- Ouro Preto
Orquestra Ouro Preto une tradição e inovação em novo álbum
A Orquestra de Ouro Preto lançou na última sexta-feira (21), seu novo álbum “Villa-Lobos, Piazzolla e Mehmari”, que reuniu interpretações de grandes nomes da música latino-americana, do passado e do presente.
- Maria Eduarda Marques
- Supervisão: Lui Pereira

A Orquestra de Ouro Preto marcou seus 25 anos de história musical com uma turnê pela Europa no início do ano e com uma celebração de aniversário no Teatro Municipal – Casa da Ópera, no dia 17 de março. Entre os eventos de comemoração, o grupo também fez o lançamento do seu 23º álbum, “Orquestra Ouro Preto: Villa-Lobos, Piazzolla e Mehmari”, na última sexta-feira (21). O álbum reúne interpretações de compositores brasileiros e internacionais, o que reforça a presença da Orquestra no cenário internacional, como uma das mais ouvidas e referenciadas da América Latina.
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Villa-Lobos, Piazzolla e Mehmari
O álbum abrange novas interpretações de obras de compositores latino-americanos pela Orquestra de Ouro Preto, o que proporciona a união de versatilidade e excelência, uma das marcas mais reconhecidas da Orquestra.
O Maestro Rodrigo Toffolo, diretor artístico e regente titular da Orquestra, explica que a música latino-americana já faz parte da formação do grupo, que nasceu sob os ensinamentos do mestre argentino Rufo Herrera, um dos maiores compositores e bandoneonistas do mundo. “É missão de um grupo como o nosso ampliar o conhecimento sobre a nossa memória musical, entendendo o Brasil, com toda sua diversidade e magnitude, como parte dessa latinidade”, evidencia o maestro.

Rodrigo também conta que o processo de concepção e gravação do álbum foi uma jornada enriquecedora, de grande aprendizado, devido ao trabalho minucioso. “Passamos por um processo de ensaios intensos, onde buscamos entender cada nuance das partituras e, ao mesmo tempo, criar uma sonoridade que representasse a Orquestra de forma autêntica”, explica o maestro.
Entre as interpretações, destaca-se a Bachianas Brasileiras nº 9, de Heitor Villa Lobos (compositor, maestro, violoncelista, pianista e violonista mais significativo do século XX na música clássica brasileira). A nova interpretação da orquestra preserva a sofisticação e a identidade da obra original, que faz parte de uma série composta pelo maestro brasileiro entre 1930 e 1945, criada em homenagem a Johann Sebastian Bach.
De Astor Piazzolla, compositor argentino responsável por revolucionar o ritmo tradicional portenho com o bandoneón (que tem aparência similar à sanfona), o álbum traz o clássico Suíte del Ángel, com arranjos do maestro e orquestrador José Carli. Com seu profundo conhecimento da obra, Carli captou a essência das obras e as adaptou de maneira inovadora para as cordas da Orquestra Ouro Preto.
Já “Canções para as Estações”, do pianista, compositor e arranjador brasileiro André Mehmari, foi inspirada nos sonetos de abertura de “As Quatro Estações”, de Antonio Vivaldi. A canção traz a voz da soprano Marília Vargas, uma das principais vozes do cenário brasileiro do canto lírico, com uma abordagem inovadora da obra do compositor e músico do estilo barroco italiano. Cada uma das estações recebeu um tratamento diferenciado.
O Maestro Rodrigo ainda afirma que buscaram não apenas celebrar as obras dessas três figuras fundamentais da música (Villa-Lobos, Piazzolla e Mehmari), mas também dialogar com a riqueza cultural e a diversidade da música clássica brasileira e mundial, equilibrando a tradição e a modernidade.
O lançamento ganha ainda mais relevância no cenário internacional com a distribuição mundial pelo Naxos, considerado o selo de música clássica mais importante do mundo, o que garante a difusão da música brasileira e latino-americana.
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Orquestra Ouro Preto
No ano de 2000, Rufo Herrera e Ronaldo Toffolo, associados a um grupo de instrumentistas que integravam o grupo Trilos e o Quarteto Ouro Preto, criaram a Orquestra Experimental da UFOP, hoje Orquestra Ouro Preto. É formada por cerca de 20 músicos, aos quais se associam músicos convidados, em função do repertório a ser executado.

A Orquestra Ouro Preto tem atuação marcada pelo experimentalismo e ineditismo, sendo uma das mais prestigiadas do país. Passou pelas principais salas de concerto do Brasil, com turnês de sucesso em apresentações na Inglaterra, Portugal, Espanha, Argentina e Bolívia.
A qualidade da sua discografia também pode ser comprovada com o Prêmio da Música Brasileira 2015 de Melhor Álbum de MPB, com o Valencianas, parceria com o músico pernambucano Alceu Valença. A orquestra recebeu também uma indicação ao Grammy Latino 2007 por Melhor Disco Instrumental com o álbum “Latinidade” , que teve distribuição mundial também pelo selo Naxos, assim como os álbuns Latinidade: Música para as Américas e Antonio Vivaldi: Concerto para Cordas.
Nesse sentido, o compromisso com a música brasileira, sobretudo de concerto, é uma das prioridades da Orquestra Ouro Preto.
Ouça o álbum “Orquestra Ouro Preto: Villa-Lobos, Piazzolla e Mehmari” no Spotify.

