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Hoje é quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Turismo esportivo: existe caminho além do Iron Biker em Mariana?

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Nem todo mundo, mas a verdade é que não dá pra falar de turismo em Mariana sem antes falar de… bicicleta.

Caracterizado como sendo o evento que mais atrai turistas para a cidade, o Iron Biker, uma competição que chegou em 2021 na sua 28ª edição, é responsável por injetar milhões de reais anualmente na economia local em questão de poucos dias, fazendo com que (pelo menos em um fim de semana) Mariana se torne a capital do moutain bike.

Mas será que o Iron Biker pode ser entendido como um definidor de rumos ou o evento é apenas um ponto fora da curva no turismo local? Existe espaço para outros tipos de competições esportivas, com capacidade de atrair turistas, na cidade?

São estas e outras dúvidas que tentaremos responder aqui no post. Vem com a gente!

Iron Biker e o turismo esportivo no Brasil

Com um roteiro que abraçava as cidades de Ouro Preto, Itabirito e Belo Horizonte, a primeira edição do Iron Biker foi realizada em 1993 ainda sob o nome de “O Desafio das Montanhas“.

De 1993 até 2003 se passaram dez edições para que o Iron Biker finalmente chegasse à Mariana e mais um ano para que o evento começasse pela cidade, fazendo com que o tema “turismo esportivo” fosse bastante comentado no município. Comentado até mais do que no restante do país.

Como comentado em um artigo de 2019 da Folha de São Paulo, o “interesse por competições esportivas faz mais brasileiros viajarem para fora” do que para dentro do país. Além disso, faltam números consolidados sobre o nicho (ao contrário do que acontece em outros países, como os Estados Unidos, onde esse segmento de turismo é bastante robusto e reconhecido, em muito por causa dos jogos da NFL).

Isso não quer dizer que o Iron Biker não impacta na economia marianense. Pelo contrário.

Segundo os dados dos próprios organizadores, com uma média anual de 2 mil atletas inscritos e considerando 3,6 acompanhantes por atleta, o evento injeta aproximadamente R$ 8 milhões na economia local durante sua realização. Isso sem contar com o retorno midiático avaliado em mais de R$ 5 milhões por evento realizado.

Caso os números estejam corretos, podemos afirmar que o evento do Iron Biker consegue, sozinho, colocar mais dinheiro na economia de Mariana do que todo o setor de turismo local, que ao longo de todo o ano de 2019 colocou pouco mais de 2,7 milhões de reais na cidade.

O case da Fórmula 1

Tido como grande case de evento para o turismo esportivo no país, o Grande Prêmio da Fórmula 1 realizado no autódromo de Interlagos, em São Paulo, atrai cerca de 150 mil turistas anualmente, sendo 16% deles estrangeiros.

O cenário do Voo Livre em Mariana

Criado oficialmente em 2019, o Clube Marianense de Voo Livre representa outro segmento esportivo que também impacta no turismo da cidade.

Ao longo de mais de 5 edições, o Clube realizou na cidade o Encontro de Voo Livre colocando dezenas de praticantes do Voo Livre nos céus de Mariana. Todos saindo de um cartão postal ainda pouco explorado da cidade, o Pico da Cartuxa.

Na primeira edição do videocast da ADAPRO conversamos com Cley Everton, presidente do Clube, e também com Lucas Fonda, um dos organizadores do Iron Biker.

Impulsionando o Turismo esportivo em Mariana

Com a criação da ADAPRO — Agência de Desenvolvimento do Arranjo Produtivo de Turismo de Mariana, a primeira agência brasileira de desenvolvimento deste setor, será possível impulsionar não apenas o turismo esportivo, mas vários outros tipos na cidade.

Para saber mais sobre a ADAPRO, siga a gente no Instagram, Linkedin e Facebook, e não deixe de assinar o nosso canal no Youtube para não perder os nossos videocasts com entrevistas sobre o turismo em Mariana.