1º Festival da Música de Itabirito já tem seus 20 finalistas

No último ano, a indústria criativa – com suas atividades de música, cinema, teatro, exposições, entre outras – foi um dos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19, considerando que os espaços culturais como praças, bares e casas de cultura, precisaram ser fechados ou fazer adaptações, na tentativa de amenizar os impactos da crise sanitária.

Estudos do Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, de novembro de 2020, mostram que o número de profissionais do setor de cultura foi reduzido em 49% entre junho de 2019 e 2020; e que o número de empregados da área caiu de 659,9 mil para 333,7 mil.

Neste contexto, iniciativas como a Lei Aldir Blanc (Lei Federal nº 14.017, de 29 de junho de 2020) foram desenvolvidas como forma de auxiliar financeiramente a classe artística. No entanto, o benefício previsto pela lei não foi uma ação permanente, limitando-se ao pagamento de uma parcela aos beneficiários aprovados nos Editais Emergenciais. Assim, sem palco e sem o auxílio, os artistas precisaram adaptar suas performances para o ambiente virtual.

Em Itabirito, na impossibilidade de realizar presencialmente eventos de grande porte como o Julifest ou a Festa do Pastel de Angu, a Secretaria Municipal de Patrimônio, Cultura e Turismo promoveu algumas das atividades de forma online e, neste último mês, organizou um novo evento: o 1º Festival da Música de Itabirito.

As primeiras mobilizações para o festival foram sinalizadas em 10 de março, com um chamado aos artistas para as inscrições que iniciaram no dia 12/03. Nesta etapa, cada artista ou banda poderia inscrever três canções originais e inéditas, com temática livre, que respeitasse aspectos como diversidade religiosa, racial, de gênero e orientação sexual.

De acordo com a Secretária de Cultura, Junia Melillo, a realização do festival é “uma possibilidade de conhecer o que há de mais novo na música popular brasileira”. E o alto número de inscrições (606 artistas e 1426 músicas), “expressa uma riqueza no que diz respeito à variedade de estilos e temáticas”, destacou a secretária.

Ela afirma, ainda, que a pandemia afetou frontalmente tanto as questões de cultura quanto de turismo e, nesse sentido, “é preciso buscar caminhos alternativos para seguir com os trabalhos da secretaria”; além do fato de diversos artistas estarem desprovidos de cachês, trabalhos e de mostrar o que de novo eles têm produzido.