Produções mineiras foram destaque no 1º Festival da Música de Itabirito

O evento reuniu composições de artistas de todo o país e, entre os classificados, premiou canções de Itabirito, Belo Horizonte e Patos de Minas.

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Após meses de preparação, a final do 1º Festival da Música de Itabirito foi realizada com a participação de artistas locais e outros nomes da cena cultural nacional. O evento aconteceu no último sábado (14), no Anfiteatro do Parque Ecológico Municipal e foi transmitido virtualmente para o público da internet.

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O movimento de estruturação do festival começou em 10 de março – por meio da Secretaria Municipal de Patrimônio Cultural e Turismo – com um chamado aos artistas para as inscrições que começaram no dia 12/03. Nesta etapa, cada pessoa ou grupo poderia inscrever três canções originais e inéditas, com temática livre que respeitasse aspectos como diversidade religiosa, racial, de gênero e orientação sexual.

Ao todo, foram 606 artistas e 1426 músicas cadastradas para o evento, que passaram por um processo inicial de seleção, através de uma comissão avaliadora, chegando à escolha de 20 músicas para a última etapa.

Destas, foram selecionadas 10 produções locais e as outras 10 canções ficaram entre os artistas que não residem no município de Itabirito. Após as apresentações no sábado, três obras foram contempladas no ranking geral e uma na categoria “Canção da Terra”, disponibilizada a partir da não classificação de uma música itabiritense entre os três primeiros lugares, como previsto no edital.

Canção da terra

Trazendo referências como a guitarrada, afrobeat e a inspiração dos blocos de rua de Itabirito, o prêmio Canção da Terra foi para a música “Meu carnaval”, de Isabela Dilly. A música, selecionada na categoria de produções locais, foi destaque entre as apresentações e garantiu à artista a premiação de 3 mil reais.

“Essa música traz muito dos espaços que a gente criou na cidade, essa foi a minha inspiração: a alegria, os corpos em dança, a resistência. Na nossa situação atual, a felicidade é resistência! E ‘meu carnaval’ transmite isso”, destacou Dilly sobre sua obra.

A artista aponta, ainda, o papel do poder público para desenvolver iniciativas no campo cultural e no enfrentamento à pandemia: “É muito importante que o nosso município invista nos artistas locais, dê oportunidades e também fortaleça os equipamentos culturais como os corais e grupos de teatro. E fica também o meu desejo de que a cidade crie formas melhores de enfrentamento à pandemia, afinal, nossa classe foi muito atingida pela crise sanitária e nós precisamos voltar a trabalhar”.

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Premiação geral

Para a avaliação final, foram convidados a compor a Comissão Julgadora, os profissionais Márcio Buzelin, Carol de Amar, Grazi Medrado, Rodrigo Brasil e Barral Lima, responsáveis pela análise e classificação das músicas apresentadas.

Ao fim dos shows, a categoria “Melhor Letra” foi para a canção “Corpo a Corpo”, da banda Canto Cego. Além do troféu, a banda também levou a premiação de 3 mil reais.

Com prêmio de 4 mil reais, venceu o grupo de Porto Alegre 50 Tons de Pretas. A música apresentada foi “Hoje eu não vou”, que se consagrou em terceiro lugar.

Em segundo lugar, com a letra de “O Presente”, ficou o grupo mineiro – de Patos de Minas – Pássaro Vivo. Além do troféu, os artistas faturaram 8 mil reais pela colocação.

E no topo do ranking, a canção premiada foi “Em Amor”, de Ju Felício e Niko MC. A produção, de autoria dos artistas belorizontinos, conquistou o primeiro lugar do evento, com o prêmio de 12 mil reais.

Próximos eventos

A agenda cultural do município contará, agora, com a realização da Festa do Pastel de Angu, nos dias 11 e 12 de setembro. O momento cultural é realizado, anualmente, em celebração à receita do Pastel de Angu, patrimônio imaterial do município. Para integrar a programação, estão confirmadas atrações como Policromático, Cachaça com Arnica e Sakasamba.

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