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Hoje é quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Setor das Federais aprova indicativo de greve para 15 de abril

Na UFOP, estão previstas rodas de conversa com mobilização em todos os campi e Assembleia Geral no dia 04 de abril.

Indicativo de greve das federais foi aprovado por maioria das 37 secções sindicais presentes.
Indicativo de greve foi aprovado por maioria das 37 seções sindicais presentes. Foto: Divulgação/ANDES

Em reunião, o Sindicato Nacional de Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES, através do Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes), aprovou o indicativo de greve dos docentes das universidades e institutos federais e CEFETS da base do ANDES para o dia 15 de abril. As assembleias realizadas nas seções sindicais foram as responsáveis por, em sua maioria, deliberar a decisão congressual de construção de uma greve. Na UFOP, estão previstas rodas de conversa com mobilização em todos os campi e Assembleia Geral no dia 04 de abril.

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Nova rodada de assembleias do setor das Federais

O Setor das Instituições Federais de Ensino elaborou  um calendário de novas assembleias nas seções sindicais entre os dias 26 de março e 9 de abril. A orientação dada pelo Setor é que a pauta da reunião seja: deflagração da greve no dia 15 de abril, criação dos comitês locais de mobilização e construção das pautas locais. 

Após a nova rodada de assembleias, o Setor se reunirá novamente no dia 10 de abril, com um prazo de 72 horas para informar sobre a deflagração da greve no dia 15 de abril ao governo e às reitorias. Durante a reunião, a 1ª vice-presidenta da Regional Planalto do ANDES-SN e da coordenação do Setor das Ifes,  Helga Martins, apontou grande apoio dos docentes nas seções sindicais realizadas até o dia 22 de março:

Essa reunião dos Setor nos anima muito porque traz, de maneira muito concreta, uma ânsia e uma construção desde as bases no sentido daquilo que precisamos avançar nas nossas lutas. Os relatos trazidos de 37 seções sindicais é de que nós tivemos assembleias, algumas massivas, com ampla participação de professoras e professores, muito superior às assembleias dos últimos períodos, e que trouxeram um debate político de muita qualidade sobre a conjuntura e sobre a necessidade de nós articularmos a luta no setor da Educação

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Relação do indicativo com a greve dos TAE´s

Uma nova rodada de assembleias de base acontece nesta e na próxima semana. Indicativo de greve das federais foi aprovado.
Uma nova rodada de assembleias de base acontece nesta e na próxima semana. Foto: Divulgação/ANDES

Helga também comentou, durante  a reunião, sobre as greves de outras categorias de servidores da Educação, como a  dos técnico-administrativos (TAE´s) de diversas instituições federais, que estão em greve com os objetivos de recomposição salarial dos servidores  e a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).

Todo esse caldo, toda essa pauta que nós estamos construindo, e que faz parte dos embates diretos que resvalam nas nossas pautas de locais, veio à tona nas assembleias e a base disse: ‘é greve! É greve do setor da Educação. É greve para lutarmos pelas nossas pautas centrais nacionalmente, e também nos nossos locais de trabalho’. Por isso, é fundamental que esse mês de abril seja um mês de muita luta, de muita mobilização”, sublinhou Helga. 

Tanto o movimento de greve dos TAE´s quanto dos docentes, apontaram que os processos de tentativas de negociação com o Governo Federal não foram bem sucedidas. Entre as pautas centrais das categorias de servidores da educação, estão: recomposição salarial, reestruturação da carreira, revogação de medidas que atacam docentes e a educação pública como o Novo Ensino Médio, a BNC Formação, a portaria 983/2020, entre outras – além da precarização das condições de trabalho levaram à deliberação pela deflagração do movimento paredista.

Jennifer Webb, 1ª tesoureira da ANDES, explicou, durante a reunião, que foram realizadas três tentativas de negociação com o Governo Federal e uma reunião para discutir sobre as propostas de reestruturação da carreira docente do Magistério Federal com representantes do ministérios com da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Educação (MEC).

Por fim, o presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian, disse acreditar que, diante do cenário, somente a greve e a articulação coletiva é capaz de garantir respostas do governo. Até a data da reunião, a greve já somava 24 comitês locais de mobilização:

Ninguém faz greve porque gosta ou por princípio, fazemos greve por necessidade e nas atuais circunstâncias, diante do que é o silêncio do governo federal, ao não nos colocar qualquer espécie de índice de recomposição da nossa remuneração para esse ano e uma fratura violenta com os princípios que erigem a luta histórica desse sindicato, sobretudo no que se refere a necessidade de termos a paridade do que são as conquistas dos trabalhadores e das trabalhadoras ativos e os aposentados e aposentadas”, afirmou o presidente. 

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ADUFOP e o indicativo de greve das federais

A Associação dos Docentes da UFOP divulgou em seu site o calendário de rodas de conversa com mobilização por reajuste salarial, concurso público e mais recursos para educação. As atividades vão ser realizadas nas três cidades em que a UFOP tem campi. Em Ouro Preto, 26 de março, no Centro de Convergência, às 11h. Em João Monlevade, 02 de abril, no ICEA, às 17h. E, em Mariana, 03 de abril, no ICHS, às 17h.

A mobilização tem como objetivo fortalecer o debate entre a categoria para a Assembleia Geral da ADUFOP, no dia 04 de abril, no DEGEO, em Ouro Preto, com transmissão no local de trabalho (ICEA – João Monlevade).

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