Eleições municipais
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Ouça o áudio de "Eleições Municipais", de Andreia Donadon Leal
Está chegando a hora de pensar em quem votar, nobre eleitor e eleitora. Em breve candidatos/candidatas estarão nas ruas, na televisão, na rádio, nos perfis deles (as) nas redes sociais e nos santinhos. Façam uma pesquisa profunda sobre a vida de cada candidato, o que nós, pesquisadores-professores, chamamos de investigação. A ordem da vez, antes de decidir seu voto, é pesquisar os prós e os contras de cada candidato (a), que pleiteia ocupar uma posição de destaque, de poder e de muita responsabilidade no município. O que ele (ela) fez pela cidade, bairro, distrito? O que ele (ela) fez para melhorar a oferta de serviços públicos? O que ele (ela) propôs para melhorar setores que necessitavam de acertos? O que ele (ela) fez pela população menos assistida? O que ele (ela) fez pela segurança, saúde, educação, cultura, meio ambiente, segurança, economia, saneamento básico, tratamento de água e esgoto? Estas perguntas básicas deverão ser direcionadas para os (as) candidatos (as) que querem reeleição. Para os (as) novos (as) candidatos (as), as sugestões de perguntas são: sua história credencia sua candidatura? Quais suas propostas para o aprimoramento das políticas públicas? O que você propõe de novo na área do Legislativo ou Executivo? Quantos anos têm a cidade? Quais os principais prédios? Quantas escolas têm no município? Quais são os postos ou as unidades de saúde? Quando foi criada a primeira Câmara de Mariana? Quantos anos tem o prédio da Câmara? O que faz um/uma vereador (a)? Qual é o seu partido e a importância dele para a cidade? Quando o seu partido foi criado? Por que você acha que sua candidatura é importante para a cidade? Na fase em que candidatos (as) baterão à sua porta, analisem atentamente, prezados eleitores, quais são os candidatos (as) com história de vida que aponte alguma trajetória de ações que modificaram positivamente algum setor da sociedade, pois para ocupar o cargo do executivo ou legislativo tem que haver compromisso com a melhoria da vida social. E isso não é algo que vai ter início com candidatura, isso já deverá fazer parte da história do cotidiano do candidato. O período eleitoral é época de discursos promissores, inflamados e açucarados; o discurso da sedução, do convencimento e do deslumbramento do (a) eleitor (a). Candidatos sem história de probidade na vida produzirão a mesma ladainha de sempre (só promessas vãs), e após a eleição, terão gestões de governo inoperante ou improbo ou populista ou tudo isso junto. A consequência é que a população passará por 4 anos, clamando, em vão, por oferta de serviço público de qualidade. Pobre de nós, povo, que aguardou com ansiedade e fé, serviços de saneamento básico e tratamento de esgoto. Pobre de nós, eleitores em potencial, que aguardamos horas, dias, meses ou ano por atendimento médico, cirurgias, exames simples ou de alta complexidade. Pobre de nós, eleitores, que sonhamos com a finalização das obras de uma UPA. Pobre de nós, eleitores, que almejamos um CTI para a nossa cidade, para não ter que recorrer ao município vizinho ou à capital. Pobre de nós, eleitores, que perdemos parentes e amigos por esperar na fila da burocracia. Sim, pobre de nós, eleitores (as), que não sabemos votar, que não sabemos que para eleger um representante do executivo ou legislativo precisamos olhar planos que beneficiem toda a cidade, em vez de trocar voto por favores. Quem troca voto por benefícios próprios, não só está vendendo a alma, mas colocando o presente e o futuro de uma cidade no lixo. Pobre de nós, eleitores, que não sabemos investigar a vida do (a) candidato (a), que bate à porta de nossa casa, a cada quatro anos. Pobre de nós, ricos de arrecadação (nossa cidade recebe uma das maiores arrecadações do estado de MG), que não temos esgoto tratado! Pobre de nós, que vivemos enfeitiçados feito Ulisses, personagem da epopeia de Homero, que na viagem de volta para casa, foi vítima de tempestades terríveis. Ele e sua tripulação sofreram com fortes ventanias até que os seus navios foram levados para a terra de lótus. Todos os tripulantes ficaram viciados em comer a flor de lótus (comida em forma de flor, com aroma suave de mel), porque causava esquecimento e falta de vontade de prosseguir. É isto, prezados (as) eleitores. Vivemos nessa espécie de esquecimento causado pela flor de lótus, com aroma de mel e digestão de fel. De quatro em quatro anos, o poder volta para nossas mãos, prezados (as) eleitores (as), o poder de escolher, e saber escolher os (as) melhores representantes, para que o nosso município tenha a tão almejada administração de qualidade, que o patrimônio humano e cultural de Mariana merece. O poder está em nossas mãos. Vamos ler as propostas de governo, avaliar se são executáveis; avaliar os candidatos e as candidatas e pensar, pensar muito em quem votar. Eu sei que a vida é dura para a maioria de nós, e que precisamos de sonhos e de ilusões para continuar nossa caminhada, mas deixemos o sonho e interesses pessoais de lado, e vamos pensar na realidade de nossa cidade. Precisamos de candidatos (as) probos (as). Precisamos de candidatos (as) que priorizem o coletivo! Precisamos de candidatos que deem o máximo pelo e para o serviço público. E precisamos de mais e mais mulheres na política, afinal temos mais eleitoras do que eleitores. No entanto, essa MAIORIA, eleitora-mulher, continua não elegendo mulheres, nem para o Legislativo e nem para o Executivo. Afinal, batemos a mão no peito e defendemos igualdade de gênero, mas na hora de fazer valer nossa força, para colocar mais mulheres no Legislativo ou no Executivo, perdemos a força, a união e o empoderamento. Juntas, somos mais! E nossa voz, arma da garganta, deve bradar: vamos eleger mulheres competentes, dignas e comprometidas com o desejo do bem-estar de nosso povo. Afinal, nossa cidade tem nome de MULHER!
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