- Mariana
Prefeitura promete solução definitiva na Rua Hélvio Morais
Obra tem custo inicial estimado em aproximadamente R$4 milhões
Considerada uma das quatro obras emergenciais a serem encaradas no início do mandato de Juliano Duarte (PSB), a troca do tubo subterrâneo de coleta de águas pluviais situado na Rua Hélvio Morais tem início previsto para esta segunda-feira (17), com prazo de 120 dias para conclusão, ao custo inicial de aproximadamente R$ 4 milhões. Porém, tanto o valor quanto o prazo podem sofrer modificação, uma vez que a obra, a ser feita inicialmente em 100 metros da via, pode revelar a necessidade de trocar uma extensão maior do antigo tubo Armco pelo novo tudo PEAD (polietileno de alta densidade).
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Rua Hélvio Morais pede intervenção emergencial e definitiva
Rua Monsenhor Rafael Coelho, Rua Perimetral Sucupira e distrito de Águas Claras formam, junto com a Rua Hélvio Morais, segundo o prefeito Juliano Duarte, o quarteto de obras emergenciais a serem enfrentadas neste início de mandato. “Não são obras que o Juliano e a Sônia querem fazer por fazer. São obras que nós somos obrigados a fazer primeira obra mais emergencial que nós identificamos. Então a gente não pode ser omisso numa obra emergencial”, afirmou Juliano durante a cerimônia realizada no local onde, mais uma vez, a rede de águas pluviais sofreu colapso.
Destacando que somente a partir de 23 de janeiro o orçamento municipal permitiu ações relacionadas à execução de despesas, e ressaltando que encontrou a Prefeitura sem dívidas, mas também sem dinheiro em caixa, Juliano agradeceu às equipes das secretarias de planejamento e obras, juntamente com a Controladoria e a Procuradoria Jurídica, pelo empenho para que a contratação pudesse ser feita emergencialmente, em tempo recorde, possibilitando o início a obra coincidindo com a fase final do período de chuvas.
Mencionando as ocasiões anteriores em que os moradores da Rua Hélvio Morais passaram pelos mesmos transtornos, Juliano expressou sua preocupação nesse sentido, bem como na questão material dos imóveis, prometendo uma obra que vai solucionar definitivamente o problema.
“O que nós temos aqui ao lado não são casas, eu falo que são sonhos. Quem tem uma casa tem um sonho e hoje esse sonho ele está comprometido. E se acontecer qualquer questão de uma casa sofrer abalo na sua estrutura, uma casa cair, quem tem que pagar essa conta é a prefeitura municipal de Mariana, somos todos nós. (…) E eu quero uma obra que seja definitiva, que na próxima chuva todo mundo tenha tranquilidade de dormir, de poder sair da sua casa”, afirmou o prefeito.
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Dificuldades e desafios para a execução da obra
Instalado a 11 metros de profundidade, o tubo metálico, conhecido como tubo Armco, vem apresentando colapsos recorrentes, exigindo intervenções que são complexas em relação aos cuidados de segurança, tanto dos trabalhadores quanto da estabilidade dos imóveis no entorno. Isso porque trata-se de um material extremamente instável, exigindo escoramento metálico à medida em que são feitas as escavações.
“A rua é bem afunilada, com moradias e comércios dos dois lados, e você faz uma escavação num solo ruim, que necessita de fazer o que a gente chama de um escoramento contínuo. E o escoramento que será feito de duas etapas para que você possa minimizar os riscos de desabamentos. Então você faz uma primeira escavação, um primeiro escoramento. E na metade da profundidade, aí você abre uma outra vala também escorada. O material não tem muita coesão, então tem risco de desabamento e o maior desafio é você construir as condições para executar a troca de tubulação do governante”, esclareceu Renan Lucas, responsável pela empresa RR Engenharia, contratada para executar a obra.
Explicando tecnicamente os serviços a serem executados, o secretário de Obras de Mariana, André Belico, destacou que, inicialmente serão abertos 100 metros ao longo da Rua Helvio Morais, para substituição do tubo metálico pelo tubo de polietileno corrugado. Segundo o engenheiro, trata-se de enfrentar o problema de frente, e não fazer paliativos de reforço do tubo original, que já se encontra completamente comprometido por corrosão e colapsos estruturais.
“A diferença [entre a atual e as intervenções anteriores] é estrutural. Eu vou trocar a tubulação, eu não vou refazer e nem reforçar. Eu realmente fiz um estudo de todas as obras que foram executadas aqui anteriormente e elas foram pontuais. As obras desciam lá embaixo, identificavam a tubulação, identificava se tinha uma abertura ou não e envelopava novamente. A minha proposta é que a gente troque a tubulação como um todo, porque ela já está comprometida”, declarou André Belico.
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Histórico de problemas e preocupações de moradores da Hélvio Morais
Não é a primeira vez que moradores e moradoras da Rua Hélvio Morais passam por transtornos decorrentes da rede pluvial que está situada a mais de 10m de profundidade, e que é datada da época de um dos governos de João Ramos Filho, quando a implantação do bairro Vila do Carmo. Os problemas, entretanto, foram intensificados depois da construção do túnel-bala, em 2011, durante o governo interino do então Presidente da Câmara, Geraldo Sales, conhecido como Bambu.
“Agradeço a todos, desde já, e reconheço que é muito importante que as obras aconteçam de forma organizada. E vamos apoiar essa medida que é em prol de todo o bairro, em prol da cidade de Mariana. Agradeço a todos moradores proprietários, que têm esperança nessa nova gestão, com a certeza de que o problema será solucionado”, afirmou Alex Sandro de Souza Reis, presidente da Associação do Bairro Vila do Carmo, primeiro a se manifestar na cerimônia.
Outras pessoas, entretanto, principalmente comerciantes e empresários que dependem do tráfego de veículos e de clientes, manifestaram preocupação com a logística da obra, receosos de prejuízos financeiros durante os quatro meses de duração da obra.
Em conversa com o representante da empresa RR Engenharia e com o secretário André Belico, ficou acertado que a operacionalização da intervenção, principalmente em termos de interrupção do tráfego na via, será estudada e apresentada previamente aos interessados, já tendo sido agendada uma reunião na Secretaria de Obras, nesta quarta-feira (19), para início das discussões relacionadas ao tema, inclusive quanto aos impactos estruturais que já foram ou podem vir a ser causados nos imóveis nas imediações da obra.
Apesar disso, conforme declarado por André Belico, a escavação do trecho inicialmente previsto para a substituição da tubulação é que vai definir a necessidade ou não de ampliação da intervenção, o que pode provocar aditivo contratual e aumento do tempo de obra.
