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Hoje é quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Primeiro caso da variante Delta é identificado em Itabirito

Conheça os sintomas, contaminação e outras informações sobre a mutação do coronavirus e demais variantes

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Variante indiana já foi identificada em mais de 100 países e preocupa autoridades - Foto: Jarun Ontakrai/Shutterstock
Uma mulher, com idade e nomes não informados, foi a primeira paciente, em Itabirito, a apresentar infecção pela variante Delta, uma das mutações do coronavírus, que se desenvolveu na Índia e já se manifestou em mais de 100 países.

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De acordo com a secretaria de saúde do município, apesar de não ter sido internada, a paciente foi monitorada por todo o período de infecção e restabelecimento de sua saúde e não apresentou nenhuma sequela do vírus.

A transmissão é considerada comunitária, ou seja, quando não é possível identificar de onde veio o vírus, já que a paciente não tem histórico de viagens nos últimos 3 meses.

Outra pessoa, que esteve em contato com a mulher, realizou teste PC-R, na última terça feira, com o resultado negativo. De qualquer forma, a prefeitura recomendou isolamento para monitoramento.

Na tarde de quinta feira (12), a prefeitura municipal realizou uma reunião para discutir as providências que serão tomadas na cidade após a identificação da variante delta e contaminação.

Em nota, a administração pública informou que “no tocante às medidas de contenção da variante Delta, espaços públicos como a Praça da Estação permanecerão fechados, enquanto os demais locais, a exemplo da praça de skate  seguirão funcionando, em horário reduzido e sob fiscalização. Por fim, orienta-se a não realização de eventos particulares com aglomerações de pessoas. Caso ocorram, também estão sujeitos à fiscalização”.

Delta em Minas Gerais

A mutação do vírus já infectou pessoas em ao menos 11 cidades, em todo o estado. Na lista, o primeiro caso, identificado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, foi em maio deste ano.

O mais recente caso foi em Montes Claros, no Norte de Minas, também com contaminação comunitária.

Além destas cidades, Belo Horizonte, Unaí e Divino apresentam dois casos cada.

Em Virginópolis, Carangola e Itabirito, um caso em cada município.

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Variante Delta: quais os sintomas mais comuns e os cuidados

A cepa, originária da Índia, foi descoberta no fim do ano passado e é considerada a mais transmissível das catalogadas do Sars-Cov 2.

Seu contágio foi considerado semelhante a doenças como catapora e Ebola, de fácil contaminação.

Entre os principais sintomas da variante estão dor de cabeça, inflamação de garganta e coriza.

Porém, diferentemente do vírus comum, em poucos pacientes foi identificado ocorrência de febre e perda de paladar.

Com a ausência de ocorrência de perda de paladar e a presença de dor de cabeça intensa, é possível que o paciente confunda a doença com um resfriado comum, gripe mais intensa ou enxaqueca, e não procure ajuda médica. Assim, a variante pode não ser combatida e ocorrer caso de hospitalização quando o vírus já está agindo de forma mais severa. .

Além destes, sintomas como febre, diarréia, fadiga e dor muscular também estão na lista.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, existe maior risco de reinfecção em indivíduos infectados pela variante gama e beta, já encontradas no Brasil.

Pela facilidade que a variante é transmitida, além dos protocolos  como máscara, higienização e álcool 70%, é de suma importância neste momento que aglomerações sejam evitadas e as regras de distanciamento sejam cumpridas com mais rigidez. 

Variantes já identificadas em todo o mundo

Ao todo, 6 variantes do SARS-COV-2 já foram identificadas em todo o mundo.

Variante Alfa: presente em quase todos os países, incluindo o Brasil, foi a primeira detectada no mundo. Foi ela a responsável pela segunda onda do coronavírus. Entre as variantes, é uma das que possui maior risco de hospitalização e morte. Porém, é a que apresenta melhor resposta as vacinas, sendo todas disponíveis, eficazes.

Variante Beta: identificada a primeira vez na África do Sul e presente em mais 58 países, é considerada uma variante menos transmissível que a Alfa, porém pode ser mais letal.

Entre as vacinas presentes no mercado, a Janssen e Pfizer apresentaram melhor resposta e há indícios que a Astrazeneca perde a eficácia para a mutação.

Variante Gama: encontrada a primeira vez em Manaus, é considerada uma das mais transmissíveis no país, e foi responsável por cerca de 98% dos casos de Covid-19 no Brasil na segunda onda. A gravidade da doença ainda é estudada, e há provas da eficácia das vacinas Coronavac e Astrazeneca.

Variante Zeta: a mutação, presente em mais de 48 países, foi descoberta no Rio de Janeiro. Ela é a mutação da P.1 (Gama), de Manaus. Ainda não há comprovação se é mais transmissível ou letal. A vacina Janssen já se mostrou eficaz contra a variante.

Variante Delta: inicialmente foi identificada na Índia, no ano passado, mas já está presente em mais de 100 países. Pode ser de 50 a 100% mais transmissíveis do que outras cepas. Possui um alto risco de internação. Entre as vacinas presentes no mercado, a fabricante da Pfizer afirmou que a vacina possui eficácia reduzida contra a Delta. O imunizante Astrazeneca apontou 92% de eficácia contra hospitalização. Recentemente foi iniciado um estudo pelo Butantan para calcular a eficácia da vacina CoronaVac, mas de acordo com dados preliminares, a vacina consegue atuar contra a variante. A fabricante da Janssen protege contra a Delta por até 8 meses.

Variante P.4: Foi identificada no interior de São Paulo, em Itirapina e ainda não há informações sobre abrangência mundial da variante. Por se tratar de uma mutação muito recente, não existem estudos sobre a transmissão, letalidade ou eficácia sobre as vacinas.

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