- Mariana
SAAE esclarece problemas com a TBO e abastecimento na cidade
Coletiva de imprensa também abordou questões relacionadas ao consumo da população e implantação de call center da autarquia
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Mariana concedeu entrevista coletiva, na tarde dessa quarta-feira (06), agendada para prestar esclarecimentos sobre a não geração da Tarifa Básica Operacional (TBO) nos últimos três meses. Estiveram presentes o Diretor Executivo da autarquia, Valdeci Fernandes; o Diretor-Adjunto, Sidney Costa, e a Coordenadora do Setor Comercial, Alessandra Maciel, que também elucidaram questões referentes ao abastecimento de água na cidade.
Tarifa Básica Operacional
Durante a coletiva de imprensa, a diretoria da autarquia explicou que a não geração da TBO, nos últimos três meses, foi ocasionada pelo encerramento do contrato com a empresa anteriormente encarregada da geração dos boletos, sendo necessário o lançamento de um novo processo de licitação que está em finalização com uma prova de conceito agendada para o dia 14 de dezembro.
“É uma empresa que já está no mercado há muitos anos, está em vários SAAE´s. É uma empresa idônea, acredito que não vai ter problema nenhum nessa prova de conceito e, assim que fizer a prova de conceito, já começa a operar o sistema, já começa a elaborar as contas das tarifas e já começar a entregar essa tarifa”, explicou o Diretor Executivo, acrescentando que, a partir da finalização da licitação, será possível obter os boletos também no setor comercial do SAAE, localizado no Centro de Convenções.
Em relação à forma e prazo de pagamento das TBO’s anteriores, foi informado que haverá a isenção dos juros e a possibilidade de parcelar os valores. A TBO é uma tarifa fixa cobrada da população para cobrir os custos de manutenção e execução dos serviços, incluindo o abastecimento complementar (caminhão pipa). Em Mariana, o valor cobrado em residência padrão é de R$19,60. Valdeci Fernandes ressaltou que a tarifa é cobrada independentemente do uso de água, sendo exclusivamente utilizada para manutenção do sistema.
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Falta de água no Alto do Rosário e na Cidade Alta
Os representantes do SAAE foram questionados sobre a construção da adutora para a caixa d’água do Alto do Rosário, com capacidade de 1 milhão de litros, o que poderia resolver a a crítica situação enfrentada, há muitos anos.
Valdeci Fernandes explicou que, ao assumir a direção da autarquia, teve acesso a um laudo de dezembro de 2022, relativo ao poço artesiano perfurado para a captação destinada a essa caixa d’água. Analisando o laudo, a equipe do SAAE identificou irregularidades como a falta de bomba, turbidez de nível elevado e a presença de metais em grande quantidade.
“Então, o que nós fazemos? Vamos montar o sistema completo, jogar água na torneira e vamos trabalhar em cima da tratabilidade. Se precisar fazer uma instalação compacta a gente faz e abastece a população. A tratabilidade é coisa simples, só que quem furou o poço na época não teve essa preocupação”, explicou Valdeci.
Em relação ao abastecimento de outras regiões da Cidade Alta, como Cartuxa e Cabanas, foi informado que os estudos em andamento na autarquia também compreendem esses bairros. “Nós fizemos um mutirão de técnicos para levantar tudo que existia no SAAE, e o que que deixou de existir, ‘pra’ gente dar continuidade”, declarou o diretor.
Hidrometração
Outro ponto ressaltado na entrevista coletiva foi a necessidade de hidrometração para o controle do gasto da água, uma vez que as estimativas mostram consumo excessivo de água em Mariana, superior ao limite previsto pela ONU, de 150 litros por pessoa. por dia. Além disso, de acordo com o SAAE, muitas empresas são atraídas para a região devido à falta de controle do gasto da água. Segundo o diretor executivo, a capacidade de captação de água em Mariana é suficiente para toda a população, mas na realidade diversas regiões estão em escassez, devido ao consumo excessivo.
“Essa água [coletada] deveria abastecer a cidade toda e não ‘tá’ [abastecendo]. Está faltando muita água, muita água [sendo fornecida] com caminhão-pipa. Agora, nós não podemos falar que o problema ‘tá’ nos moradores também, não é só os moradores. Pode ser que tenha muitos vazamentos. Então, ‘tá’ tendo uma perda grande no sistema. (..) Nós só vamos conseguir reduzir isso com a hidrometração”, afirmou Valdeci.
Call Center do SAAE
A diretoria também foi questionada sobre os problemas que a população enfrenta ao tentar acessar os canais de comunicação da SAAE. Além de linhas congestionadas, muitos alegam que, quando atendidos, os problemas não são resolvidos.
A esse respeito, a direção da autarquia informou que a licitação de uma empresa responsável pelo Call Center foi finalizada e a homologação vai ser feita assim que a Procuradoria Jurídica emitir o parecer de conformidade do processo. “Agora, com o call center, ninguém vai ficar mais sem atendimento, porque vai ter várias linhas e a gente tem pessoas muito boas para poder atender”, afirmou a coordenadora do setor comercial, Alessandra Maciel.
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