- Itabirito
Redução no quadro de horários causa transtorno aos usuários de transporte público em Itabirito
Prefeitura alega queda na demanda de utilização
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Desde o início da Pandemia, que já completou um ano no país, uma das alternativas de todas as cidades foi a diminuição no quadro de horários dos transportes coletivos. Porém, ao contrário do esperado, a redução trouxe transtorno para quem necessita do serviço, seja para se deslocar ao trabalho ou afazeres comuns. A redução dos horários significou aumento no número de pessoas por viagens, e não a diminuição do mesmo, de acordo com usuários.
Silmaria Rocha utiliza o serviço para se deslocar de sua residência, no bairro Primavera, para o trabalho, no centro de Itabirito. De acordo com a vendedora, a diminuição afetou muito quem precisa utilizar o transporte no dia a dia. “Meu itinerário, que é o Primavera, afetou e muito. Deveria ter mais horários”. Essa é uma das principais queixas na cidade. Com a diminuição de circulação, os horários de pico são os mais atingidos.
Questionada sobre a segurança com relação à prevenção da covid-19 e o que é ofertado nos veículos, a usuária afirma que não há nenhum cuidado com os passageiros. “Além de não possuir álcool em gel para a higienização das mãos, muitos usuários, assim que entram nos veículos, retiram as máscaras do rosto”.
Tal prática, além de incomodar quem segue à risca os cuidados necessários, contribui para a possível disseminação do vírus. Se aproximando da temporada de baixas temperaturas, a situação ficará ainda mais alarmante, visto que, para evitar o frio, os próprios usuários acabam fechando as janelas dos veículos. Segundo depoimentos de populares, não há monitoramento interno ou nos pontos de ônibus.
Além da diminuição de horários e rotas, outro ponto que incomoda os passageiros é a lotação dos coletivos. É o que diz o vendedor João Paulo Moreira, que utiliza o transporte coletivo para trabalho e outros afazeres. Morador do bairro Liberdade, alega que, além dos ônibus virem com alta capacidade de passageiros, principalmente nos períodos da manhã e tarde, há horários em que os ônibus não passam. “Acredito que reduzir, piorou. Os ônibus estão vindo muito cheios e não há respeito”, disse sobre as regulamentações de capacidade reduzida.
Dentre as recomendações para utilização de forma segura no transporte coletivo, uma delas é a distância de 1,5m entre cada passageiro, o que, na prática, se torna inviável. Muito é discutido sobre o aumento no número de veículos para diminuição de passageiros por viagens. Porém, não é o que acontece no município de Itabirito.
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O que diz a prefeitura
Em nota, a prefeitura alegou que o quadro de horários estipulado na pandemia é suficiente para suprir a demanda dos usuários. A administração alega que a prestação de serviço é fiscalizada diariamente.
A prefeitura informou que a redução dos horários e as estipulações referentes ao transporte coletivo foi objeto de estudo pela Secretaria de Segurança e Trânsito. No estudo, foi constatado que a demanda de utilização durante a Pandemia teve relevante queda.
Ainda em nota, a administração alega que “a redefinição de linhas e horários realizada pela empresa considerou, além da arrecadação diária, estudos realizados pela Divisão de Transporte Urbano e os resultados de intensa fiscalização e análise de número de passageiros nas linhas, visando conciliar o equilíbrio financeiro e a prestação de serviço de qualidade à população de Itabirito.
Atualmente, os coletivos operam até às 21h, de segunda a sexta‐feira, e até às 13h, nos fins de semana e feriados. A prestação do serviço está sujeita a análises diárias conjuntas entre a administração municipal e a concessionária visando a possíveis adequações conforme a necessidade.
A Prefeitura informa, ainda, que atualmente 10 linhas estão em operação entre segunda-feira e sábado, atendendo aos usuários nos mesmos locais contemplados antes da pandemia. Nos domingos e feriados, quatro linhas circulares estão em operação”.
Apesar das alegações de usuários sobre veículos com elevada ocupação de pessoas, a prefeitura diz que as linhas não operam em capacidade máxima e que é constantemente monitorado pela fiscalização.