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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Ato contra Bolsonaro é realizado em Mariana

Manifestantes se reuniram na manhã deste sábado (29), no Terminal Turístico

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"Vida, pão, vacina e educação" era um dos lemas da manifestação. Foto: Lui Pereira/Agência Primaz
"Vida, pão, vacina e educação" era um dos lemas da manifestação. Foto: Lui Pereira/Agência Primaz
“Ôh! Bolsonaro, quero vacina! Vá pro inferno com essa tal de cloroquina!” bradavam os manifestantes na manhã deste sábado (29), no Terminal Turístico de Mariana. Em um microfone instalado nas escadarias do terminal, membros de partidos políticos, movimentos sociais, representantes de sindicatos, trabalhadores e estudantes compartilharam suas insatisfações com a gestão atual da Presidência da República, sobretudo no combate à pandemia de covid-19. A maioria dos participantes usavam máscaras PFF2 e foi distribuído álcool gel.

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Luana Nunes, aluna de História na UFOP, defendeu as manifestações e argumentou sobre a necessidade de mobilização por parte dos estudantes. “É uma mobilização muito importante, pois está acontecendo no Brasil todo. Diante de tanto silenciamento e de tantas violências que o atual governo tem direcionado à população, é muito importante que os jovens, que estão mais na ativa e que tem contato com teoria, tomem esse lugar que é nosso também, que é o lugar das ruas”. 

A opinião é compartilhada por Mateus Carvalho, aluno de Serviço Social da UFOP. “Essa é uma luta coletiva e nós estamos vendo o ensino e a educação serem atacados todos os dias por esse governo. Então, a gente tem que se posicionar nas ruas.” O estudante também argumentou que as ações, ou inércia, do governo federal representam maiores danos à educação que a covid-19. “A gente fica muito frustrado e com muita insegurança por saber que o governo está se colocando em um papel muito pior que a pandemia em si”.  

Renato Paes, professor de História na rede pública estadual, reforçou a importância da mobilização popular em defesa do impeachment e defendeu que a população não aguenta esperar o fim do mandato de Jair Bolsonaro, em dezembro de 2022. “É inconcebível como esse governo ainda está no poder. Diante da paralisia do Congresso [Nacional], é fundamental a gente sair na rua, justamente para pressioná-los a abrir um processo de impeachment. A gente sabe que a CPI está fazendo um trabalho importante, mas é insuficiente.”

Confira os registros feitos por Lui Pereira do 29M em Mariana

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Para André Mayer, professor da UFOP e ex-presidente da associação dos docentes da instituição (ADUFOP), o Governo Federal é o grande responsável pelo números de mortos por covid-19 no país. “O Brasil vive um projeto de morte que é coordenado pela atual presidência da República, onde não há investimento público para aquisição de vacinas, que é uma questão fundamental para se garantir a vida da sociedade. 450 mil mortos, quase 16 milhões de casos, e o nosso presidente fica por aí andando de moto, dando showzinho sem máscara. Então é o momento de vir pra rua e dizer basta!”

Aída Anacleto, ex-vereadora de Mariana e militante do PT, defendeu as manifestações e contextualizou com a realidade vivenciada atualmente no município. “Hoje o país inteiro está nas ruas por causa do que estamos vivendo na pele, que é esse desgoverno, com a falta de vacina, a falta de comida na mesa, a falta de emprego. Mariana não é diferente. Aqui nós estamos, também, em defesa do SAAE, contra a privatização dos recursos hídricos e pela transparência dos recursos que estamos recebendo (um valor altíssimo e que o povo não acessa).”

Foram percebidos na manifestação representantes das Brigadas Populares, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), do Sindicato Metabase Inconfidentes, do Movimento Rebeldia, da Associação dos Docentes da UFOP (ADUFOP), além de membros dos partidos PT,  UP, PCB e PSTU. 

Realizado em local aberto, quase todos os participantes do ato usavam máscaras PFF2, ou estavam com proteção semelhante, e havia a distribuição constante de álcool em gel. A Região dos Inconfidentes também registrou atos pedindo a queda de Jair Bolsonaro em Ouro Preto e Itabirito.

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