- Mariana, Ouro Preto e Itabirito
Informativo Covid-19 – Atualização nº 43: de 16 a 30/06/2021
Mesmo com redução de 50% dos óbitos, em relação à 1ª quinzena de junho, a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes continua em alta na Região dos Inconfidentes.
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Mortes decorrentes da Covid-19 na Região dos Inconfidentes
Em queda desde abril, em junho foram registrados 36 óbitos na Região dos Inconfidentes, número somente maior do que o de fevereiro, em 2021. Itabirito continua com a maior porcentagem de mortes (41,5%), seguida por Ouro Preto (32,9%) e Mariana (25,5%), de acordo com os dados relativos ao último dia de junho.
No fechamento da 2ª quinzena de junho foi mantida a tendência, estabelecida desde abril, de maior número de vítimas nos primeiros quinze dias do mês, desta vez com redução de 50%, a maior verificada no período. A taxa global de mortalidade por 100 mil habitantes, na Região dos Inconfidentes, continua em alta, porém com tendência de menor variação desde abril, reduzindo a relação em 29,2% (abril) e 15,3% (maio), na comparação com os respectivos meses anteriores. Já a taxa global de letalidade (relação de óbitos em relação ao número de casos confirmados), continua aumentando desde fevereiro (0,86%), chegando a 1,28% em 30 de junho, mas mostrando um pequeno recuo em relação ao valor apurado no final da 1ª quinzena.
Individualmente, os municípios apresentam os seguintes índices:
Itabirito: TL = 1,15% e TM = 277,2
Mariana: TL = 0,99% e TM = 140,9
Ouro Preto: TL = 2,04% e TM = 146,7
Observa-se que, em Itabirito, embora a taxa de letalidade tenha um valor intermediário, a de mortalidade por 100 mil habitantes representa quase a soma das taxas observadas em Mariana e Ouro Preto.
A evolução da taxa de mortalidade por 100 mil habitantes, desde 1º de janeiro, pode ser observada no gráfico a seguir, com indicação por cidade e para a Região dos Inconfidentes.
Casos Notificados, Confirmados e Recuperados
Ao final do mês de junho, a Região dos Inconfidentes contabilizou 4.592 casos notificados com 2.383 resultados positivos. A comparação dos números, considerando a situação observada na primeira quinzena, mostra aumento de 17,6% das notificações, mas com redução de 4,5% de resultados positivos. Com isso a projeção da média diária para todo o mês, como apresentado na edição anterior do Informativo Covid-19, foi superada. Comparando com o mês de maio, o aumento das notificações chegou a 15,7%, com acréscimo de 6% dos casos positivos.
Em Mariana houve um baixo crescimento dos casos notificados (0,6%), com recuo de 2,4% dos casos confirmados, situação que não foi observada nos demais municípios da Região dos Inconfidentes. Com aumento de 23,4% dos casos notificados, Itabirito teve aumento de somente 1,6% dos casos com resultado positivo, enquanto em Ouro Preto o panorama se inverteu, com acréscimos de 19% e 24,7%, respectivamente.
A variação das relações entre os números de casos confirmados e notificados, para Itabirito, Ouro Preto e Mariana, pode ser melhor percebida no gráfico acima. Durante a vigência da Onda Roxa (de 16 de março a 30 de abril), a relação foi fortemente crescente em Mariana, mas com pequenas alterações positivas em Itabirito e Ouro Preto. Após a evolução para a Onda Vermelha, entretanto, em um primeiro momento (maio), o comportamento foi de estabilidade em Mariana, ocorrendo quedas significativas nos demais municípios. Já em junho foi mantida a tendência de queda em Itabirito, com pequena redução em Mariana e novo movimento de aumento em Ouro Preto.
Em números absolutos, os totais de casos positivos registrados em Itabirito, Mariana e Ouro Preto, é apresentada no gráfico a seguir, para o período de janeiro a junho. A taxa geral de contágio (relação entre positivos e notificados) na Região dos Inconfidentes, que vinha em constante crescimento desde novembro, recuou de 56,3 para 55,9%.
No gráfico abaixo são apresentados os números de casos notificados e confirmados em Itabirito, Mariana e Ouro Preto, de janeiro a junho.
A seguir, são apresentadas as curvas de variação dos casos notificados, confirmados e descartados, individualmente para Mariana, Itabirito e Ouro Preto, desde o início da pandemia na região até o dia 30 de junho.
Com 12.731 notificações, 8.684 resultados positivos e 3.987 casos descartados, Mariana teve aumento de 9% dos casos notificados, 10,5% dos positivos e de 5,4% dos descartados, atingindo 96,8% de casos recuperados. As 86 vítimas da Covid-19 representam 25,5% das mortes a Região dos Inconfidentes.
Os dados divulgados no boletim do dia 30 de junho indicavam que o município contabilizava 21.128 notificações, 12.191 casos confirmados e 8.797 descartados. Em termos de casos com resultados positivos foram 843, 20 a mais que o número verificado em Mariana, e o maior da região. As relações descartados/positivos e de descartados/notificados subiram para 72,2% e 41,6%, respectivamente.
A relação casos descartados/casos confirmados, em Ouro Preto, continua em crescimento, atingindo 140,8% em 30 de junho, o mesmo ocorrendo (de 56,4 para 57,8%) com a relação descartados/notificados que sempre se manteve a maior na Região dos Inconfidentes. No final de junho as notificações chegaram a 12.249, confirmando a tendência verificada no final da 1ª quinzena do mês, de superar o número registrado em Mariana –, com 5.437 confirmados e 7.657 descartados. Esses totais ocorreram mesmo com o menor número de casos confirmados (717) mas com o maior de notificações (1.782) em Ouro Preto, durante o mês de junho.
Ao final do período referente a esta atualização do Informativo Covid-19, a taxa global de pacientes considerados recuperados subiu para 96,5%, com Itabirito mantendo-se com o melhor desempenho (97%), seguido de perto por Mariana (96,8%) e Ouro Preto (95%).
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Taxas médias diárias e médias móveis
Mantendo a limitação temporal a partir do dia 1º de janeiro, no primeiro gráfico abaixo é possível visualizar a oscilação dessa taxa, para os três municípios.
Ouro Preto e Mariana apresentaram médias diárias de casos notificados e confirmados (por mil habitantes) inferior à unidade. Em Ouro Preto essas médias alcançaram, respectivamente, 0,31 e 0,32, enquanto em Mariana chegaram a 0,57 e 0,45. Em Itabirito, a média diária de casos notificados atingiu 1,12, ficando em 0,54 a de casos confirmados, com picos de, respectivamente, 1,93 e 1,3.
Ampliando a área do gráfico para o período de abril a junho, correspondente ao final da vigência da Onda Roxa e retomada da Onda Vermelha, é possível observar com mais precisão a variação das taxas médias diárias de casos notificados por mil habitantes nas três cidades, caracterizando melhor as oscilações desse indicador.
Observa-se (gráficos abaixo) que, em ambas as situações (casos notificados e confirmados), Itabirito continua a apresentar as médias mensais mais altas, seguido de Mariana e Ouro Preto, sendo Mariana o único município a apresentar estabilidade dos casos confirmados, observando-se aumento do indicador relativo aos casos notificados para os três municípios.
A análise da comparação de cada média móvel com a observada 14 dias antes (gráfico abaixo) para os casos confirmados, mostra que apenas Mariana fechou o mês de junho na zona de agravamento do quadro pandêmico, com aumento de 29,4%, enquanto Itabirito, depois de um pico absurdo de 133,3% de aumento, verificado no dia 18 de junho, reverteu o quadro, chegando à zona de estabilidade, no dia 30 de junho, com aumento de apenas 1,6%. Por sua vez, Ouro Preto frequentou a zona de estabilidade entre os dias 14 e 23, permanecendo na região de reversão a partir do dia 24 e chegando ao recuo de 15,8% no último dia do mês.
Vacinação
A divulgação dos números relacionados à vacinação nos municípios da Região dos Inconfidentes continua não sendo feita de forma regular. Em junho, os dados mais recentes disponíveis, são dos dias 24 (Mariana), 26 (Ouro Preto) e 30 (Itabirito). Com essas informações, no gráfico abaixo são apresentadas as porcentagens de cobertura da 1ª dose, em relação às populações consideradas pela SES-MG para os três municípios. Os números indicados como 2ª dose referem-se à porcentagem das pessoas com imunização completa, em relação às que haviam recebido a 1ª dose. Em outras palavras, em Ouro Preto, pouco mais de 41,5% da população havia recebido a 1ª dose, das quais 31,3% também já receberam a 2ª, observando-se que, mesmo com a liderança da dose inicial, o município tem o pior resultado relativo, em termos de imunização total, embora com valor muito próximo dos demais municípios.
O último bloco de informações do gráfico acima mostra a porcentagem do total de habitantes de cada município da Região dos Inconfidentes que já se encontra com o ciclo completo de vacinação.