Representante de Mariana disputa cinturão de MMA na Espanha

Desde o ano passado treinando nas instalações montadas no Sindicato Metabase de Mariana, o goianiense Carlos Henrique da Cruz tem 27 anos e 1,67 de altura. Começou sua carreira no boxe, aos 14 anos, em um projeto social e, aos 17, ingressou no MMA (Mixed Martial Arts). Depois de uma passagem pela Brasília Top Team, foi contratado pela Corinthians MMA e, agora, integra a equipe marianense Libertas Esporte Combate, sob a orientação de uma comissão que reúne, entre outros, André Benkei, treinador físico e “‘headcoach” mundialmente conhecido como o “Mago da Balança”, e Yusmanis Despaigne, “boxing coach”, com uma grande trajetória no boxe em Cuba. Gerenciado por Benkei, Cruz também passou uma temporada na Europa, durante seis meses. Radicado atualmente em Mariana, Cruz elogia a estrutura montada para ele e mais nove atletas que integram a equipe Libertas. “É uma equipe nascida aqui em Mariana, ‘tá’ sendo desenvolvida aqui em Mariana, na direção de André Benkei e tem o Yusmanis Despaigne, que é um grande treinador, tem o Maguila e o Léo, que são dois treinadores de muita experiência.  A estrutura [da equipe], em questão de alimentação, moradia, treinamento, é até um pouco melhor, acredito. Mesmo o Corinthians sendo gigantesco, como equipe, aqui está sendo bem estruturado. É uma coisa bem certa. É uma coisa bem, como é que eu falo, uma coisa confiável, né?”, declara o lutador.

Para o desafio na Espanha, Cruz segue uma rotina exaustiva de treinos e, nas últimas semanas, enfrenta um programa de perda de peso preparado por André Benkei, para chegar aos 61kg, máximo peso permitido para a categoria da luta. O lutador explica que essa é uma situação comum entre os lutadores, como forma de equilibrar a competição, principalmente em termos de altura e envergadura dos adversários. “É normal, todos os atletas perdem peso. Se você não perder peso, você vai pegar um ‘cara’ maior, com maior envergadura. De uma semana e meia ‘pra’ cá, eu ‘tava’ com 70kg, ‘tô’ baixando ‘pra’ 66. Daqui até dia 18 [data da chegada a Madri] eu vou ‘tá’ entre 62, 63, mais ou menos, essa média. Lá na Espanha a gente vai manter esse peso, faltando um dia ‘pra’ luta, a gente vai ‘pra’ sauna, aí a gente perde água, você meio que desidrata”.

De acordo com Carlos Cruz, o processo inverso, de ganho e peso, já acontece normalmente, a partir do fim da luta. “No mesmo dia a gente já está tipo com três, quatro quilos de volta. No outro dia a gente está com sete, pela água, já faz a volta, né? Bastante carboidrato, macarrão, essas coisas, sabe?”, acrescenta.