- Ouro Preto
Programa Educação Integral e Integrada na rede pública de Ouro Preto é debatido em Audiência Pública
O projeto vai ser implementado, até 2024, para 50% das escolas e 25% dos alunos
- Warley Josafá
- Supervisão: Isabela Vilela
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A Câmara Municipal dos Vereadores realizou Audiência Pública, na tarde da última quinta-feira (29), para debater o Projeto de Lei 497/2023 que institui o Programa Educação Integral e Integrada na rede pública de Ouro Preto. Para esclarecer as diretrizes que foram propostas, a Secretária de Educação, Deborah Etrusco, compareceu à reunião, juntamente com a Secretária Adjunta Silvia Teixeira e a Diretora de Organização Escolar, Olímpia Proti.
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Programa Educação Integral e Integrada
Na abertura da Audiência Pública, solicitada pelo vereador Matheus Pacheco (PV), que foi o interlocutor da reunião, Etrusco explicou os motivos para implementação do Programa Educação Integral e Integrada na rede pública de Ouro Preto. O programa visa a implementação de ensino no horário integral para o aluno, com atividades aplicadas nos turnos da manhã e da tarde. “O Projeto de Lei da Educação Integral e Integrada é justamente a proposição do Plano Municipal de Educação que prevê a implementação até 2024, em 50% das escolas e 25% dos estudantes no regime”, afirmou.
Além dos representantes da Secretaria de Educação, compareceram à reunião Professor Leandro Andrade, Presidente do Conselho Municipal de Educação; Carla Aparecida, do Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB); Professora Janaína Pena, representante da Escola Renê Giannetti, e Márcia Mota, vice-presidente do Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais de Ouro Preto (SINDSFOP), e os vereadores Júlio Gori (PSC), Renato Zoroastro (MDB), Lilian França (PDT) e Wanderley Kuruzu (PT).
De acordo com Deborah Etrusco, o meio para a contratação dos professores será, para os que já são efetivos, que já trabalham com o perfil interdisciplinar, pois dentro do período integral o acompanhamento pedagógico será fundamental.
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Para o vereador Júlio Gori, a educação ouro-pretana, comparada com outras cidades, está em desnível, sendo necessário reforço nas disciplinas. “[A educação, em Ouro Preto] está defasada, tem que investir nos jovens e nas crianças, mas deveria ter mais disciplinas de português, matemática, história, ciências”, argumentou.
Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que mede a qualidade do aprendizado nacional, Ouro Preto está em desvantagem em relação a outros municípios, como Mariana e Itabirito, pois não consegue alcançar a projeção feita.
Os gráficos abaixo, demonstram um indicador que possibilita o monitoramento da educação das cidades da Região dos Inconfidentes. Por meio da taxa de rendimento escolar (aprovação) e a média de desempenho em exames aplicados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). A linha verde apresenta a pontuação que o IDEB espera que a escola atinja no ano, enquanto a coluna azul mostra o resultado obtido pela instituição de ensino.
Evolução do IDEB
A nota do IDEB, que avalia o desempenho das escolas públicas do município, sofreu com uma incerteza, já que a de 2021 não foi disponibilizada pelo IDEB, o que pegou Etrusco de surpresa pois, segundo ela, foram feitas as avaliações. “Vou investigar o que aconteceu que esses dados não foram lançados” afirmou a secretária.
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Problemas com o transporte escolar
Uma das maiores preocupações dos vereadores são o transporte e a alimentação, tanto dos alunos quanto dos professores, pois muitas reclamações relativas ao transporte, principalmente nos distritos, onde alguns alunos não estão conseguindo frequentar aulas por dificuldades para se locomover.
Diante do questionamento, Deborah Etrusco, falou sobre como vai lidar com a situação do transporte e alimentação. “O programa, sendo implementado e avaliado, vai ter essas diretrizes revisadas, com análise do transporte e alimentação. A gente fez a proposta com o melhor cenário possível”, declarou.
Um grave problema enfrentado pela Secretaria de Educação é relacionado ao funcionamento das escolas, já que algumas ainda estão em obras. Os distritos são os lugares que mais sofrem com a precariedade escolar, como já vem sendo acompanhado pela Agência Primaz há pouco mais de um ano. Em dezembro de 2022, por exemplo, foram anunciados 4 novos ônibus para a atender à população. Porém o problema ainda persiste e não há registro desses veículos cumprindo sua finalidade na cidade ou nos distritos, o que gera preocupação entre os moradores. Segundo a Secretaria de Educação do município, os veículos estão em processo de emplacamento.
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