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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Stranger Things e seu apelo nostálgico

Um dos maiores sucessos da história da Netflix, a série de aventura adolescente é repleta de elementos que nos remetem a outras obras. Só que do passado e que, de certa forma, cativa.

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Nenhuma série foi mais vista nos EUA do que Stranger Things, na Netflix. No começo do mês de julho, foram 7,2 bilhões de minutos assistidos. Nenhuma outra chega perto no mercado do país em que está sediada a empresa.

O estrondoso sucesso pode ser percebido em países como o Brasil, onde a série ainda repercute mesmo depois de todos os seus episódios da quarta temporada serem lançados de uma vez.

É comum que séries que lançam seus episódios de vez, ao invés de um capítulo por semana, tenham um buzz menor, o que não acontece com a série adolescente.

Mas por que desse sucesso todo?

Não há como negar que a série repleta de mistérios, com uma produção muito bem-feita e uma ótima estratégia de marketing ajudam a entender. Mas o que salta mais aos olhos seja a nostalgia.

Aventura com crianças (agora, já adolescentes) que percorrem a cidade com bicicletas e descobrem mistérios não é nova. ET, o Extraterrestre tem uma cena clássica de crianças com bicicletas para levar para casa um visitante bem estranho.

Os Goonies é outra obra oitentista que é resgatada na série. Para quem não conhece, trata-se de um filme em que um grupo de crianças tenta descobrir um mistério que ronda seus bairros.

As referências não acabam por aí: um dos primeiros plots de Stranger Things é o desaparecimento de uma criança e a sua busca. Essa é também a pegada de It, mais um filme da década de 80.

A pegada nostálgica não para aí. Uma das principais personagens da série é interpretada por Winona Ryder, atriz que ficou famosa no final dos anos 80 e início dos 90 por filmes como Edward, Mãos de Tesoura e Os Fantasmas se divertem.

Curioso que todas as obras citadas e são claramente homenageadas em Stranger Things são mistérios leves que envolvem tramas locais, quando o plot ocorre numa pequena cidade ou mesmo no bairro onde os personagens moram.

E essa parece ser uma fórmula certeira, afinal, Stranger Things coleciona fãs e recordes. Mas seria injustiça só relacionar o sucesso a isso.

A trupe de crianças (ou adolescentes. Ou quase adultos, risos) é ótima. Além de talentosos, os jovens esbanjam carisma e parecem estar completamente confortáveis nos papéis.

Alguns deles já mostram seus dons em outras obras. Millie Bobby Brown, a Eleven, brilha em Enola Holmes e deve estrelar uma sequência em breve.

Caleb McLaughlin, o Lucas, também está em Alma de Cowboy e não decepciona. Finn Wolfhard aparece no reboot de It, a Coisa de 2017. Ao que indica, Stranger Things deixará um bom legado de atores.

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Kael Ladislau é Jornalista graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
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