- Mariana
Ato contra Bolsonaro é realizado em Mariana
Manifestantes se reuniram na manhã deste sábado (29), no Terminal Turístico
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Luana Nunes, aluna de História na UFOP, defendeu as manifestações e argumentou sobre a necessidade de mobilização por parte dos estudantes. “É uma mobilização muito importante, pois está acontecendo no Brasil todo. Diante de tanto silenciamento e de tantas violências que o atual governo tem direcionado à população, é muito importante que os jovens, que estão mais na ativa e que tem contato com teoria, tomem esse lugar que é nosso também, que é o lugar das ruas”.
A opinião é compartilhada por Mateus Carvalho, aluno de Serviço Social da UFOP. “Essa é uma luta coletiva e nós estamos vendo o ensino e a educação serem atacados todos os dias por esse governo. Então, a gente tem que se posicionar nas ruas.” O estudante também argumentou que as ações, ou inércia, do governo federal representam maiores danos à educação que a covid-19. “A gente fica muito frustrado e com muita insegurança por saber que o governo está se colocando em um papel muito pior que a pandemia em si”.
Renato Paes, professor de História na rede pública estadual, reforçou a importância da mobilização popular em defesa do impeachment e defendeu que a população não aguenta esperar o fim do mandato de Jair Bolsonaro, em dezembro de 2022. “É inconcebível como esse governo ainda está no poder. Diante da paralisia do Congresso [Nacional], é fundamental a gente sair na rua, justamente para pressioná-los a abrir um processo de impeachment. A gente sabe que a CPI está fazendo um trabalho importante, mas é insuficiente.”
Confira os registros feitos por Lui Pereira do 29M em Mariana
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Para André Mayer, professor da UFOP e ex-presidente da associação dos docentes da instituição (ADUFOP), o Governo Federal é o grande responsável pelo números de mortos por covid-19 no país. “O Brasil vive um projeto de morte que é coordenado pela atual presidência da República, onde não há investimento público para aquisição de vacinas, que é uma questão fundamental para se garantir a vida da sociedade. 450 mil mortos, quase 16 milhões de casos, e o nosso presidente fica por aí andando de moto, dando showzinho sem máscara. Então é o momento de vir pra rua e dizer basta!”
Aída Anacleto, ex-vereadora de Mariana e militante do PT, defendeu as manifestações e contextualizou com a realidade vivenciada atualmente no município. “Hoje o país inteiro está nas ruas por causa do que estamos vivendo na pele, que é esse desgoverno, com a falta de vacina, a falta de comida na mesa, a falta de emprego. Mariana não é diferente. Aqui nós estamos, também, em defesa do SAAE, contra a privatização dos recursos hídricos e pela transparência dos recursos que estamos recebendo (um valor altíssimo e que o povo não acessa).”
Foram percebidos na manifestação representantes das Brigadas Populares, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), do Sindicato Metabase Inconfidentes, do Movimento Rebeldia, da Associação dos Docentes da UFOP (ADUFOP), além de membros dos partidos PT, UP, PCB e PSTU.
Realizado em local aberto, quase todos os participantes do ato usavam máscaras PFF2, ou estavam com proteção semelhante, e havia a distribuição constante de álcool em gel. A Região dos Inconfidentes também registrou atos pedindo a queda de Jair Bolsonaro em Ouro Preto e Itabirito.