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Hoje é segunda-feira, 10 de março de 2025

Boletos podem ser pagos por Pix desde segunda-feira (03/02)

QR Codes específicos para pagamento possibilitam a transação com efeito financeiro instantâneo

Resolução do Banco Central moderniza o mais tradicional meio de pagamento de contas, permitindo o pagamento via PIX
Resolução do Banco Central moderniza o mais tradicional meio de pagamento de contas – Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

A partir dessa segunda-feira (03), os boletos podem ser pagos não apenas por código de barras, mas por meio de outros instrumentos, como o Pix, quando entrou em vigor uma resolução aprovada pelo Banco Central (BC) em dezembro, modernizando o tradicional boleto bancário, incluindo um código QR específico para pagamento via Pix. Basta o usuário apontar o celular e concluir a transação. A grande vantagem é que a operação por Pix é compensada instantaneamente, sem necessidade de esperar vários dias, como ocorre com parte dos boletos bancários atuais.

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Boleto Dinâmico

Outra novidade aprovada pela resolução de dezembro ainda depende de instrução normativa do BC para entrar em vigor. O boleto de cobrança dinâmico (ou boleto dinâmico) permite a transferência de titularidade de papéis quando a dívida é comercializada e troca de mãos.

Segundo o BC, a ferramenta vai trazer mais segurança nos pagamentos de dívidas em cobrança representadas por certos tipos de títulos, como a duplicata escritural prevista na Lei nº 13.775, de 20 de dezembro de 2018, cabendo à instrução normativa definir os tipos de ativos financeiros que podem ser vinculados ao boleto dinâmico.

Como esses títulos podem ser negociados, o BC considera fundamental garantir a segurança, tanto para o pagador quanto para o credor, de que os pagamentos serão destinados ao legitimo detentor de direitos. Para assegurar a destinação correta dos pagamentos automáticos, o boleto dinâmico será vinculado ao título, emitido digitalmente em sistemas autorizados pelo BC.

De acordo com o Banco Central, a criação do boleto dinâmico representa enorme avanço para modernizar o sistema financeiro e dar mais segurança na negociação de importantes tipos de títulos essenciais ao fomento de empresas, especialmente as de pequeno e médio porte.

Em relação às duplicatas escriturais, a segurança se estende tanto ao sacado, devedor da dívida, que, se utilizando do mesmo boleto que lhe foi apresentado por meio físico ou eletrônico, conseguirá cumprir de forma automática a sua obrigação de realizar o pagamento ao legítimo credor da duplicata, quanto ao financiador que adquiriu o título, que não precisará realizar trocas de instrumentos de pagamento para garantir o recebimento dos recursos adquiridos”, explicou o órgão em nota em dezembro.

Como os sistemas de escrituração ou de registro que vão dar suporte digital a esses títulos ou ativos ainda estão em implementação, o boleto dinâmico vai ser adotado em até seis meses após a aprovação de pelo menos um desses sistemas.

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Instabilidade do Pix

Sistema de transferências instantâneas ficou indisponível para instituições e usuários do Pix

Um problema na rede do Sistema Financeiro Nacional provocou instabilidades no Pix no início da tarde dessa sexta-feira (07). O sistema de transferências instantâneas ficou fora do ar em alguns bancos e para alguns usuários. Segundo o Banco Central, a situação foi normalizada no final da tarde.

Em nota, o BC – responsável por administrar o Pix – informou que o problema não atingiu os sistemas do órgão, mas afetou a rede do Sistema Financeiro Nacional, que interliga as instituições financeiras ao Banco Central. “Os sistemas do BC funcionam normalmente. Alguns participantes enfrentaram dificuldades de acesso aos sistemas do BC por conta de problemas na Rede do Sistema Financeiro Nacional. Os planos de contingência de rede foram acionados. A situação já está retornando à normalidade”, informou o BC em nota.

Segundo o site Down Detector, que monitora em tempo real reclamações sobre empresas, as queixas sobre instabilidades no Pix começaram pouco depois das 12h30. O pico foi registrado às 13h08, com 1.609. Em seguida, o volume de queixas caiu e estava em 41 às 16h23. Normalmente, o Down Detector registra uma reclamação por minuto em relação ao Pix.

Ainda de acordo com o Down Detector, os clientes das seguintes instituições tiveram problemas com o Pix: Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nubank, Bradesco, Inter, C6 Bank, Santander e Sicoob, entre outros.

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Transações por Pix voltam a aumentar na segunda metade de janeiro

A partir de 16 de janeiro, número de transferências por Pix superou volume de transações realizado na segunda quinzena de novembro
A partir de 16 de janeiro, número de transferências superou volume de transações realizado na segunda quinzena de novembro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Após a onda de fake news de uma falsa taxação do Pix, o volume de transações voltou a se aproximar da média histórica na terceira semana de janeiro. Dos dias 16 a 27, o número de transferências totalizou 1,923 bilhões, representando alta de 0,24% em relação aos mesmos dias de novembro, segundo as estatísticas do Sistema de Pagamentos Instantâneo (SPI) do Banco Central.

O levantamento vai do dia seguinte à revogação da norma que modernizava a fiscalização do Pix e de outros tipos de transferências financeiras até a última segunda-feira (27) de janeiro. Por causa de uma onda de desinformação, que acarretou fraudes, como falsos boletos de cobrança de impostos e crimes à ordem econômica, como cobrança de preços diferenciados entre Pix e outras modalidades, a Receita Federal cancelou a instrução normativa que tinha entrado em vigor em 1º de janeiro.

Em relação a dezembro, o volume de transferências via Pix caiu 13,1% na comparação entre os dias 16 e 27. No entanto, o último mês do ano historicamente tem um pico de transferências por causa do pagamento do décimo terceiro salário, das compras de Natal e das férias de fim de ano. Dessa forma, o padrão histórico mais apropriado de comparação é com o mesmo período de novembro.

A onda de desinformação sobre o Pix na primeira quinzena de janeiro fez o volume de transações cair 13,4% de 1º a 15 de janeiro em relação a dezembro. Na comparação com o mesmo período de novembro, o recuo chegou a 6,7%. Além de revogar a norma, o governo editou uma medida provisória (MP) que reforça a isenção de impostos e o sigilo bancário sobre o Pix, princípios já garantidos pela Constituição. A MP também proíbe a cobrança de preços diferenciados pelo comércio para transações via Pix.

Fonte: Agência Brasil

Foto de Luiz Loureiro
Luiz Loureiro é jornalista graduado pela UFOP, fundador, sócio proprietário e editor chefe da Agência Primaz de Comunicação.