém o distanciamento necessário em locais de espera, como pontos de ônibus e filas de bancos. Neste momento da Pandemia, atravessando a segunda fase e com variantes do vírus, a população deve fazer a sua parte e, caso perceba descumprimento das exigências, deve denunciar na Polícia Militar, corpo de bombeiros e Ouvidoria da Prefeitura Municipal.
Educação e transporte público passam por adequações
Em Itabirito foram suspensos os atendimentos presenciais nas escolas municipais e a distribuição dos materiais didáticos. Todos os atendimentos devem ser feitos através do telefone e de forma remota (online). Com as adaptações aos protocolos para onda roxa, o sistema de transporte coletivo também passou por alterações nas rotas.
Confira os horários aqui.
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