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Hoje é quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Praça será construída onde casarão foi atingido pelo Morro da Forca, em Ouro Preto

Com a finalização da remoção dos escombros do Casarão Baeta Neves, o tapume será movido, possibilitando o trânsito normal na rua Diogo de Vasconcelos até sexta-feira (19)

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Praça será construída onde casarão foi atingido pelo Morro da Forca, em Ouro Preto
Desde a segunda metade de março que o trânsito está funcionando de forma alternativa, com apenas uma mão da via em funcionamento | Foto: Nizea Coelho / PMOP
A remoção dos escombros do Casarão Baeta Neves, desabado por um deslizamento de terra do Morro da Forca em janeiro deste ano, em Ouro Preto, foi finalizada na terça-feira (16). Com isso, o tapume que interdita a segunda mão da rua Diogo de Vasconcelos será arredado e, até esta sexta-feira (19), o trânsito será normalizado. Além disso, a Prefeitura Municipal planeja a construção de uma praça no local onde o imóvel histórico foi atingido.

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Ainda nesta semana, serão retiradas algumas peças pesadas do casario e, a partir de então, a obra volta a ser responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras. O local onde o Casarão Baeta Neves estava será revitalizado para receber uma praça. A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo planeja utilizar alguns elementos do monumento histórico desabado nessa área, como memorial.

Os elementos artísticos incorporados na edificação serão levados para o Passo da Misericórdia, um local seguro. As peças vão passar por um processo detalhado de higienização e embalagem. No final do ano, pretende-se fazer uma grande exposição mostrando o que foi o Casarão Baeta Neves“, contou Margareth Monteiro, secretária de Cultura e Turismo de Ouro Preto, à Agência Primaz.

O planejamento da Secretaria Municipal de Obras é arredar o tapume cerca de um metro de onde estava o meio fio (destruído pelo desabamento do casarão), a fim de que haja a liberação da segunda mão na rua Diogo de Vasconcelos, desafogando o trânsito no local. A finalização das obras no Morro da Forca, no entanto, não têm prazo para acabar. Porém, com a visita de um empreiteiro ao lugar, a sondagem e a topografia já foram feitas.

Eu vou arredar o tapume para o canto de modo que eu consiga liberar mais uma via, enquanto eu consigo executar a obra já em segurança. A obra será iniciada em breve. Nesta quinta eu vou deixar o tapume lá e sexta o trânsito está liberado numa segunda via. Nós temos que fazer uma limpeza de alguns papéis que o pessoal da Secretaria de Cultura e Turismo não conseguiu tirar e aí quinta eles já vão arredar aquilo lá. Eu garanto que até quinta-feira estará arredando, só não terá passeio do lado do Morro da Forca. Sexta-feira o trânsito estará liberado”, garantiu Antônio Simões, secretário de Obras de Ouro Preto, em entrevista à Agência Primaz

Em julho, o trânsito na rua Diogo de Vasconcelos, uma das mais movimentadas do centro da cidade, foi motivo de reclamação de ouro-pretanos, principalmente nos horários de pico. “Já aconteceu de carro entrar na via sem saber que depois viria um tapume e ficar preso. O trânsito de Ouro preto já é um pouco caótico nos horários de pico, com essa obra no Morro da Forca então, ficou bem complicado. Ainda bem que vão tirar”, relatou Maicon Costa, condutor de motocicleta que passa pela rua todos os dias para trabalhar. 

Histórico do Casarão Baeta Neves

O casarão Baeta Neves foi erguido no início do século XX, sendo a primeira construção em estilo neocolonial de Ouro Preto. O documento mais antigo do terreno revela que ele foi adquirido em 1890 pela família Baeta Neves e construído em 1906. A casa tinha pisos em marchetaria e ladrilho hidráulico característico do século XIX, e teto de madeira feito à mão. No mesmo período, foi construída a Estação Ferroviária Federal. 

Os integrantes da família Baeta Neves eram comerciantes e achavam interessante manter um imóvel naquela localização, para que pudessem fazer transações e negociações comerciais pela ferrovia.

No Casarão havia vários elementos construtivos de extrema importância para a história da arquitetura colonial em Ouro Preto. Seu interior era composto por esquadrias, estuques, forjas de ferragem nas portas e janelas, forro em quadrantes, pisos em setas em jacarandá e pinho de riga, além de balaústres internos em madeira.

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