- Mariana
Campanha de vacinação contra a meningite chega ao Dia D neste sábado
Com o objetivo de atingir a meta de 95% de cobertura vacinal em Mariana, Secretaria de Saúde promove Dia D com público-alvo ampliado
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Neste sábado (19), de 8 às 15h, sem pausa para almoço, a Secretaria de Saúde realiza o Dia D de vacinação contra a meningite no município. O público-alvo é constituído pela população de 25 a 30 anos ainda sem cobertura vacinal. Desde o dia 3 deste mês o poder público ampliou a vacinação na cidade, atendendo trabalhadores de saúde, trabalhadores da educação e estudantes universitários. As doses estão disponíveis na Central de Vacinação, localizada à Rua Santa Cruz nº 368, Barro Preto.
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A meta estipulada no início da campanha de vacinação era de 95% de cobertura total da população marianense. Surtos de meningite em outros estados preocupam, principalmente pela baixa procura de vacinas, assim como durante a campanha de imunização contra a poliomielite, que alcançou apenas 78% do público-alvo.
A coordenação da Central de Vacinação avisa que a vacinação somente ocorrerá com a apresentação dos documentos pedidos, para que seja feita a comprovação no sistema do Ministério da Saúde. Ainda segundo a coordenação, não existem dados que estimam o andamento da cobertura vacinal em relação à campanha de prevenção da meningite.
A meningite é uma doença causada por bactérias ou vírus, que inflamam a meninge, membrana que envolve o cérebro e protege o sistema nervoso central. Sua transmissão ocorre principalmente pelas vias respiratórias, no caso da meningite bacteriana.
A meningite viral costuma ser mais leve e os sintomas se parecem com os de uma gripe ou resfriado, enquanto a bacteriana pode causar uma infecção generalizada que pode se espalhar rapidamente pelo corpo.
A prevenção à meningite através da vacina está sendo feita na cidade, já que casos da doença são previstos durante o ano todo, sendo a meningite C a mais comum no Brasil. O Calendário Nacional de Vacinação contempla todas as fases da vida e as doses são disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para tomar a dose que protege contra a meningocócica C, todos devem comparecer à Central de Vacinação com documento pessoal com foto e cartão de vacinas.
Questionada pela reportagem da Agência Primaz sobre a preocupação com a queda da cobertura vacinal pelo país, Nayara Resende, coordenadora e referência técnica em imunização de Mariana aponta que “a preocupação existe não apenas com a ampliação da vacina contra a meningite C, mas também com todas as outras vacinas do calendário”.
A campanha está prevista para acontecer até fevereiro de 2023 e Nayara garante que será feito o possível para atingir as metas.
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Vigilância Epidemiológica
“O papel da Vigilância Epidemiológica no município é fazer a prevenção e cuidar com o tratamento. Em algumas regiões de Minas Gerais estão acontecendo alguns surtos da doença que estão preocupando”, afirma Sueli Brito, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Mariana.
“Aqui na cidade, nos últimos dois meses tivemos três casos que foram investigados, mas não foram confirmados. A atenção maior é para saber se a doença é bacteriana, que é mais letal, e que mesmo em alguns casos com o tratamento, ainda deixa sequelas no paciente”, ressalta.
A Vigilância Epidemiológica acompanha todo o processo envolvido em relação a casos suspeitos de meningite no município, mas a coordenadora esclarece que existe uma parceria entre o setor epidemiológico e de imunização na cidade. “Sempre enfatizamos a importância da vacina na prevenção. Muita gente tem deixado de se vacinar e vacinar suas crianças, o que nos preocupa, e deixa em alerta para que a doença não se transforme em um surto na cidade”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica.
“Tudo está interligado. Quando cai a procura na vacinação, os casos suspeitos começam a aparecer. A imunização e a epidemiologia estão ligadas. As pessoas precisam se conscientizar de que a meningite é uma doença grave, principalmente a bacteriana que pode se agravar rapidamente e pode ser fatal. Infelizmente a gente acompanha uma queda na cobertura vacinal de uns anos para cá, motivada por Fake News e muita desinformação sobre as vacinas em geral”, completa Sueli Brito.