- Ouro Preto
“Se não é Angelo Oswaldo, não tem nada nessa cidade”, diz Kalil sobre Ouro Preto
O ex-prefeito de Belo Horizonte afirmou que, em quatro anos, a atual administração estadual nada fez pela cidade
- Lucas Barbosa
- Supervisão: Rômulo Soares
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Em entrevista concedida à Rádio Real FM, na manhã da última quarta-feira (03), Alexandre Kalil, que é conhecido por sua personalidade efusiva e epidérmica, alfinetou abertamente a forma como o Governo de Minas Gerais trata de temas importantes para a Região dos Inconfidentes, como estradas e barragens.
O ex-prefeito de Belo Horizonte ainda foi veemente ao afirmar que, após quatro anos, Romeu Zema nada fez por Ouro Preto. “Estive em Ouro Preto, fui recebido com muito carinho. Sou frequentador de Ouro Preto, diga-se de passagem. Estive aí e disse o que estou dizendo em toda cidade. Vocês moram em Ouro Preto, cidade efervescente com esse tanto de estudante. O que foi feito em Ouro Preto? Na cultura, na educação, na saúde?”, perguntou.
Para o político, apenas o prefeito Angelo Oswaldo tem tomado ações efetivas que melhoram a vida da população ouropretana. “Se não é o Angelo Oswaldo, prefeito, não tem nada nessa cidade. O que foi feito aí, gente? Quatro anos de governo foram embora”, finalizou.
Visita à Vila Rica
Alexandre Kalil esteve em Ouro Preto na última sexta-feira (29), acompanhado por autoridades da região, do estado e membros da coligação “Brasil da Esperança”, formada pelos partidos PT, PV, Rede e PC do B. O ex-prefeito de BH foi recebido por Leleco Pimentel (PT), candidato a deputado estadual, e o senador Alexandre Silveira (PSD).
Kalil citou, em seu discurso, algumas das mazelas vividas por Ouro Preto atualmente, como o domínio da mineração e a precariedade das estradas que ligam o município à capital Belo Horizonte.
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Barragem de Doutor
Distrito de Ouro Preto, Antônio Pereira vive um dos maiores dramas do município e do estado na atualidade, devido à situação da Barragem de Doutor, ocasionada pela prática mineradora da Vale no local. À Rádio Real, Kalil pontuou a omissão do governo estadual e dos órgãos competentes na fiscalização ao empreendedorismo minerador. “É fácil demais prometer. Foi prometido pelo Governo Zema que iriam descomissionar 52 barragens. Descomissionaram quatro até agora. O problema é que, quando aconteceu o primeiro desastre, em Mariana, se nós tivéssemos colocado aquela turma na cadeia, não teria acontecido Brumadinho. Aconteceu Brumadinho, e ninguém foi pra cadeia. Então, eles têm muita tranquilidade para falarem que vão descomissionar uma barragem. Como deveria ter sido aquele presidente da Vale, que não teve a dignidade de levantar para o minuto de silêncio para mais de 260 pessoas, você iria ver que não teria problema”, afirmou.
Para ele, é responsabilidade do chefe do executivo mineiro liderar as ações em defesa dos atingidos por barragens. “São oito barragens de Ouro Preto, mas quem manda são elas [empresas mineradoras]. É a Vale que manda, é a Vale que financia, é a Vale que faz tudo. É isso que nós temos que fazer: tomar conta (…) Tem que fechar a goela da Vale e chamar eles na responsabilidade, senão, não tem solução. Isso tem que vir do governador, de quem tem a caneta e poder na mão, porque esses caras não respeitam ninguém”, finalizou.