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Hoje é quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Dengue: Aumento dos casos coloca MG em estado de emergência

A expectativa é que o decreto seja publicado no Diário Oficial até o fim desta semana

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, é a primeira vez que Minas Gerais passa por dois anos consecutivos de epidemia de dengue, zika e chikungunya
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, é a primeira vez que Minas Gerais passa por dois anos consecutivos de epidemia de dengue, zika e chikungunya – Foto: Fábio Marchetto/Agência Minas

Nesta terça-feira (23), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) anunciou que vai decretar estado de emergência em decorrência das arboviroses transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti – dengue, zika e chikungunya. No ano passado, foram registrados 327.238 casos de dengue e 204 óbitos. Neste ano, até essa segunda-feira (22), eram 32.316 casos suspeitos da doença, 11.490 casos confirmados, 14 óbitos em investigação e um confirmado. Em relação à chikungunya, foram notificados 4.353 casos prováveis, 3.067 casos confirmados, dois óbitos em investigação e um óbito confirmado. Ainda não há casos confirmados de zika no estado, embora tenham sido registrados dois casos prováveis.

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De acordo com o secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, o crescimento de casos de dengue não era esperado para 2024, já que o ano passado já havia sido classificado como ano epidêmico. Normalmente, no estado, a doença costuma ter um ano epidêmico seguido por três anos com números mais baixos de infecções. “Pela primeira vez, Minas vai viver o segundo ano consecutivo epidêmico para dengue e chikungunya. Por isso, ações imediatas estão sendo tomadas, especialmente o decreto de emergência que o estado vai publicar esta semana para facilitar tanto a contratação de profissionais, quanto a compra de insumos pelo estado e pelos municípios mineiros”, anunciou Baccheretti.

Até o momento, dos 853 municípios mineiros, 600 registraram casos de dengue, sendo mais de 150 deles com incidência classificada como alta ou muito alta de casos, sendo a região central a mais afetada. Com a chegada do período chuvoso e das temperaturas elevadas, historicamente o número de casos de dengue, chikungunya e zika sobe significativamente. E, neste verão, a probabilidade deve ser potencializada por causa das mudanças climáticas e dos efeitos do El Niño.

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Dengue e chikungunya em Mariana

O Aedes aegypti é o transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus – Foto: Franklin Santillan/Pexels

Segundo informações divulgadas pelo Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de dengue, chikungunya e zika vírus da SES-MG, até segunda-feira (22), Mariana apresentava notificação de 66 casos de dengue e dois de chikungunya. Esta situação é bastante menos crítica da que se verificou em abril de 2023, quando foi decretada situação de emergência em saúde no município, por 120 dias, com o registro de mais de 700 casos, nos primeiros quatro meses do ano.

A previsão é que, ao longo do ano, a incidência continue a se disseminar por todo o estado. “A dengue tem muita relação com o período chuvoso e com o calor e, em setembro e outubro do último ano, tivemos recordes de altas temperaturas. Dessa maneira, a curva pode mudar um pouco. Por isso, a importância de reforçar os cuidados coletivos e individuais para evitar os criadouros de mosquitos”, ressaltou o secretário.

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Ações de combate à Dengue, Zika e Chikungunya

Para reforçar as ações de combate à doença, o Estado anunciou ainda investimento de mais de R$32,2 milhões a serem pagos no próximo mês de fevereiro aos municípios mineiros para combater as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O valor se soma aos R$ 80,5 milhões previstos para esse período sazonal, dos quais R$48,3 foram repassados em dezembro e R$32,2 estão previstos para o mês de julho.

Drone já em utilização em municípios mineiros para mapeamento das regiões com focos do Aedes aegypti
Drone já em utilização em municípios mineiros para mapeamento das regiões com focos do Aedes aegypti – Foto: Fábio Marchetto/Agência Minas

Adicionalmente, a SES-MG está investindo R$30,5 milhões para que os municípios contratem o serviço de drones que serão utilizados na identificação, monitoramento e tratamento dos focos e criadouros do Aedes aegypti, permitindo uma atuação mais direcionada e eficaz por parte das Secretarias Municipais de Saúde. Foram repassados R$15 milhões em 2023 e o restante será pago nos próximos meses.

Os drones são bastante efetivos no mapeamento das regiões com focos do Aedes, pois verificam os locais com condições claras de focos de dengue e podem colocar o larvicida, que é mais eficaz que o fumacê, que combate apenas a forma adulta do mosquito. Hoje, os 853 municípios mineiros têm o recurso para adquirir esses equipamentos, alguns com repasses diretos e outros por meio dos consórcios de saúde”, afirmou Fábio Baccheretti.

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