- Mariana
Cruzeiro Futsal cede mais um empate nos instantes finais
Falha na marcação permitiu que o Passo Fundo conseguisse a igualdade em 3 x 3, faltando 14 segundos para o término da partida
- Luiz Loureiro
- 29/06/2024
- 10:40
Depois de ficar atrás no placar até os 15 minutos do 2º tempo, o Cruzeiro conseguiu empatar e passar à frente do placar, com dois gols de Raime. Entretanto, como já havia acontecido contra o CRB/Traipu, a equipe sofreu o gol de empate, há poucos segundos do fim do jogo, quando o Cruzeiro ainda reclamava um suposto pênalti cometido em João Vitor, não assinalado pela arbitragem. Após o gol a partida ficou interrompida por alguns minutos, em função de um bate-boca generalizados entre jogadores e integrantes das comissões técnicas das duas equipes, com farta distribuição de cartões amarelos. Na manhã desta sexta-feira (28), em seu perfil no Instagram, o Cruzeiro Futsal emitiu nota oficial, acusando um integrante da comissão técnica do Passo Fundo de ter feito gestos racistas dirigidos ao fisioterapeuta celeste. Em vídeo publicado na noite do mesmo dia, o presidente do passo Fundo prometeu tomar pedidas para a apuração dos fatos.
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Expectativas iniciais
“Estamos brigando pelas primeiras colocações. A gente vem pontuando desde o início, só que agora chegou a hora de finalizar essa classificação, e vamos buscar os três pontos”, declarou Flávio Cavalcante, técnico do Passo Fundo, à reportagem da Agência Primaz minutos antes do início da partida.
Invicto no Campeonato Brasileiro de Futsal, com 5 vitórias e um empate, 16 gols marcados e 6 sofridos, a equipe gaúcha já entrou em quadra matematicamente classificada para as oitavas-de-final, mas Flávio demonstrava cautela. “A gente está entrando na fase final da primeira classificação, onde as coisas começam a se definir, os jogos estão cada vez mais equilibrados, mais disputados, gente brigando por vaga, outros brigando por melhor colocação”, afirmou o treinador, ressaltando que, por fazer seu último jogo em casa, o Cruzeiro iria “apostar muito na partida, tentando tirar proveito do fator torcida e da velocidade de seus jovens jogadores”, o que exigiria de sua equipe muita atenção e marcação, e ainda evitando dar a posse de bola ao adversário.
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Com certeza, o público que veio aqui no ginásio vai ver um jogo equilibrado, que ganhe o melhor dentro das quatro linhas”, assegurou à Agência Primaz Maurício Schleder, diretor do Passo Fundo Futsal, destacando o objetivo inicial da equipe gaúcha. “A gente está tendo um bom aproveitamento nesse início de temporada, mas não adianta só agora no começo, já que a gente tem um planejamento de chegar entre os quatro melhores [da competição]”, resumiu Schleder.
Do lado do Cruzeiro, a questão do último jogo em casa também foi enfatizada pelo técnico Henrique Biaggi, ressaltando que havia uma grande perspectiva de pontuação das demais equipes da parte de cima da tabela (Vasco e Fortaleza), o que obrigaria a equipe celeste a buscar pelo menos um ponto em sua última partida como mandante na fase de classificação, pensando sempre no melhor posicionamento na tabela, de modo a garantir a decisão em casa nas etapas de mata-mata. Com esse pensamento, Henrique garantiu que sua equipe iria buscar a vitória ou, na pior das hipóteses, um empate para tentar garantir a permanência entre os primeiros quatro colocados.
Empate na primeira etapa
Nico, Raime, Berg, João Vitor e Beiço iniciaram a partida pelo Cruzeiro, enquanto o técnico do Passo Fundo escalou o cinco inicial com Queixo, Caio, Coito, Nenê e Mateus Gaúcho.
Nos primeiros minutos a partida se apresentou com muita cautela das equipes, que buscavam a troca de passes, a valorização da posse de bola e a intensa movimentação dos jogadores. Com esse panorama, nos cinco primeiros minutos apenas duas chances razoáveis surgiram, uma para cada lado. A primeira chance da partida foi desperdiçada por Matheus Gaúcho, do Passo Fundo, que também não levou muito perigo, passando rasteira à direita de Nico, capitão da equipe celeste. A resposta da equipe celeste veio logo em seguida quando Ari, desequilibrado e apertado pela marcação, mandou a bola por cima da meta defendida por Queixo, quando a equipe já contava com uma nova formação, incluindo PK, Nathan e Bernardo, além do goleiro Nico, que não foi substituído em nenhum momento da partida.
Apesar de bastante incentivada pela torcida, a equipe do Cruzeiro passou a não conseguir dar sequência às jogadas, mostrando-se ansiosa por concluir os lances, seja na formação com Ari de pivô, seja no sistema 4×0, em que os atletas assumem papéis, principalmente ofensivos, em todos os pontos da quadra. Até por isso, a formação do Passo Fundo com pivô e fixo, passou a se sobressair, dificultado a marcação da equipe celeste.
E foi assim que, pouco depois de um pedido de tempo do técnico Henrique Biaggi, o Passo Fundo chegou ao seu primeiro gol. Berg tenta sair driblando da defesa, mas é cercado por três adversários. Viana rouba a bola e toca para Samuka que, de primeira, com a perna esquerda, apenas desvia de Nico, aos 12:28 do primeiro tempo.
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O gol desperta a equipe do Cruzeiro, que passa a exercer marcação alta e consegue levar perigo ao gol adversário depois de uma cobrança de falta, em que Ari bateu cruzado, rasteiro, para boa intervenção de Queixo, com o pé. O mesmo acontece em uma finalização de Berg, depois do rebote do goleiro em chute de Raime.
Mas, em seguida, coincidentemente depois de um pedido de tempo, agora feito pelo técnico do Passo Fundo, e igualmente numa roubada de bola o empate é obtido com gol de João Vitor. Na linha do meio da quadra, João Vitor rouba a bola de Matheus Gaúcho e Berg se redime da falha anterior fazendo boa assistência para o próprio João Vitor, que empata o jogo, fazendo seu oitavo gol na competição.
A respeito do gol, em entrevista à Agência Primaz, Berg explicou por que preferiu fazer a assistência para João Vitor. “Eu não bati porque o goleiro fechou muito bem [o ângulo de chute], e ele é muito grande. Aí eu preferi o passe, o passe ainda foi fraco, mas o João Vitor teve 100% ali, na finalização, foi feliz e fez o gol”.
Intervalo: Análises do empate parcial
“A gente imaginava que seria um jogo difícil, pois o Cruzeiro, aqui dentro de casa, tem muita força, muita torcida. Não foi nada diferente do que esperávamos, e infelizmente tomamos um gol parecido com o que fizemos. Vamos ajeitar algumas coisas no segundo tempo e tentar sair com a vitória”, declarou Viana, autor da assistência para o primeiro gol do jogo, em entrevista à Agência Primaz ao final do primeiro tempo. “Às vezes a gente tem oportunidade, a gente não faz, a gente acaba se perdendo nos detalhes e acaba tomando o gol. A busca agora [no segundo tempo] é ajustar os detalhes para fazer o gol e sair com a vitória”, acrescentou o atleta do Passo Fundo.
Ainda antes do início da etapa final, a reportagem da Agência Primaz questionou Henrique Biaggi sobre o que não deu certo para a equipe no primeiro tempo. “Precisamos melhorar um pouco a marcação, deixamos a movimentação deles e a bola entrar muito no pivô. Sabemos disso, eles têm muita qualidade para isso. Temos que combater de alguma forma”, respondeu o técnico do Cruzeiro, antecipando uma das recomendações passadas aos seus atletas no intervalo.
“Em relação à ansiedade, acho que faz parte, o nosso time é muito novo, muito experiente, a equipe [do Passo Fundo] é a líder da nossa chave. É um jogo que temos que saber jogar, vai ser no detalhe que vai ser decidido”, finalizou Henrique, em relação ao comportamento esperado da equipe para superar o empate e chegar à vitória.
Segundo tempo com gols, muita reclamação, empate e virada do Cruzeiro
No intervalo, e principalmente a partir do início da etapa final, a torcida do Cruzeiro, permaneceu incentivando a equipe sem parar, repetindo o comportamento nas partidas anteriores. Mas foi do Passo Fundo a primeira jogada aguda de ataque, quando Nenê conseguiu colocar a bola no pivô Matheus Gaúcho e recebeu na frente, mas foi travado por Berg. No contra-ataque, João Vitor fez excelente jogada, driblando duas vezes o adversário e, na saída do goleiro, tocou para o meio. Berg tentou de calcanhar, mas foi travado por Caio e caiu com a mão sobre a bola, debaixo de muitas reclamações do banco do Cruzeiro, em relação a um possível pênalti sobre Berg. Na jogada anterior, Nenê havia ficado caído na área do Cruzeiro, e a partida foi interrompida para atendimento ao jogador, que reclamava de fortes dores nas costas.
Na sequência do jogo, Nico fez intervenção em infiltração de Coito, mas a bola sobrou para Raime que, quase sobre a linha lateral da quadra, fez bom passe para João Vitor. O artilheiro do campeonato ganhou de Aio na corrida e, na saída de Queixo, tocou por baixo, mas a bola bateu na rede, do lado de fora produzindo a impressão de gol em parte da torcida, colocada no outro extremo do Setor B da Arena Mariana.
A jogada acendeu a torcida e a equipe e, depois de bola recuperada, Nico saiu jogando com Raime que passou para Berg, ainda no campo de Defesa do Cruzeiro. O Passo fundo avançou a marcação, mas o talentoso Berg livrou-se de dois marcadores, passou a bola para Raime que, de primeira, serviu a Beiço, perto do círculo central, mas já no campo de ataque. Com dois toques, o camisa 10 tentou achar Raime, na esquerda, que esticou a perna, mas não alcançou a bola.
O jogo transcorre com muitos erros de passes e jogadas incompletas de ambos os lados, até que, aos 5 minutos, PK tenta uma bola longa, interceptada por Pato, de cabeça. A bola sobra para Samuka que apenas ajeita para o arremate forte de Pato, que obriga Nico a uma grande defesa com os pés, dificultada pela liberdade dada pelo setor defensivo do Cruzeiro, abrindo espaço para o chute do atleta da equipe gaúcha. Na cobrança de escanteio, boa troca de bola entre Samuka e Araça termina com a finalização de Pato, de pé esquerdo, no canto esquerdo de Nico, colocando o Passo Fundo mais uma vez à frente no placar, aos 5:29 do segundo tempo.
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Com desvantagem no marcador, o Cruzeiro pressiona a equipe gaúcha e, na formação com pivô, agora com o jogador Tanque, consegue boas jogadas e arremates, em especial com o fixo Marinho, quase todas bloqueadas pela defesa, e algumas sem acertar o alvo.
O jogo se torna mais ríspido, as faltas se sucedem, com aplicação de cartão amarelo para Caio (Passo Fundo) e João Vítor (Cruzeiro), com reclamações crescentes dos dois times contra as decisões da arbitragem.
O Cruzeiro melhora sua criação na formação com pivô e, aos 12:33, a partida é interrompida para atendimento ao atleta Samuka, depois de sofrer uma bolada no rosto, em finalização de Tanque, complementando um escanteio cobrado por PK. Aos 14:35 Tanque tem uma boa oportunidade, mas chuta alto, pressionado por Pato. Alguns segundos depois, Nico repõe a bola em jogo com Berg que, num leve toque, coloca na frente, bem próximo à linha lateral. Alan tenta fazer a proteção, o restante da defesa vacila, o rápido atacante do Cruzeiro faz o giro e, diante do goleiro, rola para Raime que não tem nenhum trabalho para empurrar a bola para o fundo do gol, conseguindo um novo empate para o Cruzeiro, aos 15:07.
Empurrada pela torcida, e animada com o empate, a equipe celeste recupera a bola já na reposição feita pelo Passo Fundo. Alan atravessa a bola no meio da quadra, João Vitor rouba, dribla um adversário e a bola sobra para PK que só ajeita para um forte chute de Raime, defendido por Queixo.
Aos 16:57, Berg cobra um lateral pela direita, a bola passa por João Vitor, chega a Raime, já pelo lado esquerdo do ataque, e daí fica com Beiço que faz excelente jogada, entre três adversários, e toca a bola limpa, dentro da área, para Raime fuzilar o goleiro e colocar o Cruzeiro, pela primeira vez, à frente no placar.
Com a vitória parcial, o Cruzeiro dava um enorme passo rumo à classificação, com chances de uma excelente posição na tabela, visando a vantagem na fase oitavas- de final.
Mais um empate no apagar das luzes
Na nova saída de bola, o técnico do Passo Fundo coloca Nenê (10), como goleiro linha, conseguindo trabalhar a bola por um minuto, até o arremate de Viana, defendido por Nico, com Coito tentando, sem sucesso, aproveitar o rebote. Por mais uma vez o Cruzeiro consegue retomar, mas não mantém a posse de bola. Faltando um minuto e meio, novamente com Nenê como goleiro linha, o Passo Fundo tenta novo ataque, com Matheus Gaúcho, Viana Coito e Araça, mas Matheus isola pela lateral, ao tentar uma finalização. Queixo volta à quadra, PK consegue dominar diante da área e finaliza, mesmo cercado por dois adversários. Queixo dá rebote e acontece a jogada mais contestada do jogo, quando João Vitor pega a bola, dentro da área, dá um corte no goleiro e sofre um choque com Coito, indo ao chão, em lance em que, claramente, o jogador do Passo Fundo não toca na bola. Torcida, jogadores e comissão técnica pedem pênalti, mas o juiz, muito próximo do lance, manda o jogo correr.
A posse de bola é do Cruzeiro, mas PK perde a bola, faltando 40 segundos para o final da partida. O Passo fundo vai ao ataque, perde a bola, mas o Cruzeiro não consegue ficar com ela. Novamente com Nenê como goleiro linha, faltando 27 segundos para o jogo acabar, o Passo Fundo tenta nova investida, com a bola passando de Matheus Gaúcho para Samuka, daí para Viana e de novo para Samuka, ainda no campo de defesa da equipe do sul do país.
Viana faz a ultrapassagem pela direita, Nenê se apresenta no meio, Coito se adianta, correndo do meio para a direita e Matheus busca o poste direito da meta de Nico, passando pelas costas de João Vitor.
Toda essa movimentação desorienta a defesa do Cruzeiro. Bernardo dá espaço para Samuka pensar a jogada, PK fica na dúvida se acompanha Coito ou fecha o passe para Nenê, enquanto João Vitor, fica no meio do caminho, também sem saber se marca Matheus Gaúcho ou Nenê.
Samuka faz o passe para Viana, nas costas de Bernardo, Jeffe demora a chegar e o jogador do Passo fundo domina com a direita e, rapidamente, mete o pé esquerdo na bola, com força, surpreendendo o excelente goleiro Nico. A imagem acima ilustra o exato momento em que Viana executa a finalização da jogada, demonstrando o posicionamento de todos os jogadores em quadra, quando o cronômetro indicava 16segundos para o término da partida, mas com a bola chegando ao fundo do gol, na contagem de 14 minutos restantes.
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Com isso, mais uma vez, no apagar das luzes de uma partida disputada na Arena Mariana, o Cruzeiro cede o empate, coincidentemente por 3 a 3 e contra uma formação de goleiro-linha, como já havia acontecido na segunda rodada, contra o CRB/Traipu, quando faltavam somente 26 segundos de bola em jogo.
Confusão após o empate
Após o gol, Matheus Gaúcho provoca Jeffe, em continuidade a uma discussão anterior, Viana vem comemorar na câmera da transmissão, colocada perto do banco de reservas do Cruzeiro, Beiço discute com Samuka e PK com Coito.
Berg parece questionar algo que teria ouvido do banco do Passo Fundo e, em seguida a discussão se torna generalizada, envolvendo todos os atletas e integrantes das comissões técnicas de ambas as equipes.
Um dos mais exaltados é Berg, que tenta se aproximar de jogadores do passo Fundo, mas é contido pelo técnico Flávio Cavalcante.
Aos poucos a confusão foi se desfazendo, devido à atuação dos mais calmos, enquanto os juízes, à margem do tumulto anotam cartões amarelos para PK, Beiço e Tanque, do Cruzeiro, e para Samuka, Pato, Matheus Gaúcho e Ponce, do Passo Fundo. Na saída de bola, o Cruzeiro trocou passes na defesa, sem ser incomodado pelo adversário, apenas esperando o final da partida.
Empate com gosto amargo para o Cruzeiro e comemorado pelos gaúchos
“Fica um gostinho de que podia ser melhor, né? De que podia acontecer a vitória. Mas tudo bem, a gente sabe que está no caminho certo. O resultado, claro, poderia ser melhor, mas ele coroa o trabalho que vimos fazendo durante toda a semana”, declarou, à Agência Primaz, o pivô Ari, do Cruzeiro, revelando que, nas duas semanas com o técnico Henrique Biaggi, está sendo intensificado o treinamento da formação com pivô, que não vinha sendo muito utilizada antes.
“A gente não vinha sendo muito utilizado, mas agora, com o professor Henrique a gente [ele e Tanque] ‘tá’ sendo realmente utilizado, e esse jogo de pivô vai se encaixar. É dar tempo ao tempo e continuar trabalhando firme, que vai se encaixar”, finalizou Ari.
Ressaltando que toso os colegas sabiam da dificuldade do jogo, inclusive por se tratar de uma equipe invicta no campeonato, Raime elogiou o poder de recuperação da equipe, que perseguiu o empate duas vezes e ainda conseguiu a virada. Mas lamentou o terceiro gol do Passo Fundo, resultado de uma dificuldade momentânea de marcação. “A gente conseguiu se reestruturar durante a partida, empatar o jogo, até virar o jogo. No final, a gente não conseguiu trocar a marcação, infelizmente saiu o gol [de empate do Passo Fundo]. Mas é um ponto muito válido, porque é contra uma forte equipe. Então é um ponto muito válido”, completou.
Do lado do Passo Fundo, Pato, autor do segundo gol, comemorou o resultado, embora a vitória tenha sido perseguida. “A gente veio aqui com o propósito de pontuar, claro, buscar a vitória. Não deu, pelo que foi o jogo também, acho que o empate ficou de bom tamanho, e a gente segue firme a nossa caminhada aí, ‘pra’ tentar manter essa primeira colocação”, declarou o pivô da equipe gaúcha.
“Com certeza, é um ponto importantíssimo, até pela equipe do Cruzeiro também, que é muito forte aqui, principalmente dentro dos seus domínios”, concluiu.
Cruzeiro Futsal denuncia atitude racista
“O Cruzeiro Futsal manifesta, veementemente, repúdio aos atos de racismo ocorridos na última noite durante o jogo válido pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro de Futsal”.
Assim começa a “Nota de Repúdio – Racismo no Futsal”, postada na manhã dessa sexta-feira (28), no perfil do Cruzeiro Futsal no Instagram.
A publicação foi comentada por 129 internautas, até as 10:30h deste sábado (29), com todas as manifestações a atitude denunciada. A primeira delas, inclusive, afirma que é o “segundo ocorrido como esse que acontece com equipes que enfrentam o Passo Fundo. Rodada passada aconteceu a mesma coisa com o goleiro do Fortaleza Futsal”.
Leia a íntegra da “Nota de Repúdio – Racismo no Futsal”:
O Cruzeiro Futsal manifesta, veementemente, repúdio aos atos de racismo ocorridos na última noite durante o jogo válido pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro de Futsal.
Próximo do fim da partida contra a Equipe do Passo Fundo, gestos racistas foram dirigidos ao nosso fisioterapeuta, por um membro da comissão técnica adversária, causando profunda indignação e consternação entre os atletas e a comissão técnica do Cruzeiro Futsal.
Ressaltamos que racismo é crime e estamos dando todo suporte ao nosso membro, bem como realizamos, de imediato, todas as medidas necessárias com o devido registro de Boletim de Ocorrência.
Atos de racismo não têm lugar no esporte, nem em qualquer outro âmbito da sociedade. O Cruzeiro Futsal tem a responsabilidade de lutar contra essas práticas lastimáveis, promovendo um ambiente de igualdade, respeito e inclusão dentro e fora das quadras.
Seguiremos lutando fervorosamente contra e contamos com as autoridades e a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) para que o fato seja apurado e que haja punição exemplar para esta prática nociva.
Por fim, prestamos novamente nossa total solidariedade ao nosso querido membro da comissão técnica.
Nosso esporte é feito por todos e para todos!
Posicionamento do Passo Fundo Futsal
Na sexta-feira (28), às 09:47h, a Agência Primaz encaminhou mensagens ao diretor do Passo Fundo, dando ciência da publicação da nota de repúdio do Cruzeiro e pedindo informações sobre eventuais medidas adotadas ou em planejamento pelo clube, quanto ao assunto.
Até o momento da publicação desta reportagem, nenhuma resposta havia sido encaminhada à nossa redação. Entretanto, na noite do mesmo dia do questionamento, o Passo Fundo publicou, no seu perfil do Instagram, um pronunciamento do presidente Jocelito Albuquerque, declarando o repúdio do clube e de sua direção a atos de xenofobia ou racismo e prometendo tomar as devidas providências legais contra os infratores, mas destacando que a agremiação pretende tomar medidas firmes contra as pessoas denunciantes, caso as informações se mostrem falsas ou levianas.
Assista ao vídeo, que até as 10:30h deste sábado (29), contava com 19 comentários, ou confira, abaixo, a íntegra do depoimento de Jocelito Albuquerque:
“Tendo em vista as denúncias recebidas contra o Passo Fundo Futsal, temos o dever de informar que o clube é totalmente contra qualquer ato de discriminação, tanto de xenofobia ou racismo.
Caso tais fatos realmente tenham ocorrido, o Passo Fundo tomará as devidas providências legais aos infratores.
Porém, tais acusações sejam falsas ou levianas, o clube acionará as pessoas envolvidas para que prestem os devidos esclarecimentos na forma da lei e tomará medidas enérgicas contra as acusações mentirosas.
A direção do Passo Fundo é totalmente contra atos desta natureza”.
