A História é testemunha da importância da Ciência. A Ciência é a alavanca que move o mundo adiante!
- João Luiz Martins (*)
- Camila Colato (**)
- 11/01/2021
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Desde a pré-história a humanidade busca medidas para prolongar sua existência. Viver mais e com qualidade é o que tentamos atingir. O mundo se deparou com inúmeros obstáculos que afetaram e encurtaram a expectativa da vida humana. A gripe espanhola, a febre amarela, a varíola, a sífilis, a meningite, a difteria, a peste bubônica, o sarampo, a caxumba, a rubéola, a doença de chagas são exemplos de enfermidades que vitimaram milhões de pessoas pelo mundo. Hoje, quase todas erradicadas, graças ao esforço da ciência e de grandes pesquisadores, institutos, universidades e centros de pesquisas.
A vida humana passou a contar, ao longo do tempo com importantes descobertas científicas, as quais estão à nossa disposição atualmente – penicilina, antitoxina que neutraliza o tétano, a morfina, a insulina, a vacina tríplice, dentre outros medicamentos responsáveis pelo tratamento e cura de várias doenças.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1940 a expectativa de vida humana era, em média, de 45 anos. Vinte anos depois, em 1960, esta expectativa de vida passou a ser de 53 anos. Cinquenta anos depois, em 2010, ela cresceu bastante e chegou a previsão de 74 anos de vida, em média.
Esta boa notícia é fruto do somatório de vários aspectos. As primeiras contribuições para este bom resultado, se referem ao período rico de intercâmbios e evolução científica, também à criação de novos medicamentos (outros já existentes sendo aperfeiçoados). A pesquisa em universidades, grandes centros de pesquisas, aliada aos setores público e privado – os quais possibilitaram o desenvolvimento de equipamentos estratégicos para os diagnósticos de imagens do corpo humano, por exemplo – pesquisas através de trabalhos integrados, por diversos parceiros e equipes multidisciplinares (biólogos, médicos, matemáticos, engenheiros, estatísticos, dentre outros profissionais), que transformaram e prolongaram a vida humana. Junto a todos estes aspectos é relevante registrar que os hábitos de saúde e cuidados com a saúde das pessoas mudaram. Ou seja, desde a qualidade dos alimentos que são ingeridos até os cuidados com a saúde física e mental.
Existe pelo mundo uma grande preocupação também com a conservação do meio ambiente e com a preservação da vida selvagem, haja vista que comprovadamente isto impacta no desalojamento de novos vírus, bactérias e fungos. Sem contar que a degradação ambiental piora a qualidade do ar e afeta o equilíbrio do planeta, principalmente no que se refere às questões climáticas.
Hoje, no Brasil, a expectativa de vida é superior a 77 anos. Esta expectativa pode ser ampliada? É possível que tenhamos mais qualidade de vida? É possível que os sofrimentos, próprios de várias enfermidades sejam minimizados através de medicamentos desenvolvidos para este fim? É possível o desenvolvimento de novas tecnologias, pesquisas e descobertas de equipamentos inovadores que venham a melhorar os diagnósticos médicos? É possível construir e fortalecer equipes de pesquisas integradas entre universidades, centros e institutos de pesquisas, sejam dos setores público ou privado, que venham a contribuir com novos conhecimentos para as descobertas que a humanidade ainda necessita?
Além destas perguntas existem outras. Entretanto, diante destes aspectos e cenários apresentados é fácil afirmar, dentre outras tendências pessoais e coletivas, que a expectativa de vida está diretamente ligada ao desenvolvimento científico, isto é, à CIÊNCIA. E que isto será concretizado e ampliado à medida que investimentos e políticas de educação, ciência e tecnologia sejam efetivados.
Não há futuro sem ciência, nem sem cientistas!
(*) João Luiz Martins é ex-reitor da Universidade Federal de Ouro Preto e atual Diretor do Campus Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina
(**) Camila Colato é jornalista, servidora do Campus Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina
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