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Hoje é sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Empate coloca América Futsal mais perto da final

Segundo jogo da semifinal acontece no próximo domingo, em Belo Horizonte

Depois do empate por 3 a 3, o América Futsal depende apenas de nova igualdade para chegar à final do Campeonato Metropolitano
Depois do empate por 3 a 3, o América Futsal depende apenas de nova igualdade para chegar à final do Campeonato Metropolitano – Foto: Luiz Loureiro/Agência Primaz

Em partida válida pela fase semifinal do Campeonato Metropolitano, o América Futsal conseguiu importante resultado ao empatar com o Cruzeiro, por 3 a 3, nesta terça-feira (15), na Arena Mariana. A partida, que estava inicialmente equilibrada, ficou favorável ao Cruzeiro na segunda etapa, quando João Vitor marcou duas vezes, mas a equipe comandada por Faisal Saab conseguiu se superar e chegar ao empate, principalmente devido à excelente atuação de Caíque (29). Com o resultado, o América precisa apenas de um novo empate no próximo domingo (20), em Belo Horizonte, para garantir sua vaga na final da competição.

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Preocupação com os tumultos anteriores

O histórico de problemas ocorridos nas partidas anteriores foi abordado pelos técnicos das equipes, em entrevistas à reportagem da Agência Primaz, antes do início da partida. “A gente já vem conversando isso há muito tempo. Existe uma rivalidade normal do futebol, as ela tem que ficar dentro de campo e não pode extrapolar para a briga. Então, o que houve no jogo lá, o jogo realmente estava quente, pegado e tudo, (…) e virou confusão. Mas a gente fala sobre isso, conversa sobre isso, para focar no jogo, para estar determinado no jogo, que o jogo é duro, que o jogo é disputado, mas que não pode ter briga”, declarou Faisal Saab, técnico do América Futsal.

Para Henrique Biaggi, técnico do Cruzeiro, em um jogo “pode acontecer de um atleta ou outro competir e entrar em choque, discutir. Só que extrapolar isso não favorece a ninguém”, mas que a equipe, embora muito jovem, passou por um forte trabalho de mentalização para não se deixar influenciar pelos acontecimentos anteriores.

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Expectativas pré-jogo

Técnicos do Cruzeiro e do América Futsal lamentaram os muitos desfalques causados por contusões e suspensões
Técnicos de ambas as equipes lamentaram os muitos desfalques causados por contusões e suspensões – Foto: Luiz Loureiro/Agência Primaz

O técnico do América Futsal não pôde contar com quatro atletas, todos por suspensão em função de acontecimentos no último jogo. Três jogadores receberam o terceiro cartão amarelo, entre os quais Boi, autor de três dos gols do América, enquanto Rafael, que marcou dois gols, foi expulso, na confusão do final da partida. “Tem muita vontade no jogo, muita determinação muita inteligência para se jogar, porque vai exigir e vão ter conhecimento de ambos os lados sobre o que o outro pode fazer. (…) Eu acho que o último jogo, o placar foi dilatado, mas foi um jogo que foi muito justo. Foi pertinho o jogo todo e eu acho que o diferencial foi a nossa marcação, a nossa defesa”, ressaltou Faisal, lembrando que os últimos três gols do América foram marcados quando o Cruzeiro utilizou o goleiro linha. Com essa situação, Faisal escolheu Lucão, Isaac, Webbster, Índio e Shaina para iniciar a partida

Do lado do Cruzeiro, sem contar com Neto – expulso na última partida-, Yasser, Bernardo e Jeffe lesionados, além de Diniz, dispensado, Henrique Biaggi tinha duas novidades à sua disposição: Marcelinho (fixo) e Wesley Barbosa (ala-pivô), recém integrados ao elenco. Em função disso, o técnico da equipe celeste optou por iniciar a partida com Nico, Raime, PK, João Vítor e Tanque, tentando “fazer com que a falta seja diminuída”, mas esperando que os reforços pudessem superar as dificuldades do pouco tempo para encaixar no time.

Cruzeiro e América Futsal em igualdade no primeiro tempo

Henrique Biaggi insistiu com a formação inicial mais tempo que normalmente aconteceria, satisfeito com a atuação da equipe que se movimentava bem, tinha boa posse de bola e ainda conseguia fazer uma forte marcação. Enquanto o placar esteve em zero a zero, o América teve somente uma oportunidade, aos 2 minutos, quando o goleiro Lucão fez bom passe, por cobertura, nas costas de João Vítor, e Webbster finalizou para defesa de Nico.

Com boa movimentação de PK e João Vítor, contando com chegadas de trás de Raime, principalmente em jogadas de pivô de Tanque, o Cruzeiro dominou as ações, mas tinha suas finalizações mal direcionadas ou interceptadas pela forte marcação do América, que fez algumas trocas na tentativa de conseguir mais posse de bola e jogadas de ataque, conseguindo obrigar Nico a duas boas intervenções em jogadas de Pepê.

Depois de boa jogada de João Vitor (20) e Tanque (17), PK (ao fundo na foto) abriu o marcador contra o América Futsal
Depois de boa jogada de João Vitor (20) e Tanque (17), PK (ao fundo na foto) abriu o marcador – Foto: Luiz Loureiro/Agência Primaz

Aos cinco minutos, em marcação alta do Cruzeiro, ainda com sua formação original, João Vítor interceptou uma tentativa de passe de Diogo e passou para tanque, deslocado pela esquerda, dentro da área. O goleiro Lucas tentou fechar o ângulo de chute, mas o atacante serviu PK, livre dentro da área, sem goleiro à sua frente, abrindo o marcador.

Apenas um minuto depois o América chegou à igualdade. Em boa jogada pelo meio, Caíque driblou um adversário e chutou forte, rasteiro, no canto direito de Nico que fez defesa parcial, mas viu Diogo (14) aproveitar o rebote.

A partir daí a partida teve momentos de franca trocação, com boas jogadas de ambos os lados, embora o Cruzeiro tivesse maior posse de bola, mas com suas tentativas anuladas pela forte defesa do adversário, que interceptava a maioria dos arremates cruzeirenses.

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No intervalo, o goleiro Lucão reconheceu uma certa superioridade do Cruzeiro na parte final do primeiro tempo, especialmente em função dos desfalques do América, e ressaltou que a equipe iria precisar de mais posse de bola na etapa final. “A gente veio com a proposta de tentar segurar [a bola] um pouco na defesa. Querendo ou não, estamos bem desfalcados, e nesse último finalzinho do primeiro tempo o Cruzeiro dominou mais, teve mais chances. Mas o jogo foi muito amarrado e apostamos bem na transição. Eu acho que a gente tem que ficar mais com a bola, porque o Cruzeiro é um time que finaliza bastante bem. Então a gente tem que ficar um pouco mais com a bola para a gente sofrer menos”, declarou o goleiro.

Com boa atuação no primeiro tempo, Tanque ressaltou que a qualidade de seus companheiros ajudou em sua performance, reconhecendo que ficou faltando um pouco de tranquilidade em algumas jogadas, quando o passe era a melhor opção em relação ao arremate. “Com certeza, trabalhar com jogadores de muita qualidade, igual você citou, o João Vitor e o PK, facilita um pouco o nosso serviço. O time deles está muito fechado, marcando bem… A gente sabe disso e temos que pensar melhor na hora de finalizar ou dar o passe. É a gente trabalhar a bola que vai sair lá na frente e vai fazer o gol mais facilmente”, finalizou o pivô cruzeirense.

Segundo tempo com desvantagem e empate do América Futsal

O Cruzeiro volta com a mesma formação do início da partida e retoma as rédeas do jogo, marcando alto, mantendo maior posse de bola, impedindo as ações do América e levando perigo ao gol defendido por Lucão. Já aos 2 minutos, uma boa jogada começa com João Vitor, no lado direito, quase sobre a linha do meio da quadra. PK se desloca e atrai a atenção de um defensor, Tanque se apresenta no pivô, recebe a bola e atrasa para Raime, de novo sobe a linha divisória, mas pela esquerda. O fixo coloca a bola à frente para João Vítor, no corredor formado pelo deslocamento de Tanque e o ala bate forte e rasteiro, de pé esquerdo, vencendo o goleiro do adversário e colocando a equipe celeste em vantagem no placar.

Na saída de bola, erro da defesa e a bola se oferece para João Vitor que toca por baixo do goleiro, ampliando o placar.

Com a vantagem, animado pela festa da torcida, o Cruzeiro tenta esfriar o jogo, com trocas de bola na defesa, mas o América Futsal tentar reagir e, em algumas ocasiões ameaça o gol defendido por Nico.

Com a necessidade de trocas, o Cruzeiro perde fôlego e não consegue mais se impor, passando a sofrer com as investidas do América, passando a fazer marcação baixa e acumular faltas, além de permitir ao goleiro Lucão a atuar como se fosse um fixo, recebendo e distribuindo passes a partir de sua intermediária de defesa.

Aos 7 minutos do segundo tempo, o América Futsal diminui o placar. Na cobrança de uma falta, a bola é rolada na direita para Caíque que corta para o meio e bate forte, rasteiro, no canto esquerdo de Nico, que não consegue defender.

O gol acorda o Cruzeiro, mas as oportunidades não aparecem, exceto aos 10 minutos, quando Marcelinho, em excelente jogada, toca para João Vítor no meio da areia. O ala domina de direita e tenta encobrir Lucão, mas a bola passa acima do travessão. Quatro minutos depois, para desespero da torcida, a equipe celeste comete sua quinta falta e fica acuada diante da maior iniciativa de jogo do América.

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Destaque do América Futsal, Caíque (29) deu uma assistência, marcou uma vez, e participou da jogada do gol de empate
Destaque do América, Caíque (29) deu uma assistência, marcou uma vez, e participou da jogada do gol de empate – Foto: Luiz Loureiro/Agência Primaz

Faltando 3 minutos para o término do jogo, depois de duas boas chances de gol para a equipe celeste, o América começa a utilizar Pepê (10) como goleiro linha, com estratégia de jogo traçada em um pedido de tempo do técnico Faisal Saab. Na segunda participação do goleiro-linha, em três toques rápidos, a bola foi cruzada rasteira para a área por Caíque, Marcelinho se atrapalhou e tocou contra as próprias redes, empatando a partida.

Em seguida, satisfeito com o resultado, o América passou a tocar a bola com lentidão, enquanto o Cruzeiro tentava desesperadamente desempatar o jogo, o que poderia ter acontecido em duas oportunidades, uma com Marcelinho e outra com Raime.

Avaliações pós-jogo

Para Marcelinho, que chegou a sentir um mal-estar poucos minutos antes do final do jogo, a jogada do gol contra “foi uma infelicidade, um pouco de falta de comunicação”, já que, no entendimento dele, não havia ninguém no segundo pau, embora as imagens do jogo demonstrem que um adversário estava sim em condições de finalizar, caso a bola passasse pelo defensor.

O técnico Henrique Biaggi gostou da solução encontrada para a escalação da equipe, mas lamentou a perda de várias oportunidades. “Eu trouxe o João Vitor para a ala e coloquei o Tanque lá na frente e, nos treinamentos, veio dando muito certo, assim como hoje deu muito certo também. Infelizmente a gente não conseguiu converter os gols que a gente perdeu e, agora, é buscar a classificação lá, buscando a vitória na casa deles”.

Herói do empate, Caíque comemorou muito sua atuação e, principalmente, o empenho da equipe, mesmo desfalcada e com desvantagem no placar. “O América é isso, o América é raça até o final. A gente saiu perdendo de 3 a 1, conseguimos buscar o empate, e agora vamos para a nossa casa. E, se Deus quiser, a gente vai sair com a vitória”, comemorou o ainda jogador sub-20.

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