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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

20 de novembro é o Dia da Consciência Negra

Em 2023, mais estados reconhecem essa data como um feriado

Manifestação cultural do Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, com homenagem ao casal Zumbi e Dandara dos Palmares
Manifestação cultural do Dia da Consciência Negra com homenagem ao casal Zumbi e Dandara dos Palmares – Foto: Reprodução

O Dia da Consciência Negra, com origem em um ato realizado em 20 de novembro de 1971, em Porto Alegre (RS), é considerado feriado facultativo, de forma que o recesso das atividades municipais e estaduais variam em território nacional. Com o passar dos anos, cada vez mais locais do Brasil vêm reconhecendo a celebração. Em 2023, seis estados e mais de mil cidades brasileiras aderiram ao recesso.

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Celebração na Região dos Inconfidentes

Na região de Mariana e Ouro Preto, coletivos ativistas têm programações que homenageiam o Dia da Consciência Negra. O Movimento Negro de Mariana (MNM) e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) da UFOP formaram uma parceria e organizaram várias atividades educativas, como contação de histórias e lendas nacionais nas escolas do município. Em Ouro Preto, a música afro-brasileira toma conta da Casa de Gonzaga e da Casa de Cultura Negra com diversas apresentações de artistas locais programadas para acontecer até esta sexta-feira (24).

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O surgimento do 20 de novembro

Zumbi dos Palmares é um nome muito conhecido quando se fala na época de colonização do Brasil. Ele ganhou fama por ter sido o último líder do Quilombo dos Palmares, um dos maiores refúgios para escravos fugitivos de engenho, e por lutar pela liberdade de pessoas escravizadas. Em 20 de novembro de 1695, Zumbi dos Palmares foi morto em batalha, teve sua cabeça cortada e exposta em praça pública.

Quase 300 anos após a morte de Zumbi, alguns estudantes negros se reuniram em Porto Alegre para dar origem ao Grupo dos Palmares. O primeiro encontro desses universitários aconteceu em 20 de novembro de 1971, dando origem a celebração do Dia da Consciência Negra.

A reunião dos estudantes tinha o objetivo de protestar contra um clube da capital gaúcha que tinha proibido a entrada de pessoas negras. Dessa forma, o Dia da Consciência Negra se tornou uma data para valorizar a cultura afro-brasileira e lembrar à população brasileira que o racismo ainda está muito presente e muito enraizado na sociedade.

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Panteras Negras

A década de 1960 foi conturbada nos Estados Unidos, já que, entre 1964 e 1965, deu-se o fim às leis de segregação racial no país. Porém, assim como no Brasil em 1888 (abolição da escravatura), o racismo e o preconceito permanecem enraizados e com sequelas até os dias atuais. Nos dois casos, a população afro-brasileira e afro-americana não obteve suporte governamental e econômico para passar por essa transição político-social.

O movimento dos Panteras Negras surgiu como uma forma de reação à violência policial contra pessoas não brancas. Os participantes do coletivo lutavam pela igualdade racial. Um dos símbolos mais conhecidos dos Panteras Negras é o desenho de um punho levantado.

Símbolo do movimento negro dos Estados Unidos, adotado pelos Panteras Negras
Símbolo do movimento negro dos Estados Unidos, adotado pelos Panteras Negras – Foto: Reprodução

Rosa Parks é conhecida por ser uma das precursoras mais marcantes dos Panteras Negras. Em 1950, ainda era proibido que pessoas negras utilizassem os assentos na parte da frente do ônibus e sempre precisavam ceder seus lugares para pessoas brancas. Rosa Parks foi repreendida e presa após se recusar a dar lugar para um homem branco. A notícia do acontecido se espalhou dando origem a diversos protestos e manifestações da população afro-americana.

Rosa Parks, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos
Rosa Parks, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos – Foto: Reprodução
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