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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Falta de acesso à cachoeira incomoda moradores em Cachoeira do Campo

Queda d’água no rio Maracujá está no terreno pertencente ao Colégio Dom Bosco

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Sobre fundo branco, a logomarca da Agência Primaz, em preto, e a logomarca do programa Google Local Wev, em azul, com linhas com inclinações diferentes, em cores diversasde cores diversas
Ponte de pedra construída sobre o rio Maracujá, que atravessa o distrito de Cachoeira do Campo. O acesso à cachoeira estaria sendo impedido por seguranças armados
Moradores denunciam proibição de acesso à Cachoeira por seguranças privados. Foto: Reprodução/Iepha-MG

Durante a realização da 21ª Audiência Pública da Câmara Municipal de Ouro Preto, moradores do distrito de Cachoeira do Campo denunciaram que seguranças armados estavam impedindo o acesso da população local e de visitantes à cachoeira formada pelo rio Maracujá. Para ter acesso à queda d’água é necessário passa por terreno conhecido como “Centro Dom Bosco”, de propriedade do Salesianos.

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O rio Maracujá é considerado uma das nascentes do Rio das Velhas, principal curso d’água de Minas Gerais e um dos afluentes do Rio São Francisco. Com os trâmites judiciais envolvendo a posse do prédio do antigo Colégio Dom Bosco e das terras no seu entorno, visitantes foram proibidos de ingressar no terreno por seguranças contratados pela Inspetoria São João Bosco.

Procurada pela Agência Primaz, a Inspetoria informou que, por se tratar de uma propriedade privada, não é permitido o ingresso de terceiros na área. Ainda de acordo com a instituição, vendas ilegais de excursões estavam acontecendo na propriedade, sem qualquer contato com o Salesianos.

“Existem seguranças no local, pois se trata de propriedade privada, não sendo permitido o ingresso de terceiros. Além disso, tal ingresso estava ocorrendo de forma ilegal, organizado por grupos de excursões, que vendiam os passeios sem qualquer ciência ou autorização da Inspetoria São João Bosco (ISJB). Além de ilegais, essas visitas sem qualquer regulamentação ou aviso colocavam em risco a integridade física das pessoas que frequentam a cachoeira, que representa área de risco para acidente, e poderia atrair responsabilidade para a proprietária do imóvel que, frise-se, nunca foi sequer consultada sobre esses passeios cobrados por terceiros sem qualquer ligação com o imóvel ou com a Instituição”.

Caso Dom Bosco

A Inspetoria ganhou na Justiça a posse sobre a propriedade do terreno Dom Bosco, em Cachoeira do Campo, em decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal. Movimentos populares e autoridades municipais buscam agora a transferência das terras para domínio público, via processo de desapropriação. Dessa forma, o terreno voltaria a ser propriedade do município, estado ou mesmo da União.

Além de ser um patrimônio cultural do município, o terreno possui importante valor arqueológico e natural. Indícios de violações ambientais, como a formação de voçorocas, também vêm sendo debatidas pela Câmara Municipal e movimentos populares de Ouro Preto.

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