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Hoje é segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Obras no Morro da Forca e Curva do Vento são pautas frequentes nas reuniões da Câmara de Ouro Preto

Vereadores debatem a contratação, pela Prefeitura, de nova empresa para realizar serviços que já custaram quase R$5 milhões

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Sobre fundo branco, a logomarca da Agência Primaz, em preto, e a logomarca do programa Google Local Wev, em azul, com linhas com inclinações diferentes, em cores diversasde cores diversas
Reunião da Câmara de Ouro Preto, na qual vereadores pediram esclarecimentos sobre as obras no Morro da Forca e na Curva do Vento
Câmara de Ouro Preto discute cenário dos locais afetados pelas chuvas - Foto: Milena Reis Silva/Agência Primaz

As obras do Morro da Forca e da Avenida Lima Júnior, conhecida como Curva do Vento são debatidas frequentemente nas reuniões ordinárias na Câmara de Ouro Preto (CMOP). Os serviços de retaludamento e retirada dos destroços do desabamento tiveram início no dia 28 de fevereiro de 2022 e foram realizadas em 25 dias, segundo o ex-secretário de obras Antônio Simões.

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Apesar de terem dado a obra como finalizada, um ano depois aconteceu outro desmoronamento, com desprendimento de placa e os destroços ainda permanecem no local. O secretário Defesa Civil de Ouro Preto, Juscelino Gonçalves, afirmou que as obras de retaludamento não foram concluídas, e até o momento o local ainda oferece riscos, resultando em interdição de uma parte da Rua Pacífico Homem.

Na Avenida Lima Júnior, via que liga o centro histórico da cidade até o bairro Bauxita, também houve deslizamento de terra devido às chuvas de novembro em 2021, acarretando rompimento de uma parte da via e impedindo o trânsito local. O material utilizado para fazer o aterramento foi o retirado do desmoronamento do Morro da Forca, de acordo com a Prefeitura de Ouro Preto.

Vias públicas de Ouro Preto estão parcialmente interditadas

Intervenção na Curva do Vento provocou a interdição da Avenida Lima Júnior
Interdição provocou alteração no trânsito. Para chegar ao bairro Saramenha é necessário passar pela Bauxita- Foto: Milena Reis Silva/ Agência Primaz

O primeiro deslizamento da encosta do Morro da Forca aconteceu em 13 de janeiro de 2021, devido às fortes chuvas na cidade, soterrando a primeira construção neocolonial de Ouro Preto, o Casarão Baeta Neves. Na ocasião a área já tinha sido isolada pela Defesa Civil, o casarão estava desocupado e não houve nenhuma vítima durante o desmoronamento.

A Prefeitura de Ouro Preto, contratou a empresa Destroy Desmontes Técnicos do Brasil Ltda, em fevereiro do ano passado, para retirar o material que deslizou do morro, com aproveitamento no aterramento de parte da Avenida Lima Júnior (Curva do Vento). O responsável pela contratação foi o ex-secretário de Obras, Antônio Simões, exonerado após inúmeras críticas devido ao atraso no início e entrega de obras na sede e nos distritos. Uma das obras apontadas como estopim da exoneração foi a do Morro da Forca e da Curva do Vento, onde foram gastos de R$4.860.845,25 em pagamentos à empresa Destroy.

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Entretanto, foi constatado que a Curva do Vento, na Avenida Lima Júnior, necessita de um reaterro, com a implantação de um enrocamento de pedras para que o rio que passa abaixo do nível da avenida não apresente problemas futuros, com o carreamento do material do aterro. A avenida se encontra em obras no momento, e as próximas ações, para ocorra a liberação do local, são o retalutamento e a compactação, de baixo para cima, até que se chegue ao nível da pista. Entretanto, mesmo com o trânsito interditado desde janeiro, muitos motoristas não respeitam e trafegam no local.

Vereadores buscam respostas sobre as obras do Morro da Forca e Volta do Vento

Congestionamento de veículos devido à interdição parcial ao trânsito, nas proximidades do Morro da Forca
Obra inacabada causa congestionamento de veículos na rua Pacífico Homem - Foto: Milena Reis Silva/Agência Primaz

A situação das obras é um assunto sempre debatido entre os vereadores e, durante a 11ª reunião ordinária de 2023, os parlamentares Júlio Gori (PSC) e Renato Zoroastro (MDB), apresentaram requerimentos solicitando informações sobre as andamento da execução dos serviços no Morro da Forca e Curva do Vento.

 “Todos nós aqui, que temos pouco conhecimento de geologia, de obra, engenheiros da UFOP, muita gente atesta que aquilo foi feito de maneira equivocada sendo gastos praticamente 5 milhões. Agora vão fazer esse muro para conter aquela terra solta que não da compactação, ela esfarela”, ressalto Júlio Gori.

Em entrevista à Agência Primaz, Renato Zoroastro explicou o objetivo de seu requerimento de informações: “A gente entende que a obra não foi feita com boa qualidade, a gente pediu no requerimento de hoje a cópia da notificação da empresa Destroy”, firmou.

O parlamentar ainda pediu a confirmação se a empresa foi notificada para dar a manutenção no trabalho que não foi realizado da forma proposta no contrato. “Para confirmar que, se ela foi realmente notificada, para ela vir aqui e dar a manutenção seguindo o Código Civil, artigo 618, já que as obras têm garantia de 5 anos, concluiu Zoroastro.

A reportagem da Agência Primaz entrou em contato com a Secretaria de Obras, em 24 de março, solicitando informações sobre o escopo da contratação da empresa Destroy para a realização das obras no Morro da Forca e Curva do Vento, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. Outra indagação feita pela Primaz, foi a respeito das razões pelas quais foi necessária a contratação de uma nova prestadora de serviços, a Pontual. Informações sobre o escopo do contrato, valor e prazo para a conclusão das obras também foram solicitadas à secretaria, mas também permanecem sem resposta.

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