Luiz Loureiro/Agência Primaz
As melhores campanhas da fase de classificação foram premiadas com as vagas para a final do campeonato de 2019 da 1ª Divisão de Mariana, promovido pela Liga Esportiva de Mariana (LEMA). Neste sábado (02), Olimpic e São Caetanense eliminaram, respectivamente, Guarany e Meninos da Vila, e vão disputar o título em partidas de ida e volta, a partir do próximo final de semana.
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Campanhas
O Olimpic terminou a fase de classificação invicto, e em primeiro lugar no Grupo A, com 16 pontos. Foram cinco vitórias e um empate, com 20 gols marcados e 9 sofridos. Já o São Caetanense superou seus adversários no Grupo B, somando 15 pontos (cinco vitórias e uma derrota). O único insucesso foi diante do 1º de Maio, em agosto, jogando fora de casa. O ataque azul e branco marcou 14 vezes e a defesa sofreu 8 gols.
Na fase quartas-de-final o Olimpic atropelou o 1º de Maio (quarto colocado no Grupo B), com duas vitórias (4×2 e 4×1), enquanto o São Caetanense, mesmo perdendo a partida de ida para o Oito de Dezembro (1×2), conseguiu a classificação na partida jogada em casa, vencendo por 3×1.
Na partida de ida da semifinal, Olimpic empatou em 2 a 2 com o Guarany. Para chegar à final, o São Caetanense venceu o Meninos da Vila duas vezes, ambas por 2×1.
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Olimpic x Guarany
A partida de volta, foi realizada no Estádio do Olimpic, que recebeu um bom público. Os técnicos das duas equipes foram obrigados a fazer modificações nas escalações, em relação à partida anterior. No Olimpic, Joaquim não pôde contar com Vitinho, suspenso pelo 3º cartão amarelo e também teve desfalques na defesa.
Geraldo Mozart, técnico do Guarany, precisando da vitória, planejou mudar o esquema com três volantes. Não podendo contar com Igor, pretendia começar a partida com Flávio na zaga e Tubarão ao lado de Têco como volantes. Como Têco chegou atrasado, Mozart escalou Wallace na lateral direita, passou Pulgão para a zaga e Flávio para volante, encarregando Jeovani e Marcus Vinícius da armação das jogadas.
1º tempo
Mesmo precisando só de um empate o Olimpic se lança ao ataque desde o início do jogo. Aproveitando que os jogadores do Guarany tinham muitas dificuldades para manter o domínio da bola, devido ao gramado muito duro, os alvirrubros criam três boas chances nos primeiros 20 minutos, mas as jogadas não chegam a oferecer perigo efetivo para o goleiro Pedro. Só aos 23′ o Guarany consegue chegar bem ao ataque. Sinha recebe a bola na esquerda, parte em diagonal, passa por dois adversários e bate forte, rasteiro, no canto direito de Elvis. Ele consegue tocar na bola que bate na trave, ganha altura e volta para a área. Gui tenta aproveitar o rebote, a bola toca no chão, ganha altura novamente e o atacante completa para o gol, mas a cabeçada sai muito fraca, permitindo a recuperação do goleiro.
A partir daí os jogadores da equipe alviverde procuram equilibrar as ações, com mais tempo de posse de bola, principalmente através de Marcus Vinicius e Jeovani que tentam jogadas de aproximação e troca rápida de passes. Mas ainda é o Olimpic que cria as jogadas mais agudas. Aos 25′ Michael, Rato e Roger trocam passes. O lançamento encontra Zuzu livre na área. Ele chuta muito mal, a bola ganha altura e vai fraca para as mãos de Pedro. Aos 31′ Elvis sai do gol, pega a bola no alto, depois de um escanteio, e faz ligação direta com o ataque. Zuzu divide com a zaga, a bola sobra para Saulo que passa por Wallace, vai ao fundo e toca para trás. Zuzu acompanha a jogada mas chega atrasado e a bola atravessa a área, sendo recuperada pelo lateral Daniel.
As respostas do Guarany só acontecem no fim da primeira etapa. Aos 40′ Marcus Vinícius cobra falta da esquerda. A defesa alivia e a bola sobra para Sinha, fora da área. O chute sai alto, sem perigo para Elvis. Três minutos depois, em jogada de contar-ataque, Gui briga com a zaga, ganha a jogada e toca na direita para Flávio. Ele arremata forte, mas à esquerda de Elvis.
Intervalo
Joaquim, técnico do Olimpic, resolve mudar a equipe e chama Felipe (10) para entrar no lugar de Zuzu (7).
“Ele [técnico do Olimpic] pediu para intensificar um pouquinho lá na frente, porque nosso time ficou um pouco preso, não teve jogadas individuais” (Felipe)
No Guarany, Geraldo Mozart prepara Têco (8) para entrar no lugar de Tubarão (15). A ideia é dar mais mobilidade para o time e melhorar a saída de bola.
“Eu preciso ganhar o jogo. O empate não favorece o Guarany. Têco é um volante moderno, sai pro jogo, vai pro ataque”(Mozart)
É muito perceptível o clima tenso da partida. Na primeira etapa muitas reclamações dos jogadores em campo, assim como dos reservas e das comissões técnicas na lateral do campo. Mesmo assim o árbitro Thiago Freitas consegue manter o domínio do jogo. Com apenas 13′ de intervalo as equipes já estão em campo, aguardando o retorno da arbitragem.
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Etapa final
A entrada de Têco realmente melhora a saída de bola do Guarany. Com a posse de bola, Têco se coloca como um armador, ao lado de Marcus Vinícius e Jeovani, mas as jogadas de ataque não tem prosseguimento, principalmente com Gui, que não consegue ganhar dos zagueiros. Em um escanteio da esquerda, aos 7′, Breno sobe mais que os zagueiros e cabeceia, mas a bola sobe muito, sem perigo para Elvis. Na jogada seguinte, há um choque entre dois jogadores próximo à área do Guarany. O juiz demora a sinalizar e marca falta da defesa. Muitas reclamações e Marcus Vinícius é advertido com cartão amarelo. O quarto árbitro, Evanício Ramos, começa a ter dificuldade para conter os ânimos entre reservas e comissões técnicas das duas equipes. Na cobrança de falta, Pedro espalma e coloca a bola para escanteio.
Incomodado com a falta de gols, Geraldo mexe na equipe já aos 12′: Jeovani (10) é substituído por Vinícus (14) e o Guarany passa a jogar com 3 atacantes. Aos 14′ Silas (Olimpic) e Pulgão (Guarany) discutem e trocam empurrões, sendo advertidos com cartão amarelo. O jogo começa a ficar mais disputado, com muitas faltas e reclamações. No Olimpic, Gustavo (11) entra no lugar de Saulo (30).
Bom ataque do Olimpic aos 25′. Bola esticada para Felipe na direita, ele avança e bate, mas Pedro coloca para escanteio. No meio, Iracles entrava livre, em condições de completar a jogada. Logo depois Rato (8) sente uma fisgada na coxa e é substituído por Alexsandro (2). Aos 33′ Marcus Vinícius sai e Luan (7) entra. Diego (17) substitui Wallace (4) e Flávio passa para a lateral direita. O Guarany vai para o abafa, com 4 atacantes, e dois laterais que avançam junto com Têco e Diego. Co a posse de bola o sistema tático fica no quase suicida esquema 2-4-4.
Sinha faz boa jogada aos 36′. Ganha de dois zagueiros e bate cruzado. Elvis dá rebote e Gui desperdiça uma chance incrível. Em contra-ataque, Fábio ganha de Pulgão e Breno na base do vigor físico e tenta colocar no canto esquerdo de Pedro cai bem e cede mais um escanteio, agora pela direita do ataque do Olimpic.
Aos 39′ Gustavo bate mais um escanteio da direita, alto, no segundo pau. Thalles, livre de marcação, cabeceia fraco. A bola toca no chão e engana Pedro. Olimpic 1 x 0. O Guarany se manda para a frente, no desespero. Em contra-ataque, Felipe tem ótima chance de ampliar, mas Pedro defende com o pé. Com o time todo no ataque, Breno faz falta aos 48′, impedindo contra-ataque do Olimpic, sendo advertido com cartão amarelo.
50′: Fim de jogo. Olimpic classificado para a final sem perder nenhum jogo.
Na partida de sábado, para vencer o Guarany e chegar à final, o Olimpic jogou com Elvis; Michael, Thalles, Hugo e Silas; Valtinho, Roger, Saulo (Gustavo) e Rato (Alexsandro); Iracles (Fábio) e Zuzu (Felipe). O Guarany, mais uma vez, não conseguiu chegar à disputa do título jogando com Pedro, Wallace (Diego), Pulgão, Breno e Daniel; Tubarão (Têco), Flávio, Jeovani (Vinícius) e Marcus Vinícius (Luan), Gui e Sinha.
Pós-jogo
“A nossa equipe fez por merecer. Merecia a classificação e vamos em busca de nosso objetivo que é ser campeão” (Valtinho)
Considerado o melhor jogador em campo, ele disse estar muito satisfeito com o desempenho do time e, no seu caso particular, aos 39 anos, por ter conseguido correr no meio de tantos jogadores mais novos que ele.
Herói do jogo, Thalles já está focado na final e muito satisfeito com seu desempenho e da equipe, apesar dos problemas que enfrentou.
“O gol veio na hora certa, tanto pela classificação quanto pela lesão que me deixou fora dos gramados. E hoje fazendo o primeiro gol depois da cirurgia, quero agradecer o Joaquim e todo mundo do Olimpic pela força e confiança”
“Olimpic e Guarany é um dos maiores clássicos de Mariana e qualquer um dos dois que saísse vencedor aqui hoje, seria merecedor.
Mas nosso time veio com o propósito de ganhar o jogo e conseguimos” (Joaquim, técnico do Olimpic)
Final
O campeão de 2019 será conhecido depois de duas partidas. Vice-campeão em 2018, o São Caetanense precisará superar a vantagem do Olimpic, melhor classificado na fase de grupos. Para o Olimpic bastam dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols. A partida de ida será disputada no Estádio do São Caetanense (distrito de Monsenhor Horta), no próximo sábado (09), às 15h30.
