- Ouro Preto
Vila Galé vai abrir mais de 700 postos de trabalho, diretos e indiretos, em Cachoeira do Campo
Vinda do grupo hoteleiro português é uma das iniciativas oficializadas na última semana para a diversificação econômica do município
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Em uma cerimônia solene realizada no antigo Colégio Dom Bosco, em Cachoeira do Campo, na última quinta-feira (18), o Governo de Minas Gerais e a Prefeitura de Ouro Preto assinaram o acordo de instalação do Vila Galé no distrito. Na ocasião, estiveram presentes Leônidas Oliveira, secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo e o fundador do Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, dentre outros convidados. Durante a cerimônia, Rebelo expressou o contentamento com a instalação da unidade em Minas. “Vamos fazer o que muito me dá prazer: a conversão de patrimônios históricos, será um resort de campo com muita oferta gastronômica e de recreação, sobretudo para famílias com crianças”, explicou o fundador do Vila Galé.
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De acordo com Felipe Guerra, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia, a vinda da rede hoteleira internacional, vai ampliar a empregabilidade e renda ao município, aliada à diversificação da economia local. Segundo a rede portuguesa, serão abertos 120 postos de trabalho diretos e outros 600 indiretos. Para suprir a mão de obra especializada necessária, o Sebrae, em parceria com a Prefeitura de Ouro Preto, vai promover cursos de capacitação voltados não só para a rede hoteleira, mas também para o desenvolvimento profissional das áreas do turismo, comércio e serviços.
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Disputas judiciais e outros interessados
O prédio principal e as terras do antigo colégio de Cachoeira do Campo vinham sendo alvo de uma disputa judicial entre o Governo de Minas e a Inspetoria São João Bosco. Após um longo processo, a Inspetoria ganhou o direito ao espaço, que foi cedido ao grupo Vila Galé por 50 anos, segundo o secretário da Secult. Dentre as cláusulas de cessão do espaço, estão a preservação e salvaguarda do bem que foi tombado pelo Instituto de Patrimônio (Iepha-MG) em 2014.
O interesse pelo conjunto arquitetônico do antigo Colégio Dom Bosco não era somente da rede hoteleira portuguesa. Durante anos, a Polícia Militar de Minas Gerais e a Universidade Federal de Ouro Preto manifestaram o desejo de ocupar o local, com planos de construção de museus e espaços de pesquisas, dentre outros usos.
Bárbara Botega, que atuou como Assessora Estratégica para Economia do Turismo do Invest Minas, explicou que insistiu com os representantes do Vila Galé no Brasil para conhecerem o prédio do antigo colégio. Depois de meses de conversas, a rede hoteleira visitou o espaço e, de acordo com Botega, um encontro entre o Salesianos e o Vila Galé, aconteceu em uma reunião em dezembro do ano passado. Em abril, os diálogos culminaram na assinatura do contrato.
Foco do hotel é o ambiente familiar
Como pontuado por Jorge Rebelo, o hotel vai ser direcionado ao bem-estar e lazer de famílias, com ambientes específicos para a diversão. Instalado em uma área de 195 hectares, o hotel, já em dezembro do próximo ano, vai contar com 182 quartos e chalés, piscina, áreas de playgrounds, dentre outros atrativos. Também está previsto no projeto a criação de um lago artificial, compondo o cenário de vista de quartos e chalés exclusivos.
Seguindo o estilo europeu, o Vila Galé de Cachoeira do Campo está sendo projetado para contar com toda a estrutura necessária para a estadia: restaurantes, bares, áreas de jogos, spas e afins, com as opções adicionais de trilhas ecológicas com quedas d’água, vinhais e olivais.
Além das comodidades da estadia, o Museu da Polícia Militar, a ser construído no local, vai proporcionar mais uma opção para os clientes do Vila Galé. O museu presta homenagem ao 1º Quartel da Cavalaria Mineira, instalado em Cachoeira do Campo no século XIX.
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1ª edição da Semana do Desenvolvimento Econômico acontece em agosto
Na última sexta-feira (19), aconteceu a divulgação oficial da Semana de Desenvolvimento Econômico de Ouro Preto. O primeiro evento do tipo no município acontece no Centro de Artes e Convenções da UFOP, de 18 a 19 de agosto, com programação voltada para o fortalecimento de empreendimentos já instalados em Ouro Preto, mas também em busca de atração de novos negócios.
O evento é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Ouro Preto e a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba (Adesiap), que já promove eventos similares em outros municípios, como em Itabirito, Mariana e Ouro Branco. Segundo a Adesiap, o evento tem sucesso consolidado e chega a Ouro Preto promovendo parcerias, negócios e trocas de experiências entre empresários e empreendedores.
A 1ª edição, em Ouro Preto, vai contar com programação extensa, gratuita e aberta ao público. Dentre os segmentos que podem participar do evento estão artesãos, lojistas e agricultores, entre outros empreendimentos. De acordo com Guerra, o evento é mais uma das ações criadas para ampliação da diversificação econômica do município, intensificando ações voltadas a serviços e comércio já instalados no município e atraindo novas oportunidades de negócios.
Moeda Digital de Ouro Preto traz benefícios para servidores municipais
Em conjunto com a divulgação da Semana do Desenvolvimento Econômico, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico fez o lançamento da Moeda Digital de Ouro Preto. Com a moeda de uso exclusivo dentro do território ouro-pretano (sede e distritos), a secretaria objetiva fomentar a economia local, através de benefícios a quem fizer compras em comércios e serviços do município.
Servidores públicos e pensionistas municipais serão os primeiros a serem beneficiados com a utilização da moeda. Os beneficiados podem adiantar até 40% do valor do salário, através de consignação em folha de pagamento, para realizar compras em estabelecimentos parceiros, sem taxações ou juros sobre o valor adiantado. Já as empresas precisam fazer o credenciamento, junto à Receita Municipal. Todo o processo vai ser feito de forma digital e on-line, através de um cartão físico obtido pelo beneficiário.
O nome da moeda digital de Ouro Preto vai ser escolhido pelos munícipes, em enquete virtual. De acordo com Felipe Guerra, a decisão pela escolha popular foi guiada visando gerar maior pertencimento da população em relação à nova moeda.
A nova cifra vai ter paridade com o Real, e dentre as vantagens expostas por Guerra, a nova moeda vai garantir maior circulação financeira no município, retendo o dinheiro no comércio local.
As discussões em torno da criação da moeda tiveram início em 2021, com a proposição de uma Comissão Interna para implantação, composta por representantes da Secretaria de Fazenda, Governo, Planejamento e Gestão, além da extinta Casa Civil e da Procuradoria Municipal. A Comissão teve como objetivo o estudo da viabilidade da implementação, como parte do Plano de Desenvolvimento Econômico de Ouro Preto. Desde então a moeda vem sendo tema de debates no Executivo e no Legislativo e, após 2 anos de discussões, em março foi aberta a licitação para a contratação de uma empresa de pagamentos digitais que vai prestar os serviços ao município.
A vencedora, DIGcoin Soluções Comerciais Ltda, “foi criada no ano de 2020, com o objetivo de ser uma ferramenta de proteção do comércio local retendo o dinheiro da cidade apenas na cidade de Ouro Preto”, segundo o site da empresa. A DIGcoin vai ser responsável pelos pagamentos e prestação de serviços digitais, de acordo com as especificidades delimitadas no edital de licitação.
Dados levantados pela secretaria apontam para um crescente aumento de gastos em cidades vizinhas, como Mariana e Itabirito, além do aumento expressivo em lojas virtuais, transferindo a circulação monetária de Ouro Preto para outras regiões. A previsão é de que o uso da moeda comece a valer oficialmente a partir do mês de julho deste ano, e que possa ser utilizada durante a Semana do Desenvolvimento Econômico de Ouro Preto, em agosto.
Hub de inovação é lançado em parceria com Instituto Federal e UFOP
Outro anúncio feito pela secretaria foi a da instalação do 1º Hub de Inovação e Tecnologia de Ouro Preto, nomeado “Francisca Mina”. Além de ser pioneiro no município, o Hub será o primeiro, em Minas Gerais, a ser instalado dentro de uma instituição de ensino federal, o IFMG.
O nome escolhido é uma homenagem a Francisca Mina, mulher negra escravizada que, juntamente com Filipe dos Santos, participou da Revolta de Vila Rica, anos mais tarde considerada como um dos “ensaios” para a independência do Brasil.
Seguindo tendências mundiais, o hub ouro-pretano será um espaço de Inovação dedicado ao desenvolvimento de tecnologias, já tendo sido adquiridas máquinas de corte a laser e impressoras 3D. Outra utilização do espaço vai se destinado a coworking e networking, com áreas para palestras, aulas, reuniões e demais encontros.
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