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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Manifestação anti-Bolsonaro marca manhã de sábado, em Itabirito

Cerca de 40 pessoas estiveram em frente à sede da Prefeitura, com faixas e gritos de ordem.

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Diversos cartazes foram utilizados na manifestação, demonstrando os motivos da insatisfação com o Presidente da República, especialmente em relação à condução do combate à pandemia - Foto: Letícia Freitas/Agência Primaz
“Vida, pão, vacina e educação”, palavras que marcaram a manhã de hoje, em frente à sede da Prefeitura de Itabirito, reunindo cerca de 40 pessoas, em um movimento contra o governo federal. Munidos de faixas e bandeiras, os apoiadores da causa demonstravam a todo momento o sentimento de revolta com as decisões do presidente e seus representantes, principalmente em relação à Pandemia Covid-19, que já matou mais de 450 mil pessoas em todo o país.

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Manifestação consciente

Álcool gel e máscaras de proteção pff2 foram distribuídas aos participantes, como forma de prevenção, organização e conscientização relacionadas ao atual cenário do país e do mundo.

Foram tomados cuidados relativos aos protocolos de segurança sanitária, com distribuição de máscaras pela organização do ato - Foto: Letícia Freitas/Agência Primaz

Representantes da saúde marcaram presença no ato

Entre os diversos motivos para o pedido de “fora Bolsonaro”, um dos mais aclamados é sobre a forma que o presidente conduz a Pandemia Covid-19 no país. De acordo com publicações internacionais, Jair Bolsonaro é considerado o pior líder no combate à Pandemia.

Uma das participantes da manifestação era Rose Pereira, técnica de enfermagem da Upa Celso Matos Silva. A profissional da saúde falou sobre a emoção em participar o ato, que foi realizado em várias cidades do país.

As manifestações são muito importantes para fortalecer todas as políticas públicas. (As pessoas) estão de parabéns, elas são guerreiras, estão representando muita gente que pôde vir. A gente tem que ligar por aquilo que é nosso“.

Sobre o cenário do município em relação à Covid-19, Rose, que é uma das profissionais linha de frente, lamenta as vidas perdidas e a forma como a situação foi conduzida no início. “Infelizmente a gente perdeu muitas vidas. Acho que a gente poderia ter começado bem antes com a prevenção. Infelizmente, no início estava todo mundo meio perdido, muita coisa misturada. A população não acordou, achou que o vírus não era tão grave assim, porque se o próprio presidente fala que é uma “gripezinha”, tem muita gente que segue aquilo“.

Em relação a estabilidade ou diminuição da curva de contágio, Rose faz um alerta para o que vem pela frente. “Agora me parece que está tendo uma amenizada, mas fato é que, se as pessoas não forem todas vacinadas, continuar tendo cuidado, isso infelizmente não vai parar tão cedo“.

De acordo com o boletim divulgado neste sábado (29) pela Prefeitura Municipal, atingiu marca de 116 óbitos. Só em Minas Gerais, mais de 40 mil pessoas perderam a luta contra o vírus.

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Organização da manifestação contou com apoio de diversas entidades

Partidos, sindicatos e movimentos se fizeram presentes, não só durante o ato, mas em toda organização da manifestação em Itabirito, que durou cerca de 3 horas. Ao todo eram 12 entidades. Fundadora da Coletiva feminista Pagu, Bella Mayrink falou sobre o ato que ocorreu na manhã de sábado e a importância da presença das mulheres e a expressividade neste momento.

Foi um ato muito importante para nossa cidade, onde a gente conseguiu mostrar um pouco a nossa força, voltar a se organizar de novo nas ruas, mesmo com essa questão da Pandemia, tomando todos os cuidados, porque acreditamos que é na rua que vamos conseguir a derrubada deste desgoverno que está matando tanta gente de fome, de Covid. O povo está sem auxílio emergencial, sem vacina, sem emprego e sem uma educação digna. A gente esteve na rua marcando presença, enquanto coletiva feminista, porque é muito importante também a gente pautar as mulheres neste momento. As mulheres foram grande parte das que perderam seus empregos, que voltaram para o lugar do lar, pra cuidar dos seus filhos que não estão podendo frequentar as escolas, as mulheres, que cada vez mais estão sofrendo violência doméstica sem o respaldo do governo. Então é muito importante a nossa força e, cada vez mais organizando para derrubar, de uma vez por todas esse governo Bolsonaro que só quer ceifar a vida das brasileiras. Foi um primeiro momento de muitos que ainda iremos construir, e vamos todo mundo pra luta, pra rua e tirar, de uma vez por todas esse fascista do governo“.

A manifestação ocorreu sesm incidentes, de forma pacífica, e percorreu algumas ruas da cidade - Foto: Letícia Freitas/Agência Primaz

Segurança dos manifestantes

Três homens da guarda municipal e dois da polícia militar estiveram presentes para garantir a segurança e integridade dos manifestantes. Não houve ocorrência de tumulto no movimento, que transcorreu de forma pacifica e percorreu algumas ruas da cidade. Além disso, os organizadores fizeram a própria segurança em relação ao trânsito e também para garantir o distanciamento seguro.

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