- Mariana
Mais um passo para a construção de UTI em Mariana
Parceria entre Prefeitura e Hospital Monsenhor Horta é formalizada em convênio assinado nesta terça-feira (19)
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Em reunião realizada no dia 25 de novembro de 2021, a Câmara Municipal de Mariana aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 183/2021, autorizando a transferência de R$ 4.804.400,19 e o estabelecimento de parceria da Prefeitura de mariana e a Sociedade Beneficente São Camilo, gestora do Hospital Monsenhor Horta (HMS), para a construção de espaço físico e aquisição de equipamentos destinados à instalação de Centro de Terapia Intensiva, com capacidade de 10 leitos de UTI tipo II. Sancionada posteriormente pelo Prefeito Interino, Juliano Duarte, o projeto de lei havia sido baseado em documento de análise da viabilidade econômico-financeira, elaborado pela Diretoria do HMS, juntamente com o corpo técnico da instituição.
Com a assinatura do convênio, a administração municipal passa a se responsabilizar por repasses trimestrais antecipados para que a Sociedade Beneficente São Camilo, via Hospital Monsenhor Horta (HMS) faça o gerenciamento da construção e aquisição dos equipamentos.
Por se tratar de recursos públicos, Tiago Henrique Alvarenga Lopes, diretor Administrativo do HMS, ressalta que todos os cuidados vão ser tomados em relação à transparência, utilizando um mecanismo de gerenciamento em conta bancária e contábil separada das demais movimentações financeiras da instituição. “Nessa primeira etapa, esse recurso vai ser disponibilizado ‘pra’ investimento, infraestrutura e equipamentos e, posteriormente, vai ser feito um convênio ‘pra’ custeio também. Esses recursos que estão vindo do ente público para a Sociedade Beneficente São Camilo vão ser tratados em conta separada, vão ser tratados de forma muito responsável”.
Ressaltando a importância da iniciativa para Mariana e para a região, Danilo Brito, Secretário Municipal de Saúde, afirmou que o convênio é mais um elemento de cooperação entre o hospital e a administração municipal. “É um momento muito importante ‘pra’ cidade de Mariana, não só ‘pra’ cidade, mas também ‘pra’ nossa microrregional de Saúde, [composta por] Mariana, Ouro Preto e Itabirito. Nós vamos fazer aqui, no espaço do Hospital Monsenhor Horta, a construção de 10 leitos de UTI que, com certeza, somará bastante para o município. Nós já temos contrato com o Hospital Monsenhor Horta, fazemos o repasse estimado em R$1,2 milhões por mês em contratos de urgência, internações e exames. E, com certeza, [esse convênio] vem estreitar ainda mais a relação da Secretaria de Saúde e o Hospital Monsenhor Horta”, declarou.
Também enfatizando a importância da instalação da UTI em mariana, Juliano Duarte falou sobre a operacionalização do convênio, tanto em termos de execução dos repasses, quanto de acompanhamento e fiscalização. “É um passo importante hoje, falo que é um sonho da cidade de Mariana, eu acho que é um grande avanço na saúde pública do nosso município. Temos um plano de trabalho e um cronograma de desembolso que iniciará agora no mês de abril e irá até o próximo ano, finalizando em maio de 2023, que é a expectativa que nós temos ‘pra’ finalizar as obras. Então vai ser um grande avanço ‘pra’ nossa população. A rede São Camilo tem o seu corpo técnico de profissionais para acompanhar as obras, e também a Prefeitura Municipal vai fiscalizar a aplicação dos recursos, mês a mês, de acordo com que o desembolso é realizado”.
Quanto à manutenção de funcionamento da UTI, Juliano afirmou que isso é compromisso da administração municipal, mas que também vai ser buscado o repasse de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS). “Depois da construção o outro passo é o custeio, o custeio fixo mensal. Nós temos um estudo, que foi realizado pela rede São Camilo, que provou que Mariana tem capacidade e viabilidade para implantação dos 10 leitos. Então, após a conclusão [da obra], vem a fase de custeio, a princípio a Prefeitura Municipal de Mariana vai arcar com o custeio, mas nós iremos credenciar a nossa UTI junto ao Estado [de Minas Gerais] e, através desse credenciamento, o Estado também repassa uma parcela do valor, mas posso afirmar que a grande parcela será custeada pela Prefeitura Municipal de Mariana”, finalizou o prefeito interino.
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Obra
O Hospital Monsenhor Horta já deu início à expansão das instalações do setor de hemodiálise, ocupando uma parte do estacionamento existente nos fundos da instituição. Com isso, a UTI vai ocupar toda a área acima da atual e da expansão do setor.
“A São Camilo, a nossa regional, que é a regional sudeste, ela tem um serviço próprio de arquitetura, e foram desenvolvidos os projetos, aliás o projeto arquitetônico. E posteriormente, com a aprovação da Vigilância Sanitária, serão desenvolvidos os projetos complementares, que são o projeto estrutural, hidrossanitário e elétrico”, informou Tiago Alvarenga, ressaltando que, mesmo com uma empresa já contratada para a expansão do setor de hemodiálise, outra tomada de contas vai ser feita para a construção da UTI no pavimento superior.
Sonho
Em várias manifestações, durante a cerimônia de assinatura do convênio, foram ressaltados os aspectos dos benefícios resultantes da instalação da UTI em Mariana, especialmente em relação à futura independência do sistema de saúde específico em outras cidades, como em Belo Horizonte, bem como da proximidade do Hospital Monsenhor Horta com a UPA São Pedro, com conclusão prometida para dezembro deste ano.
Ainda segundo Tiago Alvarenga, o HMS vai ser capaz de oferecer serviços de alta complexidade, materializando um sonho. “É o início da construção de um sonho, né? Tanto do setor público, quanto da comunidade e da Sociedade Beneficente São Camilo também. Vários procedimentos que hoje a gente manda ‘pra’ fora, a gente vai conseguir fazer aqui no hospital”.
Mesmo usando máscara, era perceptível o brilho nos olhos de uma pessoa em especial. O médico Antônio Azzi, há décadas atuando no Hospital Monsenhor Horta, exercendo a profissão e desempenhando a função de Diretor Técnico, sempre foi um ardoroso defensor da implantação de uma UTI em Mariana. “Eu estou aqui Mariana há 36 anos, e há 20 como Diretor Técnico. Então, eu estou na linha de frente das urgências, e vejo, a cada dia, a dificuldade que as pessoas têm quando estão em estado crítico, ‘pra’ serem encaminhadas ‘pra’ Belo Horizonte. A pandemia acabou deixando esse legado, vendo a necessidade da região dos Inconfidentes ter um CTI. E quem passa por essa situação é que vê a necessidade de você dar uma chance ‘pras’ pessoas, né? O CTI é uma chance, é uma alta complexidade que muitas vezes salva vidas. Então, é uma grande alegria que eu sinto de ter essa realização aqui em Mariana”, declarou Azzi.