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Informativo Covid-19 – Atualização nº 44: de 01 a 31/07/2021

Julho registra quarta queda consecutiva do número de mortes na Região dos Inconfidentes, mas taxas de letalidade e de mortalidade (por 100 mil habitantes) continuam crescendo

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Arte: Isabela Vilela/Agência Primaz
Em março, a Região dos Inconfidentes registrou o maior número de óbitos associados à Covid-19, com crescimento de 335,7% em relação ao mês anterior. A partir de abril, embora ainda com números superiores ao pico registrado em agosto de 2020, Itabirito, Mariana e Ouro Preto, em conjunto, vêm apresentando quedas mensais consecutivas, chegando a 31 mortes em julho, igualando o registro recorde ocorrido no ano passado. Essas reduções, entretanto, ainda não tiveram reflexo significativo nas taxas de letalidade e de mortalidade por 100 mil habitantes que continuam crescendo, mesmo a um ritmo progressivamente menor.

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Mortes decorrentes da Covid-19 na Região dos Inconfidentes

Os 31 óbitos registrados em julho igualam o recorde de agosto de 2020 e ainda é 121,4% maior que o número de mortes em fevereiro, o menor registrado este ano. Atingindo 150 óbitos ao final de julho, Itabirito ainda continua com a maior porcentagem do total registrado na Região dos Inconfidentes (40,8%), porém inferior aos 41,5% atingido no final do mês anterior. Isso, porque em julho, Ouro Preto registrou 13 novos óbitos, superando os 10 de Itabirito, com Mariana registrando oito. Em porcentagem, a queda observada em julho foi de 13,9% no somatório da Região dos Inconfidentes, atingindo o total de 368 vítimas do novo coronavírus, até 31 de julho.

A análise quinzenal dos números de óbitos mostra que ainda se mantém a tendência de maior número nos 15 primeiros dias do mês, o que vem se repetindo desde abril, depois de um aumento significativo de mortes na segunda quinzena de março, em relação à primeira. Em julho, entretanto, embora o número de óbitos nos 15 primeiros dias tenha sido inferior ao de igual período de junho, a redução (de 17 para 14) foi de 17,6%, inferior à queda de 50% registrada no mês anterior (de 24 para 12).

A taxa global de mortalidade por 100 mil habitantes, na Região dos Inconfidentes, como já mencionado, continua em crescimento, tendo atingido 196,6. Porém, com tendência de menor variação desde abril, caindo de 29,2% (abril/março) para 9,2% (julho/junho). Já a taxa global de letalidade (relação de óbitos em relação ao número de casos confirmados), continua aumentando desde fevereiro (0,86%), chegando a 1,30% em 31 de julho.

Individualmente, os municípios apresentam os seguintes índices:

Itabirito:           TL = 1,15% e TM = 297,0

Mariana:         TL = 1,00% e TM = 154,0

Ouro Preto:     TL = 2,09% e TM = 163,9

Observa-se que, em Itabirito, embora a taxa de letalidade tenha um valor intermediário, a de mortalidade por 100 mil habitantes representa 93,4% da soma das taxas observadas em Mariana e Ouro Preto.

A evolução da taxa de mortalidade por 100 mil habitantes, desde 1º de janeiro, pode ser observada no gráfico a seguir, com indicação por cidade e para a Região dos Inconfidentes.

Casos Notificados, Confirmados e Recuperados

Durante o mês de julho, a Região dos Inconfidentes contabilizou 5.156 casos notificados, com 1.965 resultados positivos. A comparação dos números, considerando a situação observada em 30 de junho, mostra aumento de 8,4% das notificações e 7,6% de resultados positivos. Na comparação com de junho, o aumento das notificações chegou a 12,7%, mas com redução de 17,5% dos casos positivos.

As variações dos casos notificados e dos confirmados foram muito próximas em Mariana (7,2%/7,8%), idênticas em Itabirito (6,9%), e com prevalência dos notificados e confirmados em Ouro Preto (respectivamente 11,9 e 8,9%). Devido à posição anterior, com os maiores indicadores na região, Itabirito foi o único município a apresentar crescimento significativo da relação confirmados/notificados, como pode ser observado no gráfico abaixo.

Em números absolutos, os totais de casos positivos registrados em Itabirito, Mariana e Ouro Preto, é apresentada no gráfico a seguir, para o período de janeiro a junho. A taxa geral de contágio (relação entre positivos e notificados) na Região dos Inconfidentes, que vinha em constante crescimento desde novembro, recuou de 56,3 para 55,9% na comparação de junho com maio, apresentando uma nova pequena queda, para 55,5%, em julho.

No gráfico abaixo são apresentados os números de casos notificados e confirmados em Itabirito, Mariana e Ouro Preto, de janeiro a junho.

A seguir, são apresentadas as curvas de variação dos casos notificados, confirmados e descartados, individualmente para Mariana, Itabirito e Ouro Preto, desde o início da pandemia até o dia 31 de julho.

Atingindo, no final do mês de julho, 13.648 notificações, 9.364 resultados positivos e 4.220 casos descartados, Mariana teve aumento de 6,3% dos descartados, atingindo 97,7% de casos recuperados. As 94 vítimas da Covid-19 representam 25,5% das mortes a Região dos Inconfidentes. É importante ressaltar que os números, apresentados como finais no mês de julho, correspondem a um cálculo proporcional das diferenças dos totais publicados nos boletins dos dias 30 de julho e 02 de agosto, uma vez que a Secretaria Municipal de Saúde não publica boletins aos sábados e domingos.

Os dados divulgados no boletim do dia 31 de julho indicavam que o município contabilizava 22.589 notificações, 13.031 casos confirmados e 9.408 descartados. Em julho foram 840 casos com resultados positivos, apenas 3 a menos que em junho, repetindo a situação de maior incidência na região, como havia acontecido no mês anterior. A relações descartados/positivos e de descartados/notificados mantiveram-se em 72,2% e 41,6%, respectivamente.

A relação casos descartados/casos confirmados, em Ouro Preto, continua em crescimento, atingindo 148,2% em 31 de julho, o mesmo ocorrendo (de 57,8 para 59,2%) com a relação descartados/notificados, que sempre se manteve a maior na Região dos Inconfidentes. No final de julho as notificações chegaram a 14.820, mantendo-se acima do número registrado em Mariana –, com 5.919 confirmados (3.445 a menos que Mariana) e 8.773 descartados (107% maior que Mariana). Esses totais ocorreram, novamente, mesmo com o menor número de casos confirmados (462) mas com o maior de notificações (1.510) em Ouro Preto, durante o mês de junho.

Ao final do período referente a esta atualização do Informativo Covid-19, a taxa global de pacientes considerados recuperados subiu para 97,7%, com Itabirito mantendo-se com o melhor desempenho (98,1%), seguido por Mariana, com resultado igual ao da média da Região dos Inconfidentes e Ouro Preto (96,9%).

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Taxas médias diárias e médias móveis

Mantendo a limitação temporal a partir do dia 1º de janeiro, no gráfico abaixo é possível visualizar a oscilação da taxa média diária de casos notificados, por mil habitantes, para os três municípios.

Ampliando a área do gráfico para o período de abril a julho, correspondente ao final da vigência da Onda Roxa, retomada da Onda Vermelha, e recente “avanço” para a Onda Amarela, é possível observar com mais precisão a variação dessa taxa, caracterizando melhor as oscilações desse indicador.

Observa-se (gráficos abaixo) que, em ambas as situações (casos notificados e confirmados), Itabirito continua a apresentar as médias mensais mais altas, seguido de Mariana e Ouro Preto, com redução de ambos os indicadores para os três municípios.

A análise da comparação de cada média móvel com a observada 14 dias antes (gráfico abaixo) para os casos confirmados, mostra que as três cidades apresentaram um comportamento majoritariamente situado na zona de estabilidade (variações entre -15 e +15%) em julho, com pequenos picos na zona de agravamento da pandemia observados em Mariana (dia 28) e Ouro Preto (dias 26 e 29). Fechando o mês, Mariana foi a única cidade da Região dos Inconfidentes a apresentar variação na zona de reversão do quadro pandêmico (-23,65), com Itabirito e Ouro Preto na zona de estabilidade (respectivamente -6,2 e 9,9%).

Vacinação

Itabirito, Mariana e Ouro Preto continuaram sem fazer a divulgação dos números relacionados à vacinação de forma regular. Os dados mais recentes disponíveis, são dos dias 22 (Itabirito) 27 (Ouro Preto) e 30 (Mariana). Com essas informações, no gráfico abaixo são apresentadas as porcentagens de cobertura da 1ª dose, em relação às populações consideradas pela SES-MG para os três municípios. Os números indicados como 2ª dose referem-se à porcentagem das pessoas com imunização completa, em relação às que haviam recebido a 1ª dose. Em outras palavras, em Itabirito, pouco mais de 42,5% da população havia recebido a 1ª dose, das quais somente 15,5% também haviam recebido a 2ª, até o dia 22/07, observando-se que Ouro Preto tem o melhor resultado, em ambas as situações. A questão de um eventual favorecimento de Ouro Preto em relação ao número de vacinas recebidas, foi motivo de controvérsias nas duas últimas semanas de mês.

É importante ressaltar que as porcentagens do gráfico acima foram calculadas com base nas populações informadas no site da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais (SES-MG), sem a retirada das faixas até 18 anos, para chegar à população dita “elegível” para a vacina contra a Covid-19. A opção da Agência Primaz por essa metodologia é devida a dois fatores. Em primeiro lugar, porque nossa reportagem não conseguiu acesso a esses dados, exceto no caso de Mariana, que passou a divulgar a porcentagem de cobertura em seus boletins mais recentes. Em segundo lugar, mas não menos importante, a Agência Primaz acredita que, a exemplo do que começa a acontecer em outras regiões, a vacinação deva se estender, pelo menos até a faixa entre 12 e 18 anos, tão logo essa medida seja incluída no Plano Nacional de Imunização.

Abaixo, a reprodução de parte do último boletim publicado em 30 de julho pela Secretaria de Saúde de Mariana, relativo à cobertura vacinal no município.

Reprodução Secretaria Municipal de Saúde de Mariana

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