- Mariana
Colunista da Agência Primaz lança livro em Mariana
Obra reúne 27 dos 112 textos publicados por Giseli Barros
Nessa sexta-feira (22), o auditório da Casa de Cultura – Academia Marianense de Letras recebeu o lançamento do livro de cronicontos “Ciclos Gaiolas e Muros”, da acadêmica e colunista da Agência Primaz, Giseli Barros. Fizeram parte da roda de conversa o jornalista e professor aposentado da UFOP, Luiz Loureiro; a professora universitária Magna Campos; o advogado Saulo Camêllo; e a autora, que ao final, durante um café colonial, autografou exemplares de seu livro.
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Saudações iniciais à colunista e escritora Giseli Barros
O presidente da Casa de Cultura – Academia Marianense de Letras, Prof. Dr. José Benedito Donadon Leal, abriu a sessão, frisando a importância do curso de redação na vida de um escritor e do professor mostrar ao aluno como é que se faz, publicando seus textos, parabenizando Giseli Barros pelo lançamento de seu primeiro livro solo.
Em seguida os integrantes da mesa analisaram as crônicas da autora, apontando aspectos relevantes da obra e falando sobre a trajetória da autora e detalhes sobre a produção do livro.
De acordo com Saulo Camêllo, o livro de Giseli Barros é composto por textos que “exploram o cotidiano com uma sensibilidade ímpar, em uma narrativa caracterizada pela leveza e perspicácia, trazendo à tona temas corriqueiros que ganham profundidade e ressonância emocional”. Para acadêmico que desempenhou a função de mestre de cerimônias do evento de lançamento, as palavras de Gisele atravessam “temas como tempo, saudade, liberdade, lutas, resistência e a busca por significado dos ciclos da vida, assim como as gaiolas e muros que nos remetem aos limites.
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Como nasceu o livro da colunista Giseli Barros
Coube à acadêmica Magna Campos contar detalhes de como se deu o processo de criação do livro. Depois de várias recomendações feitas a Giseli Barros, Magna resolveu tomar para si a tarefa de analisar, organizar e selecionar os textos publicados pela colunista no site da Agência Primaz, assim como foi sua a ideia do título. “Eu ficava injuriada de ver os textos de Gisele, anos após anos, sendo publicados no jornal. E eu sempre falava com ela: ‘Você tem material para fazer 23 livros. Já está na hora de começar a materializar’”, relembrou
Segundo Magna, a resposta de Giseli sempre era: “Vou ver isso…, vou ver isso…, vou ver isso”, sem que nenhuma iniciativa fosse efetivamente tomada. Aí, aproveitando-se da amizade de longa data, desde os tempos do ensino médio, Magna resolver empreender a tarefa, executada em etapas entremeadas por sentimentos de receio por estar sendo ousada demais.
“E aí eu mandei para ela, por e-mail. Inclusive o e-mail chamava se presentinho: ‘Eu mandei um presentinho para você e toma vergonha na cara!. E faça!”, revelou Magna.
Outro detalhe interessante, tratado por Magna, foi a explicação do termo “cronicontos”, para definir o estilo dos textos da colunista. “Eu sempre leio [os textos de Giseli publicados no site] e dou um retorno para ela. E do primeiro ano para o segundo, para quem está lendo, você sempre percebe uma diferenciação dos textos. Ela começou a escrever crônicas e, no segundo ano, não conseguia chamar de crônicas. Mas também não conseguia chamar de contos, porque ele [texto] era um misto das duas coisas”, pontuou.
Daí, então, a partir de um texto com a análise de algumas crônicas de Carlos Drumond de Andrade, Magna conta que passou a adotar o termo cronicontos. “Acho que é super cabível essa classificação, porque os textos não são contos puros, porque eles têm a dimensão de crônica, eles têm a intenção de crônica, mas eles têm o gosto do humano narrando e sendo narrado, que é típico do conto, não é?”, complementou.
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Na sequência coube a Luiz Loureiro fazer algumas considerações sobre como a colunista foi apresentada a ele por Andreia Donadon Leal, mencionando a pontualidade e a disciplina da colunista para entregar os textos e os áudios das narrações, bem como de sua apreensão e alegria ao ser convidado para escrever o prefácio de “Ciclos, Gaiolas e Muros”, tarefa que nunca tinha tido oportunidade de realizar.
“Cada crônica de Giseli Barros é uma viagem emocional, capaz de despertar sentimentos profundos e sinceros. Ela nos ensina a enxergar sorrisos onde antes só víamos lágrimas, a encontrar alegria na simplicidade e a buscar o amor, mesmo nas adversidades. São textos cuidadosamente construídos, que revelam uma escritora talentosa e apaixonada por seus personagens e histórias”, pontuou Luiz Loureiro, lendo um trecho do texto do prefácio.
Palavra de Giseli e homenagens de familiar e alunos
A participação de Giseli Barros na mesa do evento foi centrada na narrativa de sua longa amizade com Magna Campos e, principalmente, em agradecimentos a todos e todas que, de alguma forma permitiram que o momento acontecesse.
Depois de relembrar a forma como iniciou a publicar como colunista da Agência Primaz, Giseli falou sobre seu processo criativo, baseado na observação do cotidiano, ressaltando que, propositalmente, não coloca nomes nas personagens. “E se vocês observarem, não há nome para os personagens, é ele, ela, a menina, o rapaz… Porque eles estão aí diluídos no nosso dia a dia. E muitas vezes a gente, nós vemos tudo acontecendo, né? No nosso entorno, todos os dias, e na nossa vida também. Mas tudo muito diluído”, destacou a colunista.
Depois de uma nova participação de João Pedro, um dos alunos do Colégio Flecha presentes, que inclusive já tinha, no início do evento, lido o texto “Tempo, amor e saudade”, que abre o livro, Giseli foi presenteada com um buquê de flores entregue por seu irmão Wallace. Em seguida, para encerrar o evento, antes dos autógrafos e do café colonial, aconteceu uma apresentação musical de Otávio, Miguel, Mateus e Lua Clara, alunos de Giseli no Colégio Flecha.