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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Artista Aldravista de Mariana é selecionada para expor na Galeria de Arte do TJMG

Apenas 2 artistas foram selecionados entre 59 inscritos no edital para exposição

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Obras da artista aldravista Andreia Donadon Leal enaltecem a produção artística contemporânea da cidade de Mariana
Obras de Andreia Donadon Leal enaltecem a produção artística contemporânea da cidade de Mariana - Foto: Nikolle Gandra/ Agência Primaz

A artista marianense Andreia Donadon Leal está entre os dois artistas selecionados para expor suas obras, na Galeria de arte, localizada no Hall do Edifício-Sede do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no segundo semestre de 2023. A seleção foi feita por meio do edital 1/2023/Dircom, pelo Conselho Curador da Galeria de Arte, e contou com a participação de 59 artistas de todos os estados. Além da exposição, a artista também vai fazer o lançamento de seu novo romance.

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Segundo Andréia, sua seleção neste edital não é apenas uma conquista pessoal, mas também de Mariana, que, por meio da artista, terá a oportunidade de expor sua produção de arte contemporânea na capital mineira. A cidade é sede do Movimento de Arte Aldravista, que teve seu surgimento em 2000, e está presente, não só na produção de músicas, artes plásticas e poemas, mas também nas obras da artista.

Movimento de Arte Aldravista e exposição

A principal característica do movimento é a liberdade criativa e a desvinculação com a crítica elitista de arte. Para a artista, é de grande importância dar visibilidade a essa produção. “Nós já fizemos essa exposição no Superior Tribunal de Justiça, em 2015, e agora mostraremos para o povo mineiro, especialmente que circula no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, essa arte que se chama Aldravismo. Muita cor, nenhum limite que é muito que é voltada ‘pro’ fenômeno da pareidolia. Ou seja, você constrói sentido a partir da sua experiência, do seu repertório cultural”, comenta.

Para compor a exposição, Andreia vai selecionar de 40 a 45 obras de arte. A artista participou da criação do Movimento Aldravista em 2002, por meio da literatura e, a partir disso, buscou desenvolver aspectos literários na sua produção plástica, como a utilização da metonímia.

“Eu levei a metonímia, figura de linguagem, ‘pras’ artes plásticas. Trabalhando com o conceito, com uma intencionalidade, com o título nas obras. Mas também trabalhando fragmentos de paisagem e devastação. Fragmentos de portais, de flores, através de borrões de tintas jogadas justamente ‘pra’ criar uma situação de desconforto no observador”, explica Andreia.

A exposição vai ser aberta em 30 de agosto, às 18h, permanecendo aberta à visitação por dois meses, das 9 às 18h, com entrada gratuita.

Exposição fica aberta à visitação ao longo de dois meses em Belo Horizonte
Exposição fica aberta à visitação ao longo de dois meses em Belo Horizonte – Foto: Nikolle Gandra/ Agência Primaz

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Lançamento de livro na Galeria de Arte do TJMG

Romance é composto por personagens sem nome com a intenção de gerar identificação
Romance é composto por personagens sem nome com a intenção de gerar identificação - Foto: Nikolle Gandra/ Agência Primaz

Além de expor obras plásticas, a exposição também vai ser marcada pelo lançamento do último romance de Andreia, intitulado “Diário de Uma Artista no Pensionato”. O livro aborda a história de uma artista plástica interiorana que, ao passar por uma doença grave que a condicionou em um quadro de depressão, se muda para um pensionato, na capital, onde entra em contato com personagens complexos e profundos, que a ajudam a superar o quadro de depressão e prosseguir em sua produção artística.

Andreia explica que nenhum dos seus personagens e ambientes possuem nomes, pois seu interesse é que a obra gere identificação no leitor. Além do lançamento em Belo Horizonte, a artista também recebeu convite para outras sessões de lançamento em Juiz de Fora e Araxá.

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Perfil da artista

Andreia Donadon Leal é natural de Itabira e vive há 23 anos em Mariana. Começou a se interessar por arte na infância, quando foi descoberta por sua professora de artes da escola e começou a receber aulas particulares de pintura. Na juventude, iniciou a produção de ilustrações que buscavam romper com as normas da produção artística elitista.

Em 2002 entrou em contato com o Movimento Aldravista e começou a produzir sua arte baseada nessa vertente, e já expôs suas obras em diversos países como China, Hungria, Chile, Itália e França. Para a artista, a arte é a possibilidade de tornar a vida mais poética e sua forma de fugir do obscurantismo da realidade.

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