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Hoje é sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Comissão de vacinação Covid-19 solicita ao governo do estado mais imunizantes para Itabirito

Em recente estudo, a cidade ocupa o 18° lugar de casos em MG. Óbito de paciente já vacinado é registrado

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Itabirito é a cidade da região que menos recebeu vacinas e a que tem a mais alta taxa de letalidade - Foto: Lui Pereira/Agência Primaz
O mês de junho está chegando ao fim e ficou marcado por elevado número de óbitos por Covid-19, em Itabirito. Somente no período de 07 a 14 de junho, 16 pessoas perderam a batalha contra o vírus. A partir deste e de outros dados levantados, a Comissão Especial para apuração, acompanhamento e transparência do processo de vacinação da Covid-19, composta pelos vereadores Max Fortes (DEM), Fabinho Fonseca (Avante) e Dr. Edson (Republicanos), emitiu um ofício à Secretaria de Estado de Saúde, solicitando urgência no envio de vacinas para o município.

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Ranking de casos colocam Itabirito em situação crítica

Através de estudos realizados pela comissão e levantamento de dados, Itabirito assume o 18° lugar em números absolutos no ranking estadual em relação a infectados, entre os 853 municípios de Minas Gerais. A taxa de letalidade (óbitos) na cidade chegou a 4,49%.

Quando a população de cada cidade é levada em consideração, entre as 19 primeiras listadas, Itabirito assume o primeiro lugar no ranking proporcional, com 20,8% da população contaminada.

Além disso, foi apontado que o índice de recebimento de imunizantes está muito abaixo do necessário, se comparado às cidades vizinhas, Ouro Preto e Mariana, nas duas cidades os números de casos e óbitos são inferiores à Itabirito, mesmo com população menor. Foi identificado que o município recebeu apenas 39,14% de vacinas para a sua população.

De acordo com o vereador Max Fortes, que compõe a comissão, “se de um lado Itabirito é a cidade na região que tem mais casos e mais óbitos, por outro é uma das cidades que menos tem recebido doses proporcionalmente ao número da população”.

A iniciativa de solicitar mais imunizantes ao estado partiu da comissão de vereadores, que também notificou a prefeitura sobre o ofício enviado. “Nós tivemos a iniciativa de enviar um ofício ao secretário de Estado, Fábio Baccheretti, solicitando que essa desigualdade (no número de vacinas) seja corrigida. Nós não queremos nenhuma prioridade para Itabirito, mas não podemos ter uma desigualdade na distribuição”.

O estudo foi realizado no último mês de maio, e desde então, os números de casos e mortes em Itabirito sofreu sensível aumento.

No ranking proporcional, que considera o tamanho da população de cada cidade, Itabirito fica em primeiro lugar
A tabela mostra as 19 cidades com mais casos de Covid-19 em Minas Gerais

Onda vermelha

Itabirito continua na onda vermelha do Plano Minas Consciente, mas diferentemente de Ouro Preto, que optou por medidas mais restritivas para o controle do contágio, a Prefeitura Municipal permanece sem enrijecer a fiscalização ou medidas de controle, mesmo com uma elevada alta no número de óbitos, que hoje já chega a 138 pessoas.

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Óbito em paciente vacinado

Foi registrada, no último boletim, a morte de um paciente com idade superior a 90 anos, que já havia recebido as duas doses da vacina.

A Agência Primaz, em compromisso com a população salienta que os imunizantes contra a Covid-19 não previnem da contaminação, mas tem a finalidade de minimizar os efeitos da doença e as ocorrências de óbitos.

Qualquer pessoa que tenha tomado a primeira ou as duas doses da vacina deve continuar mantendo os cuidados recomendados pela OMS (Organização mundial de saúde), como uso de máscaras, distanciamento e higienização das mãos.

Casos de óbitos em pessoas já vacinadas são considerados raros. Porém, nenhum imunizante contra o vírus Sars-CoV-2 disponível no mercado é 100% eficaz. Eles têm o efeito de evitar casos graves que podem levar a intubação ou morte.

Esclareça dúvidas sobre a imunização

Existe a possibilidade de ter covid após a vacinação. Isso porque, uma pessoa só está imunizada um mês após receber a segunda dose. Mas é importante lembrar que nenhuma vacina é 100% eficaz contra o vírus.

Muito tem sido falado sobre pessoas que já contraíram a doença estarem liberadas do recebimento do imunizante, porém, isso não procede.

Pessoas já infectadas com a Covid-19 devem esperar 4 semanas após a cura para receber a dose. Isso porque, caso a pessoa apresente reações semelhantes à doença, não será possível distinguir se a causa é pela recente contaminação do vírus ou efeitos do imunizante.

Estudos apontam que é possível que uma pessoa já vacinada também transmita covid. Isso se deve a não prevenção da contaminação. Casos graves e de óbitos acontecem geralmente apenas em pacientes idosos que já apresentam comorbidades, por possuírem o sistema imunológico debilitado.

Prevenção e vacina

Pacientes idosos, principalmente, ainda devem manter, se possível, o isolamento. 

Enquanto toda a população não estiver vacinada e a curva de contaminação não diminuir, as recomendações ainda são a melhor forma de prevenção.

É importante que todos mantenham os cuidados e todos recebam o imunizante.

Vacina e cuidados salvam vidas.

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