- Mariana
Grande público enfrenta sol e chuva para ver vitória do Brasil na Praça dos Ferroviários
Torcedores se reuniram em frente a um telão montado pela Prefeitura de Mariana
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Quando Casemiro acertou aquele belo chute aos 83 minutos, ecoaram pela Praça dos Ferroviários de Mariana os gritos de alívio de muitas pessoas. Graças a um telão providenciado pela Prefeitura, desde a hora do almoço centenas de torcedores exibiam suas camisas do Brasil e vibravam a cada lance da equipe comandada por Tite contra a Suíça, pelo segundo jogo da primeira fase da Copa do Mundo.
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Primeiro tempo de sol escaldante e apreensão
A estrutura montada na praça foi feita por pessoas que conhecem o clima instável de Mariana. Para proteger do sol e da chuva, dois grandes toldos foram erguidos em frente ao palco que recebe shows e eventos com certa frequência. Desta vez, o espetáculo ficou por conta do selecionado brasileiro, que tinha dificuldades para tirar o zero do placar, enquanto o sol das 13 horas queimava a pele de quem se arriscava a sair de baixo da proteção, para ficar mais próximo do telão.
Os lances de perigo de Vinícius Júnior e Raphinha foram acompanhados por muitas famílias que estavam ali reunidas, alguns tomando cerveja e comendo salgados e espetinhos de carne. Algumas barraquinhas, com bebidas e alimentos, foram viabilizadas para atender a multidão que aos poucos compareceu ao local.
Um desses fervorosos torcedores era César Augusto Gonçalves, que levou todos os filhos, mulher e sogra para ver o segundo jogo do Brasil no Mundial. Ele estacionou seu carro bem próximo à praça e encheu coolers com cerveja, refrigerante e água, além de levar salgadinhos e doces para seus filhos. Ele e as crianças aprovaram o evento, a despeito da queixa com “o calor insuportável”.
O desconforto devido ao clima quente aumentava, conforme a ansiedade pelo primeiro gol também crescia. No Catar, o time, sem Neymar, sofria para criar jogadas e, em Mariana, o povo reagia com gritos a cada lance de perigo dos frios jogadores suíços.
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Segundo tempo de chuva e alegria para lavar a alma
O sol foi se escondendo atrás das nuvens, assim como Lucas Paquetá foi se esconder no banco, ao ser substituído por Rodrygo, no início do segundo tempo. Em Mariana, a torcida aproveitou o intervalo para encher os copos e, os mais espertos, já se acomodaram embaixo dos toldos. A chuva chegou mesmo aos 15 minutos do segundo tempo, quando Bruno Guimarães entrou no lugar de Fred. O Brasil ganhou em volume de jogo e a Praça dos Ferroviários cresceu em esperança.
E foi num pico de chuva que saiu o gol de Vinícius Júnior. A comemoração foi grande, mas durou pouco. Richarlisson participou do lance, saindo de uma posição de impedimento. O gol foi anulado e a ansiedade voltou a crescer na Primaz de Minas.
A euforia só chegou mesmo quando Rodrygo, o Rayo, deu um grande passe para Casemiro chutar forte no canto de Sommer. Gritos de alegria e sonoplastia da Copa do Mundo encheram a praça. As famílias se abraçaram e, poeticamente, o sol voltou a brilhar no céu de Mariana, logo após o placar ser aberto.
Foram 12 minutos de espera até o árbitro Ivan Barton apitar o final do jogo. Mais festa e mais cerveja jogada para o alto. Apenas 10 minutos depois do encerramento do jogo, o palco já estava montado para o show de uma banda. A festa então estava pronta, numa segunda-feira, para comemorar a vitória do Brasil.
Para dar os créditos a quem merece, César acertou o resultado do jogo, em palpite dado à reportagem da Agência Primaz, ainda no intervalo da partida.
Com a confirmação da Administração Municipal a respeito da continuidade da transmissão dos jogos do Brasil, o torcedor garantiu que vai voltar à Praça em todos os jogos. O próximo acontece nesta sexta-feira (02 de dezembro), às 16h, contra Camarões, no encerramento da fase de grupos.