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Hoje é sábado, 23 de novembro de 2024

Suspeita de varíola dos macacos em morador de Ouro Preto é descartada

Até o momento Minas Gerais não tem casos confirmados

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Foto: Cynthia Goldsmith/Agência Brasil
O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS-MG) informou, nesta sexta-feira (17), que todos os quatro casos suspeitos de varíola dos macacos em Minas Gerais foram descartados. As suspeitas eram de Ouro Preto (1), Belo Horizonte (1) e Ituiutaba (2). Todas as amostras foram analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). O paciente de Ouro Preto permanece estável e em tratamento no Hospital Eduardo de Menezes, com acompanhamento da Secretaria Municipal de Saúde, até ocorrer alta hospitalar.

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Na última quarta-feira (15), o Ministério da Saúde já havia descartado o primeiro caso suspeito do vírus da varíola em Minas Gerais. A suspeita vinha de um policial de Araguari, que morreu com sintomas similares ao da doença.

A SES-MG está finalizando Nota Orientativa aos municípios sobre a identificação dos casos e coleta de amostras para análise pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Todos os dados clínicos também estão em análise pela equipe técnica da SES-MG e do Ministério da Saúde para investigação e encerramento dos casos“, informou a Secretaria de Estado de Saúde, por meio de nota.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Ouro Preto, o caso suspeito de um morador da cidade era o de um estudante da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) que, aproximadamente 10 dias após ter tido contato com moradores de São Paulo, apresentou queixa de erupção cutânea cobrindo a maior parte do corpo, com formação de bolhas e febre.

O estudante deu entrada na Santa Casa de Misericórdia na terça-feira (14), mas foi transferido para o Hospital Referência Eduardo Menezes, em Belo Horizonte. A Secretaria de Saúde de Ouro Preto informou à Agência Primaz na tarde desta sexta-feira que continuará acompanhando o caso até haver alta do paciente. “O paciente permanece estável e continua em tratamento no Hospital Eduardo de Menezes. A Secretaria Municipal de Saúde continuará acompanhando o caso até haver alta”.

Leandro Moreira, Secretário Municipal de Saúde, também explica como é feito o tratamento ao paciente que apresenta sintomas similares aos da varíola de macacos. “Por se tratar de uma provável doença viral, o tratamento é muito direcionado ao controle da dor e da febre. Além disso, o próprio corpo faz o combate às bolhas que aparecem por todo o corpo”.

Os sintomas da varíola dos macacos são:

    • Febre;
    • Dor de cabeça;
    • Dores musculares;
    • Dor nas costas;
    • Gânglios (linfonodos) inchados;
    • Calafrios;
    • Exaustão.

Uma doença que possui sintomas parecidos é a varicela, mais conhecida como catapora. Essa é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zoster, que se manifesta com maior frequência em crianças. Sua principal característica clínica são lesões na pele acompanhadas de coceira.

A prevenção da varicela acontece por meio da vacina. O tratamento da doença, geralmente, é feito para aliviar os sintomas, embora grupos de alto risco possam receber medicamentos antivirais.

Com sintomas parecidos, a varíola dos macacos e a varicela são doenças que podem ser confundidas uma com a outra. Porém, a principal diferença entre elas está na forma como as lesões se apresentam.

Na varíola dos macacos, surgem todas as bolhas de uma vez só e são muito parecidas entre si. Já na catapora, as bolhas aparecem em diferentes momentos da infecção, com ondas de bolhas nas fases inicial, intermediária e final da doença, e podem ser diferentes umas das outras.

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Sexto caso da doença é identificado no Brasil

Também nesta sexta-feira (17) o Ministério da Saúde informou que mais um caso de varíola dos macacos foi identificado no país. Trata-se de um morador de Indaiatuba (São Paulo), de 28 anos, que tem uma viagem para a Europa em seu histórico recente. O exame foi realizado pelo Instituto Adolfo Lutz. O caso é monitorado pelas secretarias de saúde municipal e estadual.

Até o momento, o Brasil tem seis casos confirmados da doença, sendo quatro em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro. Além disso, 13 casos suspeitos estão sendo investigados no país.

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