Mariana implementa o programa Bolsa Atleta 2022

Programa prevê a aplicação de R$93 mil em 2022.

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Para a implementação oficial do programa Bolsa Atleta 2002, em Mariana, foi realizada uma cerimônia pública na Arena Mariana, nesta terça-feira (08), quando 29 atletas locais receberam o comprovante de depósito da primeira das 12 parcelas que compõem o auxílio. Com valores individuais que variam de 10 a 70% do salário-mínimo, de acordo com a classificação de cada um no ranking de suas respectivas modalidades, sendo levado em consideração também o desempenho em 2021, o valor total do auxílio chega a R$93 mil.

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O programa Bolsa Atleta foi instituído há alguns anos em mariana e, mesmo com a pandemia, vem tendo continuidade, mesmo com algumas restrições. De acordo com Bruno Freitas, Secretário Municipal de Esportes, não houve paralização em função da Covid-19, embora o número de beneficiários tenha diminuído no ano passado, mas voltado a crescer na edição de 2022. “Na verdade, Mariana é a única cidade que não parou [o programa] mesmo com a pandemia. Nós tivemos um número menor de atletas inscritos, devido às competições oficiais de várias modalidades não terem acontecido nos anos anteriores, mas a as inscrições dos bons atletas sempre foi feita na nossa cidade. Este ano tivemos até um número maior de inscritos no ano passado, e esperamos, se Deus quiser, que a gente tenha um número maior de inscrição porque os eventos já estão voltando gradualmente”, declarou.

A expectativa do secretário é que, com o retorno das competições e o incentivo da maior disponibilidade financeira para 2023, os atletas que não conseguiram o benefício consigam apresentar melhores resultados este ano. “Temos vários já agendados, campeonatos mineiros e brasileiros que vão acontecer, que já tem data marcada, inclusive alguns que vão acontecer em nossa cidade. Então, acredito que isso aí vai ser muito importante para esse boom no próximo ano, até mesmo o investimento do Bolsa Atleta que, no próximo ano, se não me engano, é o dobro do valor previsto na lei orçamentária [de 2021]. Então, é só mesmo quem não fez a inscrição esse ano, quem não competiu no ano de 2021, é competir este ano, que tenho certeza vai estar recebendo esse benefício aí em 2023”, finalizou Bruno.

Dos 41 atletas inscritos, 29 foram contemplados com o auxílio este ano. A reportagem da Agência Primaz apurou que os indeferimentos foram devidos à não participação em competições no ano passado, mas que também existem atletas mirins que fazem parte da equipe do CRIA (Centro de Referência da Criança e do Adolescente) que, mesmo não participando do Bolsa Atleta, recebem auxílio social que também serve como incentivo.

O Conselho Municipal de Esportes (CME) é o órgão responsável pela análise das inscrições e acompanhamento dos atletas beneficiados pelo programa. Jonathan Félix de Miranda, conhecido como Feijão, ocupa a presidência do CME desde novembro do ano passado, fala sobre as dificuldades enfrentadas durante a pandemia e dos cuidados que ainda são necessários. “As consequências da pandemia, a gente vai ver esse ano, quando vai ser demonstrado o quanto foi o esporte foi prejudicado, né? Porque, como paralisou, a gente não consegue realmente avaliar o que aconteceu. A gente teve que buscar adaptação do treino, treinar online em casa, ter disponibilidade de acesso à internet, problemas para os alunos conseguir fazer, porque a demanda era muito grande de escola, trabalho e treinamento online. Então, a gente estava reinventando os esportes durante a pandemia. E agora a gente espera aprender com o que aconteceu, e estruturar ‘pra’ que a gente tenha um suporte melhor ‘pra’ esse ano de 2022. A gente tem aprendido que a pandemia ainda não acabou. Pode observar que a maioria dos atletas ainda usam máscara e têm todo cuidado, usam álcool em gel. Tem uma estrutura mais específica, mas assim mesmo têm lutado ‘pra’ adequar o esporte de acordo com a nossa realidade de momento”.

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Atuante no esporte desde 2010, Feijão é um dos fundadores da Associação Marianense de Voleibol (AMV) e, atualmente, desempenha a função de treinador da modalidade, associada a um trabalho na Secretaria de Esportes. Ele comemora a inclusão de cinco atletas da AMV no programa bolsa atleta, fruto de um trabalho que vem se consolidando e apresentando bons resultados no cenário estadual. “Nessa cerimônia de hoje tivemos cinco atletas beneficiados, pela conquista do segundo lugar na Liga Mineira de Voleibol do ano passado. Então, é um trabalho contínuo e a gente luta cada dia por um grãozinho de uma conquista pequenininha a cada dia, né? É uma batalha e a gente vem lutando e vem vencendo cada dia. Graças a Deus a gente vem estruturando melhor o esporte, porque a gente tem que continuar, o esporte tem que continuar, mas todo cuidado é necessário ainda porque o a pandemia não acabou”, afirma o presidente do CME.

Alteração na lei e novos beneficiários

Marciano Anderson de Jesus tem 42 anos, é faixa preta de kickboxing, treinador de boxe, educador físico e atleta da Seleção Brasileira de Esportes de Contato. Em função de uma alteração na lei municipal específica, ele conseguiu este ano sua inclusão no programa bolsa atleta e considera de muita valia o recebimento do auxílio, principalmente em função das viagens necessárias para participar de competições de alto nível. “Atletas da associação que eu faço parte já vêm sendo contemplados nos últimos anos. É a [minha] primeira vez, porque fui ampliado o programa Bolsa Atleta ‘pra’ atletas mais de quarenta anos. Eu já consegui alguns resultados nos outros anos, mas devido à idade, eu nunca consegui esse apoio que auxilia e alavanca demais, né? Por mais que eu tenha meu trabalho, tenha as minhas obrigações, minhas fontes de renda, viajar representando o esporte sempre nunca é barato”, declara Marciano.

Praticante de kickboxing, Grazielle Júlia da Anunciação Domingues, estudante de Administração na Universidade Federal de Ouro Preto, conta com o apoio de Marciano de Jesus como treinador e, pela terceira vez, consegue o auxílio do Bolsa Atleta, usado principalmente para a aquisição de material esportivo. “Eu ‘tô’ no terceiro ano consecutivo, do boxe, E essa ajuda ela é aplicada na compra de materiais e [para conseguir] certificados em relação ao esporte que eu pratico. O apoio que eu tenho é do treinador, o mestre Marciano, eu treino no CTM, Centro de Treinamento Marciano, participo da Associação Mineira de Esporte de Contato, mas o apoio que eu ‘tô’ tendo, financeiramente, é o da Prefeitura, é o Bolsa Atleta”, declara a atleta campeã mineira.