- Ouro Preto
Festival de História retorna a Ouro Preto com homenagem a Hipólita Teixeira
Programação, que chegou à Ouro Preto e Mariana no último fim de semana, continua no próximo dia 29
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Chegou à Região dos Inconfidentes, no último fim de semana, a edição especial do Festival de História Minas-Brasil 200 (fHist). A mostra itinerante, que começou em Belo Horizonte em dezembro do ano passado, visitou as antigas capitais mineiras, Ouro Preto e Mariana, apresentando a história por trás da Independência do Brasil, com programação composta por conferências, apresentação de livros, aulas e debates.
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Em Ouro Preto, o fHist chegou à Praça Tiradentes na quinta-feira (13), com a imponente presença do Caminhão-Museu, trazendo uma exposição itinerante estacionada no coração da cidade. Nos quatro dias de evento, ouro-pretanos e visitantes puderam participar gratuitamente da programação, que contou também com os shows da banda Macondos e da cantora de Cachoeira do Campo, Sílvia Gomes.
Após a passagem pela antiga Vila Rica e Ouro Preto, a exposição segue para Belo Horizonte, retornando a Ouro Preto no dia 29 de abril, para homenagear Hipólita Teixeira, considerada protagonista na Inconfidência Mineira. A programação vai contar com a presença de personalidades nacionais da política e das artes, com atrações também abertas ao público.
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Tendo como cenário o caminhão-museu, parte integrante do Projeto República da Universidade Federal de Minas Gerais, o Festival de História apresentou aos visitantes os principais marcos da efeméride. Apesar da atração chamar a atenção de ouro-pretanos e turistas, o caminhão-museu não foi bem aceito por quem trafegava no coração da cidade. A presença da carreta no centro histórico do município, alterou o trânsito da cidade, provocando confusão e engarrafamentos com o funcionamento em mão dupla na Praça Tiradentes. Ônibus e veículos de grande porte foram os que mais tiveram dificuldade em transitar, com a situação agravada pela chuva que atingiu a cidade na sexta-feira (14).
Apesar dos imprevistos, a chegada do Festival de História a Ouro Preto aconteceu em uma aula a céu aberto na Praça Tiradentes na sexta-feira (14). Ministrada pela deputada estadual Macaé Evaristo (PT), com mediação do professor da UFRJ, André Lázaro, a aula teve como tema “África Brasil – Histórias da Diáspora e os 20 anos da Lei 10.639”. Discutindo sobre a implantação da obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira na matriz curricular brasileira, a aula contou com a participação do público que passava em frente ao caminhão-museu.
“Essa mesa é isso, uma tentativa da gente pensar da educação, das políticas educacionais, a gente pode avançar na construção de uma narrativa decolonial, uma narrativa que rompa com a história única, que durante muito tempo povoou o nosso currículo escolar”, ressaltou Evaristo.
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No sábado (15), o destaque da programação ficou por conta do lançamento do livro “Gorceix, Limousin de origem, brasileiro de coração”, com a presença do biógrafo Uoster Zielinski. O livro conta a história do cientista francês Claude-Henri Gorceix, fundador da Escola de Minas de Ouro Preto, através de relatos, imagens e depoimentos do francês. Em mais de 700 páginas, a biografia apresenta perspectivas que vão desde sua vida particular e familiar, até sua vinda ao Brasil e seu cotidiano na Escola de Minas.
O fHist também lançou, de forma gratuita, o livro “Histórias para não esquecer: 200 vidas mineiras”, contendo os perfis biográficos de 200 mineiros e mineiras, considerados formadores da identidade cultural estadual e nacional. Dentre as personalidades listadas na obra estão os ouro-pretanos Aleijadinho e Arthur Versiani Vellôso, dentre outros. O livro está disponível para download gratuito no site oficial do Festival de História.
Homenagem a Hipólita Teixeira terá um dia especial na programação
No próximo dia 29, o festival retorna à cidade histórica com homenagem a Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, mulher de destaque na luta pela Inconfidência Mineira. De acordo com historiadores e pesquisadores da área, Hipólita teria sido a única mulher a participar ativamente da Inconfidência que, tempos depois, seria considerado um dos estopins da Independência do Brasil.
O início da homenagem vai se dar com o descerramento de sua lápide no Museu da Inconfidência, a partir das 11h. Logo em seguida, acontece, no Anexo do Museu, a mesa redonda com o tema “Hipólita estava lá”, com a participação da ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, das cantoras Zélia Duncan e Ana Costa, além da historiadora Heloisa Starling.
Toda a programação do fHist é gratuita, e sujeita à lotação dos espaços de realização. A programação completa está disponível no site do evento.