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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Área do Morro da Forca continua interditada

De acordo com a Defesa Civil de Ouro Preto, a situação ainda é de risco, apesar da melhora do tempo

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Sobre fundo branco, a logomarca da Agência Primaz, em preto, e a logomarca do programa Google Local Wev, em azul, com linhas com inclinações diferentes, em cores diversasde cores diversas
Agentes de trânsito de Ouro Preto observam a área do Morro da Forca, interditado novamente, um ano depois do desmoronamento
O incidente, que não deixou vítimas, provocou o soterramento do antigo Solar Baeta Neves - Foto: PMOP

O dia 13 de janeiro de 2022 entrou para a história de Ouro Preto, com um novo protagonismo das consequências do período chuvoso. Há um ano, o Morro da Forca, localizado na região central do município, sofria um deslizamento, soterrando duas construções situadas em sua base. Apesar do incidente não ter provocado vítimas humanas, Ouro Preto perdeu na fatídica data o antigo Casarão Solar Baeta Neves. Passados 12 meses, mesmo com retirada do material que interditou as imediações e trabalhos que visavam a estabilização do talude, o local ainda oferece riscos e causa intervenções e transtornos no tráfego da cidade.

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Diferentemente deste ano, em que, apesar dos altos volumes, as chuvas apresentam-se de forma mais espaçada, o período chuvoso de 2022 não deu trégua. Com o encharcamento agudo do solo, diversos pontos da sede sofreram deslizamento e alagamentos foram recorrentes nos distritos. Na manhã em que ocorreu o deslizamento de terra do Morro da Forca, vizinhos e motoristas que passavam pelo local acionaram a Defesa Civil alegando terem presenciado – e filmado – o início do escorregamento. Paloma do Carmo Magalhães, integrante da Defesa Civil de Ouro Preto, foi até o local, isolando e evacuando a área.

Após o incidente, a Prefeitura iniciou intervenções no local, como a retirada do restante da terra e o retaludamento da encosta, em uma obra com custo aproximado de R$5 milhões. Desde o início do período chuvoso, equipes da Defesa Civil vinham monitorando a área, que hoje ainda apresenta alto risco geológico, devido à instabilidade do terreno.

Menos de um ano após o deslizamento, o Morro da Forca e a região no entorno foi novamente interditada, no último sábado (07). De acordo com o geólogo da Defesa Civil, Charles Murta, um bloco rochoso se desprendeu de forma natural da encosta, encontrando-se apoiado no terreno instável. Ainda segundo o geólogo, fortes chuvas ainda podem servir de gatilho para o desprendimento da placa. A Secretaria de Obras do município garante que todos os procedimentos foram feitos conforme as normas, e que novas intervenções, com apoio de sobrevoos de drones especializados, serão feitas no período de estiagem.

Elementos do Casarão Baeta Neves poderão ser vistos pelo público

Casarão Baeta Neves e edificação vizinha, anteriormente eixstentes na área do Morro da Forca
Elementos recuperados do casarão soterrado poderão ser expostos - Foto: Google Street View

O Casarão Solar Baeta Neves data do século XVII e foi a primeira construção em estilo neocolonial de Ouro Preto. O Solar estava interditado há 10 anos devido à insegurança da encosta, mas órgãos públicos já haviam tentado reocupar o espaço. Após o soterramento, um processo de resgate arqueológico foi instaurado, de modo a recuperar elementos arquitetônicos, decorativos e artísticos que se encontravam no prédio.

Em entrevista à Rádio Itatiaia Ouro Preto, a Secretária Municipal de Cultura e Turismo, Margareth Monteiro, afirmou que a Prefeitura, junto ao Ministério Público, já se articula para expor, de forma itinerante, os elementos artísticos e arquitetônicos recuperados do Casarão. Segundo a secretária, quase 80% dos elementos que se encontravam no Casarão foram recuperados.

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Um ano depois: Ouro Preto novamente em situação de emergência pelas chuvas

Pessoas trajando capas amarelas observam trabalho de equipamento de remoção de material de desmoronamento
Cidade possui vias bloqueadas e pontos de deslizamento de terra - Foto: PMOP

Nessa terça-feira (10), a Defesa Civil Estadual inseriu Ouro Preto na lista de cidades em situação de emergência em decorrência do período chuvoso. Na quarta-feira (11), a Prefeitura fez a confirmação da situação, através de publicação no Diário Oficial.

Com a inserção na lista, o município fica caracterizado como em estado de anormalidade, podendo fazer uso de recursos federais, que agilizam a resposta a eventos, como enchentes, deslizamentos, ajuda às vítimas e demais assistências.

O acumulado de chuvas em Ouro Preto, somente de 06 a 08 de janeiro, superou 160 milímetros. No decorrer da semana posterior ao fechamento do Morro da Forca, foram feitas inúmeras alterações no trânsito de Ouro Preto, de modo a garantir a segurança de condutores e transeuntes. Até o momento, as vias que permanecem totalmente interditadas são:

    • 13 de maio;
    • Avenida Diogo Vasconcelos;
    • Pacífico Homem;
    • Vitorino Dias;
    • Desidério de Matos (próximo a ACETECH);
    • Padre Rolim (entre o Museu Boulieu e o sacolão ABC);

Devido ao risco geológico da rua Padre Rolim, cujo talude se encontra encharcado e com grandes trincas e fissuras, segundo informações da Defesa Civil, o Parque Municipal Horto dos Contos, localizado logo abaixo do trecho, também foi totalmente interditado.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), as chuvas devem diminuir na região Sudeste a partir da segunda quinzena de janeiro. Segundo o geólogo Charles Murta, a previsão é que, em Ouro Preto, os dias se apresentem mais firmes, com precipitados entre 10 e 15mm, em forma de pancadas de chuvas isoladas. Apesar do cenário animador, a atenção deve ser mantida em todo município.

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