- Mariana
Samarco: Café Social aproxima empresas e entidades sociais
Evento é um dos desdobramentos das reuniões mensais entre a Câmara Municipal de Mariana e a mineradora
- Luiz Loureiro
- 01/07/2024
- 09:03
Por sugestão da Câmara de Mariana, a Samarco realizou, na tarde da última quarta-feira (26), um “Café Social” em seu escritório administrativo localizado na Rua Antônio Olinto, nº 33ª, Centro de Mariana, reunindo as empresas terceirizadas que atuam no Complexo de Germano para assistirem às apresentações das entidades e associações marianenses, das áreas social, cultural e esportiva, visando ao conhecimento da atuação e abertura de possibilidades de trocas de experiências e estabelecimento de parcerias. O evento teve a participação de Edson Agostinho, presidente da Câmara; Marcelo Macedo, vereador; Roberto Guimarães, gerente de Relacionamento Sócio-Institucional; Carlos Amorim, gerente geral de Segurança e Meio Ambiente; e foi conduzida por Priscilla Nilo, Analista de Relações Sócio-Institucionais da mineradora, juntamente com representantes de mais de 20 entidades e de significativo número de empresas prestadoras de serviço.
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Café Social apresenta entidades marianenses às terceirizadas da Samarco
Priscilla Nilo, abrindo o encontro, gradeceu a presença de todos e todas, e esclareceu que a intenção era apresentar as entidades às contratadas, mediante uma “provocação” da Câmara Municipal, abraçada pela mineradora, “com todo bom gosto, entendendo a relevância do papel da Samarco, das contratadas aqui no território, aqui em Mariana”.
“Sou um dos responsáveis por todas as agendas institucionais que a Samarco tem em Minas Gerais, aqui no território, com as prefeituras, com as comunidades, com instituições locais, com governos e instituições do Estado de Minas Gerais e também em Brasília”, apresentou-se Roberto Guimarães na abertura de sua recepção aos convidados para o “Café Social”, agradecendo à Câmara Municipal pela oportunidade de estreitar e fortalecer esse relacionamento com os parceiros que atuam junto à empresa, neste momento em que Samarco marca um “momento importante da sua retomada operacional, voltando a ser um ator importante no mercado da mineração, voltando a ser um ator importante aqui no território de Mariana”.
Para o gerente de Relacionamento Sócio-Institucional, o evento tem o “intuito de a gente construir aqui, hoje, algo que vai ser muito frutífero em breve, e entender quais são as oportunidades que nós temos de juntar as empresas parceiras também, que estão atuando aqui no território, e dar continuidade a essas iniciativas, além daquelas que a Samarco hoje já está conduzindo junto ao Poder Público e às associações diversas”, finalizou Roberto Guimarães.
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Em manifestação após a participação de Edson Agostinho, o vereador Marcelo Macedo ressaltou a importância da atitude do presidente da Samarco, Roberto Vilela, em aceitar a sugestão da realização do evento, destacando “que tudo isso só foi possível porque começou lá atrás, nas reuniões mensais, (…) e isso para a gente é um sonho, está acontecendo aqui hoje, e queria dizer que sirva de exemplo para as outras mineradoras. Nós temos aqui hoje várias instituições da cidade mariana, E eu tive a honra de poder visitar cada uma, antes mesmo desse evento”.
Apresentações das entidades e associações participantes
Das 20 entidades, associações e até mesmo projetos culturais e esportivos, o principal destaque é que o prosseguimento e a ampliação da atuação dependem, principalmente, apenas de pequenas coisas, tipo mobiliário, reformas e pequenas ampliações, apoio para manutenção do aluguel de instalações etc. No evento, 20 possíveis parceiros(as) das empresas prestadoras de serviços à Samarco, apresentaram os detalhes de seu funcionamento e o retorno que trazem à população marianense em diferentes aspectos: Associação das Pessoas com Deficiência de Mariana (ADEM), Associação de Artesãos e Produtores Caseiros de Monsenhor Horta, Coral Canarinhos de Santana, Centro de Equoterapia Pequeno Artur, Lar Comunitário Santa Maria (Obras Sociais Monsenhor Horta), Comunidade Terapêutica Emanuel (COTEREM), Movimento Capoeirista, Movimento Renovador de Mariana, Casa de Apoio Sementes do Amor, Associação Comunitária de Camargos, Incrível Banda, Casa Lar Estrela, Grupo AvanTEA, Comunidade da Figueira, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Associação dos Musgueiros de Santa Rita Durão, ONG Cãodomínio, Sociedade Inconfidente de Montanhismo e Escalada (SIME), Clube de Mães da Colina e Zé Pereira da Chácara.
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Recepção das prestadoras de serviço às propostas apresentadas no Café Social
Também com mais de duas dezenas de empresas que prestam serviços à Samarco no Complexo de Germano, o “Café Social” organizado pela mineradora, em atendimento a pedido da Câmara de Mariana, promete abrir boas perspectivas de retomada, ampliação e implantação de novas parcerias.
Em entrevista concedida à Agência Primaz, ao término das apresentações, Sanlla Mayara, analista de Relacionamento com a Comunidade da MRF Engenharia, que compareceu ao evento acompanhada do coordenador administrativo e do gestor da obra que está sendo executada para a Samarco, mostrou-se entusiasmada com a oportunidade. “Eu achei uma oportunidade muito interessante, tanto para nós empresas, e especialmente para as entidades. Eu, como analista de Relacionamento, já conhecia a maioria dessas entidades, a maioria dessas pessoas, mas é importante também que os gestores das empresas vejam, para que entendam o que significa esse trabalho e o que significa a nossa atuação para essas entidades”, afirmou.
De acordo com Sanlla, por meio do Política de Investimento Social (PIS) da Samarco, a MRF Engenharia já vem analisando e estabelecendo parcerias, como as que devem acontecer junto à Associação de Camargos e da Casa Lar Estrela. “A gente tem recursos que são destinados para essas comunidades, estamos fechando uma parceria com a comunidade de Camargos, e a gente vai ter uma primeira atuação lá agora com a Cavalgada, que a Vaninha divulgou aqui. Com o pessoal da Casa Lar Estrela, a gente já está vislumbrando que consiga fazer parcerias, que consiga contribuir com projetos na Casa Lar. E tem outras comunidades também que a gente já visitou, que já faz relacionamento, e ‘tá’ com uma expectativa grande de conseguir, eu particularmente, apoiar cada vez mais”, anunciou.”
“Eu estou surpresa de uma forma muito positiva. [Foram] várias instituições que nós não tínhamos conhecimento, vários programas de desenvolvimento que a gente também não tinha, e acho que é importante que nós, como terceirizadas e responsáveis sociais, apoiemos essas causas”, declarou Débora Santos, do Consórcio Rio Doce, à reportagem da Agência Primaz. De acordo com a integrante da equipe administrativa de obra do consórcio Rio Doce, formado pela Salum, Skava e Tratemi, a experiência na pequena cidade de Rio Doce (MG), afetada pelo rompimento da barragem de Fundão, despertou na empresa a “identidade de ajudar o próximo, de estar dentro da comunidade, de se preocupar e se envolver”, acreditando “que todas as apresentações tocaram, de alguma forma, o coração de quem estava” presente no Café Social, abrindo possibilidades de ações junto às entidades marianenses.
Expectativas das entidades e balanço do Café Social
“Especificamente em relação à Casa Lar Estrela, a gente sai muito satisfeita e com o olhinho brilhando, porque eu acabei de ter um contato aqui agora, no café, de uma pessoa que pegou meus dados, o nosso contato, que vai nos visitar, porque já fez anteriormente uma ação com a gente, gostou muito, e hoje, pela minha explanação, ela falou: ‘Eu ‘tô’ voltando, eu vou lá visitar vocês e a gente vai fazer uma outra ação juntos’”, revelou Cristina Pereira, assistente social e fundadora da entidade.
“As empresas estão nos conhecendo e as nossas portas estão abertas para quelas as empresas nos visitem. Então, é oportunidade da gente ter um aporte financeiro e da gente ter um patrocínio para projetos que a gente executa no dia a dia”, concluiu Cristina, avaliando positivamente a realização do Café Social.
Da parte da Samarco, de acordo com Roberto Guimarães, a iniciativa “é o início de um trabalho, o início de uma parceria. E a gente espera que, por meio desse primeiro passo, a gente possa manter esse contato com as instituições e ir caminhando junto com elas, para entregar aquilo que elas precisam e que elas possam continuar devolvendo à sociedade”.
O incentivo à atuação social, de acordo com o gerente de Relacionamento Sócio-Institucional, “implementar ações junto com as empresas parceiras, empresas terceirizadas, nos territórios onde a gente atua está no cerne da nossa política de parcerias e contratações”, mesmo em contratos menores, de modo que a mineradora possa acompanhar, mapear quem são as empresas parceiras, onde elas atuam e como elas podem colaborar com a região onde a gente está atuando, impactando etc. “Algumas iniciativas já estão sendo consolidadas contratualmente, onde algumas empresas, a partir de determinado valor contratual, elas têm uma certa obrigação de apresentar para a Samarco propostas e iniciativas. Isso está sendo construído, mas em breve a gente vai conseguir fazer uma divulgação mais ampla”, concluiu Guimarães.
